Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ainda ontem estava regressar de Nova Iorque e já estou de férias outra vez. Há vidas piores.
Este ano tínhamos pensado tirar uns dias lá mais para o fim de Agosto/início de Setembro mas a verdade é que depois de uma semana em viagem a andar, andar, andar, estávamos mesmo a precisar de férias a sério, daquelas para não fazer nada. NA-DA. Senti-me brutalmente cansada e sem energia neste mês e pouco que se seguiu à semana em NYC, por isso os planos para estes 15 dias vão variar entre dormir, alapar o rabo na toalha e absorver toda a vitamina D que conseguir – sempre barrada com não menos que SPF 50 – e deliciar-me com as iguarias do costume: bolas de Berlim sem creme, venham elas!, peixe grelhado acabadinho de pescar – amoooo aqueles restaurantes dos pescadores montados no areal -, tupperwares cheios de melancia e melão, bolacha americana e gelados. O que é que uma pessoa pode pedir mais?
Geralmente a ideia de duas semanas de praia parece-me muito boa antes de ir mas ao fim do quarto dia começo a ficar com bicho carpinteiro e a precisar de fazer algo mais para além de estar esticada ao sol. É a pensar nisto que todos os anos guardamos tempo para passear e visitar as capelinhas de sempre: Cacela Velha, Ayamonte, Tavira, Vila Real de Sto. António. Tudo com muita calma e bem diluído ao longo dos 15 dias.
O meu Kubrick com o ar mais chateado do mundo dentro da transportadora, já no carro. Miou o miar mais sofredor que conseguiu e depois resignou-se e adormeceu.
Tralha do primeiro dia de praia.
Óculos - Stradivarius (saldos)
Saco - Stradivarius (saldos)
Chapéu - Primark
Protectores - Nívea para o corpo, La Roche-Posay para o rosto e o spray Solar Defense da L'oreal para o cabelo
O livro da Paula Hawkins é viciante! Recomendo.
O meu primeiro pôr-do-sol na praia do ano. @Monte Gordo
Nos sete dias que passei em Nova Iorque consegui perceber que:
- Os nova-iorquinos são muito mais simpáticos e expansivos que os portugueses. Têm sempre um sorriso na cara, quando entramos numa loja ou restaurante dizem sempre bom dia ou boa tarde e perguntam se estamos bem. Quando saímos dizem sempre adeus e desejam-nos um resto de bom dia. How refreshing!
- A hora das refeições é tudo menos sagrada. Vimos pessoas a comer sopas ou pratos com massa ou arroz, coisas que fazem, naturalmente, mais chiqueiro, enquanto caminhavam apressadamente na rua, a comer em pé, em escadas de museus ou lojas e as que comiam nos restaurantes faziam-no em 15 minutos. Há sempre qualquer coisa mais importante para fazer que perder uma hora sentado a comer.
- As refeições podem não ser sagradas mas o copo ao fim do dia é. As pessoas começam a sair do trabalho por volta das 17h e é a essa hora que os jardins e as esplanadas se enchem de pessoal engravatado a conviver. Achei fantástico! É aquela altura do dia em que abrandam um bocadinho o ritmo.
- Não estou a par das leis do ruído na América mas não devem ser grande coisa. Em Portugal penso que a partir das 20h ou 21h já não se pode buzinar. Aqui buzina-se a qualquer hora do dia, seja oito da manhã ou dez da noite, é uma alegria. Uma noite acordei de madrugada com alguém a buzinar furiosamente do outro lado da rua. Não há sossego.
- Muitos museus têm suggested admission, ou seja, cada pessoa tem a liberdade para pagar o que pode. Há uns que o aceitam sempre e outros só o aceitam a determinados dias da semana. É uma forma muito interessante de ter a cultura acessível para toda a gente. Talvez se devesse pensar fazer o mesmo em Portugal.
- A Time Out é gratuita todas as quartas-feiras!
- O tempo é terrível! Extremamente húmido e algo bipolar. Ora está sol e calor, ora fica frio e começa a chover durante horas. Ainda por cima nos meses, supostamente, mais quentes é quando chove mais! Nesta semana as manhãs foram sempre frescas e chuvosas e as tardes quentes e cheias de sol. Uma pessoa nunca sabe com o que pode contar. Meu querido clima de Lisboa...
- As estações de metro têm quase todas um ar um bocado assustador, tudo muito velho e decrépito, mas são muito seguras. Passei por várias e nunca me senti insegura. Nos comboios a maior parte das pessoas vai a mexer nos iphones, ipads e computadores portáteis e nenhuma delas me pareceu receosa por estar a expor assim as suas coisas.
- Apesar deste clima de segurança generalizado ouvem-se constantemente, tanto no interior dos comboios como nas estações, mensagens da polícia de Nova Iorque a pedir às pessoas para terem sempre os pertences debaixo de olho e se virem alguma coisa suspeita para o comunicarem imediatamente à polícia ou aos funcionários do metro. As mensagens terminam sempre com um "Stay aware and have a safe day!" =)
- Há roulottes de comida espalhadas por toda a cidade. Não há esquina em que não haja alguém a vender qualquer coisa. E não são apenas pizzas e coisas cheias de molhos e gordura. Sim, há muitas dessas, mas também há imensas roulottes que vendem fruta, sopas e sumos naturais feitos na hora. E o mesmo se passa com os tradicionais restaurantes. Há muita porcaria mas também há muita coisa saudável. É 50/50. Em Nova Iorque só come mal quem quer e nós conseguimos nunca fazer refeições em cadeias de fast-food! A nossa alimentação fez-se à base de fruta, saladas, carnes brancas, sopas. Fomos imensas vezes ao Pret a Manger, um restaurante só com comida biológica e feita na hora. Tem sopas, sandes/wraps, saladas e bolachas maravilhosas e sente-se mesmo que é tudo fresco e não é nada processado. Todas as noites o staff do restaurante distribui a comida que sobrou pelos sem-abrigo e pela sopa dos pobres lá do sítio, em vez de a congelar e servir no dia seguinte aos clientes. Precisamos urgentemente de um restaurante destes em Lisboa!!! Fomos também a dois restaurantes italianos, um restaurante de marisco, o Luke's Lobster, onde comemos uma deliciosa sandes de lagosta e a uma das roulottes mais conhecidas da cidade, a The Halal Guys, que serve uma mistura de carne de frango e de cordeiro com arroz, salada e pão pita.
A sandes de lagosta!
O meu primeiro almoço em Nova Iorque... às 10h30 da manhã, 15h30 em Portugal, foi na Academia Barilla. A salada é de massa, manjericão e tomate cherry e a sandes de frango grelhado, espinafres, tomate e queijo.
A filosofia do Pret A Manger.
- As coisas são todas mais caras que em Portugal. A roupa é muito mais cara e a comida é um bocadinho mais cara, tipo 3€ ou 4€ a mais. Isto nos supermercados. Nos restaurantes é como cá: há coisas muito acessíveis e outras caríssimas.
- Aos fins-de-semana a cidade, apesar de continuar cheia de gente, abranda o ritmo. As pessoas passeiam em vez de correrem a cidade.
- Por último, percebi também que, apesar de termos conseguido ver tudo o que estava na nossa lista, todas as highlights, uma semana não me foi suficiente. Se pudesse voltava já hoje mas, desta vez, por mais tempo e para poder viver a cidade como um local e não como turista.
Até breve.
Ter um gato, ou um cão. Na verdade, qualquer animal de estimação. É estarmos a viver a nossa viagem de sonho, e a adorar cada minuto, mas volta e meia lembrarmo-nos do nosso amigo de quatro patas tão longe e ficarmos com o coração apertadinho. Tem ido todos os dias uma pessoa tratar dele, mas não consigo evitar pensar se ele estará bem, se terá saudades nossas, se anda a beber água suficiente, se ainda tem os ratinhos favoritos para brincar ou se já os enfiou todos debaixo do móvel da sala, de onde eu os tirei antes de me ir embora. Sei que quem não tem animais não entende isto, mas eles são parte da nossa família e é impossível não lhes sentir a falta. Tenho imensas saudades do meu Kubrick, sinto falta do festival de festas que lhe faço todas as manhãs e das maluquices dele, a correr a casa toda e chegar ao pé de nós com um dos ratinhos favoritos na boca, a pedir brincadeira. Ter um gato, ou um cão, ou qualquer animal de estimação, é das melhores coisas.
Dia 6
E pronto, seis dias e 74km nas pernas depois chegámos ao fim da viagem. Estamos os dois brutalmente cansados mas estupidamente felizes e saímos daqui com uma certeza: queremos voltar.
Como conseguimos ver tudo o que queríamos até sexta ontem, sábado, fizemos uma espécie de best off. Usámos o último dia livre para revisitar os locais que mais gostámos e o S. Pedro, ou deverei dizer St. Peter?, ajudou bastante. O dia começou feio, como sempre, nublado e a ameaçar chover, mas à tarde esteve sol e imenso calor, cerca de 30ºC. Tão bom!
Começámos o dia na zona ribeirinha de Brooklyn, em Brooklyn Heights, onde vimos a sempre fantástica skyline de Manhttan, depois voltámos ao Central Park, fomos a Times Square, à 6th Avenue e a Union Square e pelo caminho fomos fazendo algum gift shopping. A ideia era comprar só ímans para o frigorífico e canecas mas depois entrei na Barnes&Noble - uma livraria gigante que também tem algumas coisas para a casa - e perdi-me de amores com todas as velas aromáticas que lá havia. Não só cheiram bem como são todas lindíssimas! No fim portei-me bem e trouxe só duas.
Brooklyn Heights Promenade
Sempre a tirar fotografias a tudo!
Central Park
6th Avenue
Um dos vários arranha-céus a perder de vista na 6th Avenue
Times Square
Union Square
Vou ter tantas saudades...tantas, tantas.
Dia 5
Estamos no penúltimo dia - buáaaaaaaaa - e já conseguimos ver tudo o que tínhamos planeado! Como no dia da chegada não conseguimos fazer nada - e queríamos fazer tanta coisa... - por causa da carga de água que caiu aqui, receámos que algumas coisas ficassem por fazer mas, felizmente, graças à nossa organização e ao jetlag que fez com que acordássemos quase sempre por volta das 6h30 da manhã, conseguimos correr as capelinhas todas. Ufa. Já andámos muito, chegamos quase sempre a casa estoirados, mas tem valido muito a pena. Isto é espectacular!
Hoje passámos o dia quase todo no bairro de Chelsea. Fomos almoçar ao Chelsea Market, que é assim uma espécie de Mercado da Ribeira mas com o triplo do tamanho, e depois fomos desmoer a refeição ao High Line, uma antiga linha de comboios que agora está desactivada e transformada num jardim suspenso. Foi fantástico passear por entre os prédios! Depois disto ainda fomos a mais um museu - tanto museu que há nesta cidade -, o Whitney Museum dedicado exclusivamente à arte americana e acabámos o dia em Union Square, onde também já tinhamos ido ontem. Este último é, sem dúvida, um dos nossos sítios favoritos da cidade. Não é nada turístico, está sempre cheio de locals a fazer a vida deles, tem imensa vida a qualquer hora do dia e tem um jardim fantástico na praça principal sempre cheio de gente a almoçar ou a jantar. Ah, e tem também imensos esquilos desavergonhados sempre no meio das pessoas à espera que lhes caia alguma guloseima. São tão engraçados! Infelizmente não tenho fotografias dessa zona mas amanhã somos capazes de lá voltar e vou ver se não me esqueço de tirar algumas. Por agora, fica um cheirinho do dia de hoje.
O Flatiron, a caminho do Chelsea Market. Tem este nome por ter a forma de um ferro e foi um dos primeiros arranha-céus a ser construído na cidade.
A vista do High Line
Estão a ver? Conseguimos passar mesmo ao lado das casas!
As árvores do jardim tapam os prédios
Os rooftops!
Dia 4
Hoje o dia traduziu-se numa mistura de culturas. Começámos no caos da Chinatown, fomos para a calma da Little Italy, passámos pela stressante Wall Street onde almoçámos uma de-li-ci-o-sa sandes de lagosta e depois rumámos ao hipster Soho e a Greenwich Village, onde fica a casa da mítica Carrie Bradshaw. Pelo caminho passei na Adidas e trouxe uns Stan Smith!
Antes de vir para cá dizia, na brincadeira, que ia ficar hospedada no ghetto, porque estamos em Brooklyn, mas afinal o ghetto fica mesmo do outro lado do rio. Hoje, pela primeira vez, senti-me insegura aqui, numa zona entre a Chinatown e o Soho. Meu Deus, que sítio com tão mau aspecto e com gente tão intimidante. É incrível como as zonas estão tão bem delimitadas e marcadas. Ora estamos numa zona onde é tudo chinês e nos sussurram ao ouvido em cada esquina "Bag, bag? Watch, watch?", ora damos três passos e só se ouve falar italiano e somos interpelados por pessoas a perguntar se temos fome que o restaurante do outro lado da rua faz umas massas fantásticas. Ora estamos numa zona que parece que saiu de um filme de gangsters e cinco passos mais à frente damos por nós rodeados de galerias de arte e de lojas de streetwear com edições mega-limitadas de tudo. Manhattan é isto. Esta diversidade toda, esta multiculturalidade. Pelo meio ainda fomos buscar energia para dar um passeio pela Brooklyn Bridge e ir ao memorial das vítimas do 9/11, de onde saí com um nó na garganta. É impossível ficar indiferente a todos aqueles nomes inscritos no mármore e ao som da água a cair, as lágrimas dos nova-iorquinos que choram os que morreram naquele dia.
Memorial às vítimas do 9/11
Brooklyn Bridge
O caos de Chinatown
A calma de Little Italy
A casa da Carrie!
A paz de Greenwich Village
Dia 3
E ao terceiro dia... fez SOL! Deixámos os chapéus de chuva e as parkas de lado e conseguimos andar à fresca. Com sol qualquer cidade ganha outra vida e esta não é excepção. Ontem o Central Park e o Bryant Park estavam mortos, não se via vivalma, e hoje havia um mar de gente deitada na relva do Central Park a apanhar sol e no Bryant até havia uma banda a tocar ao vivo para as pessoas poderem dançar. Ver Nova Iorque ganhar esta vida é toda uma experiência.
Hoje aproveitámos o bom tempo para andar bastante a pé e começar a fazer coisas ao ar livre. De manhã revisitamos a Times Square e subimos ao Top of the Rock, que tem uma vista soberba sobre a cidade - quando cheguei lá acima e vi a enormidade de tudo isto até me emocionei -, e a tarde foi passada no Central Park que é assim uma coisa do outro mundo. Quando ali se entra muda tudo. Os passeios são feitos bem mais devagar, o ar é mais fresco, o tempo parece abrandar. O que não abranda somos nós que ainda temos muitos quilómetros para fazer. Nestes três dias fizemos mais de 30 km a pé e as minhas pernas parecem chumbo. Quando estou a andar não noto, felizmente, mas quando entro numa estação de metro e sou obrigada a subir as p#%#s das escadas é que me dói a alma. Esta gente nunca deve ter ouvido falar de escadas rolantes, é só escadas, escadas, escadas por todo o lado. E não sei se é de ter as pernas tão doridas ou não mas os degraus aqui parecem ser todos muito mais altos que os de Lisboa...
Sol em Nova Iorque!
Vista para o Central Park do Top of the Rock. Não há nada que pague isto!
E, de repente, o Empire State Building ali tão perto.
Central Park!
Esquilo!!!
Dia 2
Está-me cá a parecer que quando vir um raio de sol nesta terra vou achar que estou a sonhar. Hoje esteve a chover o dia TODO, o que é um terrível aborrecimento porque uma pessoa vem para Nova Iorque para olhar para o ar, para estes arranha-céus todos, não para estar sempre de nariz enfiado no chão. Mais uma vez planeámos o nosso dia indoor: fomos ao Guggenheim, ao Metropolitan Museum of Art - MET - e à biblioteca nacional - aquela onde a Carrie se queria casar com o Big e onde ele a deixou pendurada - mas os planos saíram algo furados. Só o MET é que estava a funcionar em pleno. O Guggenheim estava em obras e só se podia visitar a exposição temporária, que era uma coisa estranhíssima cheia de figuras geométricas feitas em metal que vimos em 15 minutos, e a sala principal da biblioteca, aquilo que todos querem ver, estava fechada para obras e só abre para o mês que vem. Espectáculo! Valeu-nos o MET, que é enorme e tem imensa coisa interessante para ver. O que mais gostei foi da exposição sobre a Ásia, com toda uma área dedicada aos vestidos feitos pelas grandes casas da moda mundiais inspirados nos trajes asiáticos. Aquelas salas estavam todas decoradas a rigor, era tudo lindo e, por um momento, pareceu mesmo que estávamos no Japão. Esta gente faz mesmo tudo em grande.
Os autocarros escolares em frente ao MET
Numas das imensas galerias do MET.
Eu muito interessada nas pinturas.
A tal exposição lindíssima sobre a alta costura inspirada na Ásia.
Madisson Avenue.
Dia 1
Era suposto o dia 1 ter sido ontem, mas com a carga de água que caiu era impossível fazer o que quer que fosse. Só para irmos a uma mercearia perto da casa onde estamos ficámos encharcados até aos ossos. Para além do mau tempo o cansaço também não ajudou. Às 20h30, 1h30 da manhã em Portugal, já estávamos podres de sono e às 3h50 acordámos frescos que nem uma alface. O jetlag é tramado.
Hoje o tempo já esteve substancialmente melhor por isso conseguimos partir à descoberta da Grande Maçã! Saímos de casa pelas 8h e às 10h30 já estávamos sentados a... almoçar. E às 15h estávamos a comer um segundo almoço mas, desta vez, mais leve. A diferença horária dá cabo de uma pessoa. Felizmente temos tido relativa facilidade em encontrar sítios em conta - na medida do possível - e saudáveis para comer. Viemos determinados a não comer pizzas e Mc Donald's todo o santo dia. Mas sobre isso falarei noutro post. Por agora ficam algumas fotos do dia de hoje. Chuvoso, nublado e fresquinho - estiveram 20ºC e amanhã acho que vão estar perto de 16ºC!... - mas parece que só aos turistas é que este tempo ranhoso faz confusão. Os locals andam todos de calções e de pés ao léu, já eu já me enfiei em três lojas para ver se encontrava umas camisolas quentinhas mas não tive sorte nenhuma. É normal, estamos em Junho, embora por aqui não pareça.
Grand Central Station, onde o Melman, a girafa do Madagascar, enfiou a cabeça no relógio.
O mais famoso quadro de Jackson Pollock no MoMA.
Parece um quadro mas é uma reconstrução a três dimensões da vida animal no Museu de História Natural. É tudo hiper-realista, parece que os bichos estão mesmo ali a fazer vidinha deles como se nada fosse.
Palavras para quê? Times Square!!!
No início da semana fiz um post com algumas fotografias da cidade de Nova Iorque que rematei com suspiros. Foi assim que passei os últimos seis meses, a suspirar.
Nova Iorque é a minha cidade de sonho desde... sempre. Desde que tenho idade para saber o que é isso de nos enfiarmos num avião e ir conhecer coisas novas. Lembro-me de uma manhã, há muitos, muitos anos, estar a fazer zapping e parar num documentário sobre a cidade. Bastou 1h para ficar enfeitiçada. Adorei tudo: os edifícios enormes, aquelas pessoas tão diferentes umas das outras a andar a passo acelerado nas ruas, os táxis amarelos, as luzes, sempre as luzes, aquele parque enorme no meio de tanto rebuliço, o pulmão da cidade, onde o tempo parecia parar... estava decidido, eu tinha de viver aquilo, tinha de estar ali um dia.
Andei quase 20 anos a sonhar com isto até que em Dezembro do ano passado achei que já era demais. Perdi a cabeça, pus o coração ao alto e parte das minhas poupanças na conta à ordem e em 15 minutos comprei 2 bilhetes para Nova Iorque. Ofereci o bilhete ao meu homem no Natal, também ele embeiçado pela cidade, que ficou felicíssimo assim que o viu, e eu... bom, eu comecei a minha sessão de suspiros ininterruptos e de crises de ansiedade. Por um lado contava os dias para chegar O dia, por outro temia tudo aquilo que fugia ao meu controlo e que nos podia impedir de viajar - a sério, tenho mesmo de ir ver isto da ansiedade -: doenças, mortes, despedimentos, greves da TAP...
Felizmente tudo parece estar a correr pelo melhor - 3 pancadinhas na madeira, que isto nunca se sabe - e em menos de nada o dia chegou, ou melhor, está quase a chegar! Nunca seis meses passaram tão depressa. Domingo vou, finalmente, entrar no avião que me vai levar directamente à cidade que nunca dorme e isso vai implicar algum esforço da minha parte para não panicar a meio da viagem. Nunca tive medo de andar de avião, mas também nunca estive fechada num durante 8h e, como tenho ataques de ansiedade quando me sinto encurralada, está-me cá a parecer que tenho de engendrar um plano qualquer para me manter distraída durante a maior parte do tempo para não pensar muito no assunto. Oito horas! Oito! Bolas, isso é um dia de trabalho. Um dia de trabalho é muito tempo para se estar fechado num avião. Aaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.
Desculpem mas eu AMEI este champo seco. Comprei em...
E os comentários dos defensores do piropo no Faceb...
Quem consegue sair de casa e deixar para trás um r...
Não! Apeteceu-me apenas mudar-lhe o nome e o visua...
Por momentos pensei que o blog estaria de saída do...