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MØ. É assim que a cantora dinamarquesa Karen Marie Ørsted quer ser tratada. Descobri-a no início do ano, quando ainda andava entretida com o novíssimo 1989 da Taylor Swift – por falar nisso, viram a colaboração da Phoebe Buffay num dos últimos concertos da nova menina bonita da pop? É a colaboração mais aleatória mas também mais fixe de sempre! Se forem fãs da série Friends, como eu, vão adorar – dizia eu que descobri a MØ no início do ano e primeiro estranhei para só depois entranhar. Acho que é daquele tipo de música que vai crescendo em nós. A música que ela faz é assim um electro-punk-pop-moderno… será que existe? Nos tempos que correm fica cada vez mais difícil definir com clareza um estilo musical, já que parece que os artistas vão beber inspiração um pouco a todo o lado. E isso é bom. Gosto disso. Por isso, à falta de melhor descrição, fica assim: MØ = electro-punk-pop-moderno. Gosto da sonoridade, das letras atrevidas e acho graça ao estilo com que se apresenta, muito bad girl lá do bairro nos anos 90 que faz dela uma estrela pop improvável.
O álbum, No Mythologies to Follow, tem duas ou três músicas mais upbeat, mais animadas, mas é o lado mais negro, que ocupa grande parte deste trabalho, que lhe fica melhor. Porém, sinto que tem ali uma certa melancolia à la Lana del Rey que já me começa a irritar… também sentem isso? Os primeiros dois álbuns – Born to Die e Paradise – foram muito muito bons, fantásticos mesmo, e tudo o que se seguiu parece inundado por uma depressão crónica que não se aguenta. É sempre tudo um grande enfado para aquela rapariga. O facto de a MØ ter ali uns quase imperceptíveis traços de Lana faz-me temer pela nossa relação cantora-ouvinte. Acho a música dela muito original e, por isso, espero que se mantenha no mesmo registo e não siga os paços da diva Lana.
Ficam algumas músicas.
Gosto do The Weeknd - e não 'dos' The Weeknd, ok? - que só fiquei a conhecer no final do ano passado, mais ou menos na altura em que me comecei a fartar de ouvir as mesmas músicas do Frank Ocean que, infelizmente, nunca mais fez nada novo. Por isso, até o Frankinho editar novo material vou-me entretendo com este que também não lhe fica nada atrás.
Há uns meses estava toda a gente doida com aquela música que fez para as Cinquenta Sombras de Grey mas, curiosamente, essa é a que menos gosto. Acho-a um bocado aborrecida e o facto de ter passado 154 mil vezes na rádio não ajudou. Já esta Can't Feel My Face enche-me as medidas todas. É uma música que dispõe bem - quando se começam a ouvir os estalidos dos dedos já eu estou a abanar o pézinho e desafio qualquer pessoa a tentar estar quieta ao longo dos três minutos que dura a música. Impossível! - e adoro aquele toque de Michael Jackson que ele lhe conseguiu dar, isso é logo meio caminho andado para ser um sucesso. Foi, claramente, buscar inspiração à Can't Stop Till You Get Enough e fez muito bem! O resulto é o que se vê.
Agora vou só ouvir a música em loop até me esquecer que é Agosto, estão 30ºC lá fora e eu estou fechada numa sala com ar condicionado nos 20ºC :)
Comecei a acompanhar a série Girls assim que estreou, em 2012, mas, ainda não percebi muito bem porquê, fiquei-me só pela primeira temporada. Porém, três anos depois tudo mudou. Quando vi o livro da Lena Dunham à venda em Portugal fui a correr comprá-lo e acabei por (re)descobrir uma coisa da qual já me tinha esquecido: esta miúda é mesmo brilhante. Mesmo! E assim, num ápice, tornou-se no meu novo girl crush - o último foi a Taylor Swift. Não me julguem, ok? Ela é gira e tem imensa pinta e já ninguém se lembra do quão azeiteira era nos primeiros álbuns.
O livro reencaminhou-me para a série que, nas últimas semanas, tem sido o meu vício. Todas as noites vejo, pelo menos, um episódio e tenho de me controlar para não ficar ali até de madrugada. Já vou na 4.ª temporada e estou a contar os dias para a estreia da 5.ª. Não há como não gostar disto! A história é muito divertida, adoro o ritmo dos episódios e a forma brilhante como está escrita, e é talvez das séries mais inteligentes que vi nos últimos tempos. É fresca e audaz e a criadora/produtora/protagonista, Lena Dunham, é uma das pessoas mais criativas e ground breaking da cultura pop americana do século XXI. Está a fazer um trabalho magnífico, e magnânimo, para mudar os padrões da beleza feminina, a forma como as mulheres se vêem a elas próprias e quão confortáveis se podem sentir na sua própria pele.
Bom, tudo isto para dizer que, para além de estar viciada na série, estou também a ouvir em loop a banda sonora. Oh. Meu. Deus. que fonte tão boa de novas músicas! É raro não parar os episódios uma ou duas vezes para descobrir que música é que se está a ouvir em pano de fundo.
Estas são algumas das que me têm feito companhia nos últimos dias:
Ontem no início daquela que foi uma valente noite de insónias descobri a FKA Twigs, que não é propriamente uma novidade visto que já anda nestas andanças desde 2012. Não a conhecia e, primeiro, fiquei embasbacada com os vídeos, todos eles muito artísticos e brutalmente originais – o da Water Me é surreal –, depois foi a música que começou a crescer em mim. Esta Two Weeks não me sai da cabeça desde ontem e culpo-a um bocadinho pelas malditas insónias. O som dela é uma mistura de alternativo, com soul e R&B e aquela voz sussurrada faz-me lembrar a Aaliyah, embora a Twigs tenha um alcance vocal superior.
As músicas dela são muito eróticas, sexuais e explícitas e isso sente-se não só nas letras mas no instrumental também. É tudo muito lento e lânguido e hipnotizante. Acho que é uma lufada de ar fresco no R&B, não só por ter esta sonoridade tão particular mas por ser uma mulher a cantar, e que bem!, sobre sexo de uma forma crua mas sem ser brejeira. Acho que é essa a diferença entre as Twigs e as Nicky Minajes desta vida.
Há uns dias, a meio de um intenso processo de zapping, parei na MTV onde estava a ser transmitido um concerto da Jessie Ware. Não a conhecia mas apaixonei-me instantaneamente pela voz e pelo tipo de música desta britânica de 31 anos. Tem uma voz única, muito clássica, que combina na perfeição com a atmosfera das músicas, muito intensa e envolvente. Os vídeos também são fora-de-série. Acho-os lindos e nada convencionais. Têm uma estética impactante, algo retro, com imagens arbitrárias que parecem saídas de um sonho. Há quem não goste, que ache que os vídeos nada têm a ver com as letras das músicas, mas eu até prefiro assim. É bom haver alguém que faça coisas originais e bonitas enquanto quebra a regra de que os vídeos têm de se pautar todos pelo mesmo princípio, que é traduzir a história que está a ser cantada. Não é verdade, as coisas não têm de seguir todas o mesmo formato e isso só torna tudo mais interessante.
Apresentou-se ao mundo em 2013, com Devotion, e em Outubro do ano passado editou o segundo álbum, Tough Love que, tirando uma ou outra balada que não me enche as medidas, é viciante. Quando o oiço parece que sou transportada para outra dimensão. Sim, a música que a Jessie Ware faz é 'desse' tipo de música!
Dia 9 de Julho vai actuar no Palco Heineken no NOS Alive.
Estive a ler alguns artigos e a ver uns quantos vídeos no YouTube relativos à cerimónia dos Grammy, que aconteceu na noite passada, e muita coisa há para esmiuçar: as roupas, os vencedores, o Kanye a ser o Kanye quando quase interrompeu o discurso de agradecimento do Beck, as actuações - a da Beyoncé foi, surpreendentemente, aborrecida -, mas no meio de tudo isto há apenas uma coisa que me chamou verdadeiramente a atenção: a actuação do Paul McCartney, da Rihanna e do Kanye West.
Tenho uma relação de amor/ódio com esta FourFiveSeconds, a música que juntou, vá-se lá saber porquê, aqueles três que acabei de mencionar. Bom, se calhar “amor” é demasiado forte. Acho que gosto da música, é assim um som easy listening e não há nada de mal nisso, mas parece demasiado amador e muito one hit wonder, o que é estranho tendo em conta o grupo de pessoas que aqui estão. E isto leva-me ao segundo ponto: sou só eu que acho a junção destes três a coisa mais improvável de sempre? Não me interpretem mal, isso até podia ser uma coisa boa mas acho que, aqui, não é. Qual é ao certo a participação do sir Paul McCartney nesta música? Foi chamado só para tocar guitarra? Parece-me que a ideia era que ele acompanhasse os outros dois nas cantorias mas, na prática, não é isso que acontece. Ele bem mexe os lábios mas a voz quase não se ouve, nem na versão de estúdio nem nesta ao vivo. Ah, e qual é a cena da Rihanna nesta performance? Que trejeitos masculinos são aqueles? E onde é que ela foi buscar a ideia que consegue ser bad ass?
Não é só a música que está em repeat por estes lados. O (fantástico) vídeo também não me sai da retina. Muita coisa se poderia dizer sobre isto mas vou-me cingir a apenas três:
- A Sia continua a não desiludir. As músicas, não sendo muito elaboradas nem muito diferentes do que se tem ouvido até agora, ficam no ouvido. Mas para mim o melhor são mesmo as letras. É incrível a capacidade que ela tem de contar uma história em apenas 2 ou 3 minutos. Well, I've got thick skin and an elastic heart, / But your blade it might be too sharp / I'm like a rubber band until you pull too hard, / I may snap and I move fast. Estas analogias são tão boas que me matam aos bocadinhos.
- O vídeo saiu a semana passada e, de repente, estoirou o escândalo. Que era uma pouca vergonha, que o vídeo era uma promoção clara da pedofilia, coitadinha da menina que só tem treze anos e anda ali a esfregar-se no Shia LaBeouf e rebeubéu pardais ao ninho. Vamos lá ter calma e pensar um bocadinho antes de dizer parvoíces. O que me parece é que o terror que nos entra em casa diariamente via telejornais e internet nos está a deixar maluquinhos. Mudem lá o chip. Isto é arte, não é crime. A coreografia está fantástica e eles os dois também. Já vi o vídeo milhentas vezes e não identifiquei nada que tivesse conotações sexuais.
- E não é que descobri o Shia LaBeouf?! E que bela descoberta foi esta! Já o tinha visto em alguns filmes, no New York, I Love You e, mais recentemente, no Ninfomaníaca, mas sempre o tinha achado assim um pãozinho sem sal. Um homem com cara de bebé - haverá maior turn off? - sem graça nenhuma. Mas de repente transforma-se nisto! Num pedaço de mau caminho. Num homem a sério, com uma barba hipster que deve fazer inveja a muitos homens. O mundo com este Shia LaBeouf é, sem dúvida, um mundo melhor. Belo casting senhora Sia.
Desculpem mas eu AMEI este champo seco. Comprei em...
E os comentários dos defensores do piropo no Faceb...
Quem consegue sair de casa e deixar para trás um r...
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