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A rentrée dá cabo de mim

por Marisa Furtado, em 02.09.15

Nos últimos dois anos tenho-me apercebido que Setembro é para mim o que Janeiro parece ser para o resto das pessoas: um mês de mudança, de resoluções, um virar de página, um começar de novo e isso, aparentemente, traduz-se numa vontade estranha de fazer desporto. Detesto exercício e tudo o que envolva a obrigatoriedade de calçar uns ténis e roupa de licra e suar durante 1h, porém após o verão tenho sempre uma vontade súbita de fazer qualquer coisa, de me mexer, de cuidar da minha saúde.

Há quase dois anos inscrevi-me num ginásio ao pé da minha antiga casa para fazer Pilates, porque é de facto uma actividade – a única talvez? – que eu gosto, mas rapidamente percebi que não ia conseguir levar aquilo a bom porto. Ter de estar subjugada a horários chateia-me. Naquele caso ter de ir para o ginásio das 20h às 21h era meio caminho andado para não ir. Chegava a casa às 19h/19h30 ia para o sofá fazer tempo e perdia imediatamente a vontade de voltar a sair, e como era só duas vezes por semana se faltasse um dia ficava cheia de pesos na consciência porque isso significava que só tinha mais um dia para ir – o que nunca me demoveu, atenção! Nunca levei muito a sério os meus pesos de consciência - e, por cima disto tudo, as aulas apesar de terem começado bem, rapidamente descambaram. Eram raras as vezes em que estava em sintonia com a professora. Ou terminava os exercícios primeiro, ou tinha mais dificuldade e demorava mais um bocadinho e quando finalmente terminava um exercício já ela estava quase a meio de outro e a cereja no topo do bolo era a música. Era quase sempre os grandes êxitos do Pedro Abrunhosa… nada contra, mas para além de não ser nada o meu estilo de música – ouvir alguém a declamar poesia com música de fundo não é a minha onda – não era propriamente o que estava à espera quando me inscrevi no Pilates. Fazer exercícios ao som de “Hoje é o teu dia” tirava-me a pica toda, por isso desisti, voltei à minha normal vida sedentária e entretanto passaram-se quase dois anos e a vontade voltou. Merde! Desta vez com razões mais concretas que vão para além de uma vontade de fazer qualquer coisa só porque sim.

Para o ano faço 30 anos. 30! Sempre tive uma ideia muito romantizada dos 30: que era uma década de viragem, em que as mulheres são mais bem resolvidas que aos 20, mais decididas, mais senhoras do seu nariz, mais determinadas, com uma noção mais clara daquilo que querem. Não sei se é ou não mas agora que estou ali quase a chegar à estação dos intas parece que desceu em mim uma noção de que o meu corpo não vai ser sempre igual e sempre ouvi dizer que é a partir dos 30 que as coisas começam a mudar para pior. Tudo desce, nada sobe, tudo fica mais flácido, nada fica mais rijo a não ser que façamos algo para contrariar essa triste realidade. Para além disso agora que começo a pensar na maternidade um pouco mais a sério dou por mim a valorizar muito mais a prática de exercício e um estilo de vida mais saudável, não só para me sentir melhor comigo e não desatar a engordar sem qualquer tipo de controlo mas, também, para dar o exemplo. Um bom exemplo.

Posto isto, dirigi-me ao Solinca para saber as condições que tinham para me apresentar. Não foram más, que não foram, estava à espera de preços na ordem dos 50/60€ e afinal nem chega a 40 mas, e há sempre a porra de um mas, tem de ser com fidelização de 12 meses. Isto não seria problema se a) eu não tivesse más experiências anteriores no que toda a desistências. Ao fim de 5/6 meses farto-me e b) se não tivesse andado por essa internet fora a ler testemunhos de gente que também se inscreveu neste ginásio e quando quis cancelar foi o cabo dos trabalhos, com advogados ao barulho e tudo, mesmo cumprindo as regras deles – avisar 30 dias antes do término do contrato. Enfim, é todo um mundo de chatices que não me apetecia nada ter. Sim, bem sei que estou a ser derrotista, ainda nem comecei e já estou a pensar em desistir mas a verdade é que uma pessoa nunca sabe o que lhe pode acontecer na vida. E se eu precisar daquele dinheiro para outra coisa? Como é? Vou ter de continuar a abrir os cordões ao Solinca e virar as costas a tudo o resto? Hum? É isso? Mas afinal quem é que manda no meu dinheiro? Já me estou a irritar vêem? E por aí, há alguém que frequenta, ou já frequentou, o Solinca? A experiência é boa ou foi um casamento que terminou mal?

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publicado às 12:00

Fazer ou não fazer a cama, eis a questão

por Marisa Furtado, em 01.09.15

Há uns dias li na Harpers’s Bazaar as 9 coisas que os organizadores profissionais – não sei o que são mas parece-me algo que estou muito perto de ser! – fazem todos os dias e lembrei-me imediatamente de uma conversa que tinha tido com uma amiga e que, por estranho que pareça, até é bastante recorrente na minha vida: a importância de fazer a cama. A primeira coisa que a Harper’s Bazaar destaca é que os organizadores profissionais fazem sempre as suas camas. Dizem que é um acto que promove a produtividade ao longo do dia e que é o primeiro passo para uma vida mais organizada. Não sei se é ou não mas a verdade é que dia em que não faça a cama antes de sair de casa é dia que começa mal ou que se avizinha caótico. Sempre fui muito arrumada e organizada e desde pequena que tenho o hábito de fazer a cama antes de sair de casa. Já faz parte da minha rotina matinal. Detesto chegar a casa ao fim do dia, entrar no quarto e ter a cama de pantanas como se alguém se tivesse acabado de levantar. Não sei explicar exactamente porquê mas é um cenário que me esfrangalha assim um bocadinho os nervos – acredito que tenho um transtorno obsessivo compulsivo ligeiro que ainda não foi diagnosticado. 

Bom, essa minha amiga e, aparentemente, 95% das pessoas que conheço acham que fazer a cama é uma perda de tempo e uma coisa que não faz sentido nenhum. O argumento é sempre o mesmo e, a meu ver, muito pouco aceitável: “Para que é que eu vou fazer a cama se logo à noite me vou lá deitar outra vez?” Será que quem diz isto aplica este modelo de raciocínio a tudo? “Para que é que vou pendurar este casaco se amanhã o vou vestir outra vez? Fica aqui em cima do sofá que fica muito bem”, “Para que é que vou guardar o pijama se logo à noite o vou vestir outra vez? Vou mas é deixá-lo enrolado aqui no meio dos lençóis, que assim com'ássim também não vou fazer a cama”, “Para que é que vou aspirar a casa se amanhã já está tudo sujo outra vez, que o raio do gato/cão/coelho só larga pelo?”, “Para que é que vou passar a ferro se logo a seguir vou vestir a camisola e ela fica toda amarrotada?”. "Para que é que vou baixar a tampa da sanita se daqui a uma hora, o mais tardar, já vou ter de a levantar outra vez?" CAOS! A vida desta gente é um caos. Para além disso, um quarto com a cama feita é imediatamente um quarto arrumado e organizado, com um aspecto mais limpo e bonito e isso é uma característica que eu prezo muito em minha casa onde eu não vou só para dormir. Passo lá bastante tempo, gosto de viver o meu espaço e por isso gosto que o meu espaço esteja arrumado, organizado e limpo porque só assim me sinto bem.

Há um mito cultivado por todas as pessoas que não acreditam em fazer a cama, que é a cama ter de arejar por causa dos ácaros. Ai, adoro. Adoro porque nunca ninguém me sabe dizer quanto tempo é, realmente, preciso passar para dar cabo desses malvados mas, na dúvida, deixa-se o dia todo pronto, que assim já não há perigo. E adoro porque isso não está realmente provado, parece-me que é assim um daqueles mitos urbanos que passa de geração em geração, como aquele de que tomar banho depois de comer pode matar. Segundo um artigo do Observador – sim que eu fui-me informar para poder refutar estas ideias e evangelizar todos em meu redor - deixar a cama a arejar durante todo o dia ou não não tem qualquer influência na melhoria das alergias nem na redução das comunidades de ácaros que podem popular no vale dos nossos lençóis. Desconfio que a autoria dos “estudos” alarmistas que defendem a urgência de não fazer a cama foram levados a cabo por um preguiçoso que acha que isso é uma perda de tempo. E mais!, eu sempre dormi em camas feitas de manhã - calma enervadinhos dos ácaros, que não faço a cama assim que me levanto, é só a penúltima coisa que faço antes de sair. A última é calçar os sapatos. - e estou aqui para as curvas. Só padeço de um problema de estômago e de escoliose – mentira, tenho a certeza que tenho mais, que eu sou uma hipocondríaca do pior, mas estes são os únicos problemas diagnosticados – e não me parece que os malvados ácaros tenham desempenhado qualquer espécie de papel nestas maleitas.

Digam-me como é que alguém consegue sair de casa para ir trabalhar e deixar para trás um rasto de desorganização que vai reencontrar ao fim do dia quando regressa. Infelizmente o meu homem não é muito dado a esta actividade e como é o último a levantar-se já são mais as vezes que a cama fica por fazer. De qualquer forma, agora que vamos almoçar a casa, a primeira coisa que faço antes de me sentar a comer é... isso, fazer a caminha. Há imensos artigos que defendem que o quarto deve ser um sítio zen e calmo que promova o descanso, que até deve ser decorado com cores neutras e poucos padrões, que não deve ter televisão – bem… aqui discordo -, que não deve ser nem muito quente nem muito frio, enfim, que reúna as condições necessárias para uma pessoa entrar ali e mudar o chip para um estado de relaxamento. É por isso que não sei como fazem as pessoas que não fazem a cama. Quem é que se sente relaxado ao entrar num quarto com a cama por fazer? Com os lençóis todos amarrotados e, provavelmente, até desprendidos do colchão? Quem é que pode achar confortável entrar numa cama toda amarrotada? É que se me dissessem que fazer a cama é uma coisa que leva horas, mas é que nem isso! Em menos de cinco minutos despacha-se o assunto. E, meus amigos, se não têm cinco minutos de manhã para fazer a cama então não têm tempo para nada.

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publicado às 10:46

Ter um gato também é isto #10

por Marisa Furtado, em 28.08.15

 

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 9 de Agosto de 2013 / 27 de Agosto de 2015

 

Dois anos e picos depois de termos ido buscar esta bola de pelo cheia de personalidade, depois de muitas mordidelas - muitas delas deixaram cicatrizes -, depois de um par de chinelos de borracha roídos até não sobrar nada em apenas uma noite!, depois de uma infecção de pele que também nos contagiou, de um valente ataque de diarreia que nos cagou, literalmente, a casa toda, de horas a gritar "Kubrick não!" para o tentar demover de comer a árvore de Natal e de rasgar os embrulhos, de um sem fim de comportamentos vergonhosos no veterinário; depois de muito dinheiro gasto em vacinas, teste de despiste de FIV e FeLV, brinquedos, arranhadores, uma cama de rei, teste para saber se tinha Tinha - ou ring worm, em inglês -, shampoo, ampôlas e antibiótico para curar a doença, testes para saber se a Tinha já tinha passado, esterilização, comida; dois anos e picos depois de preocupações desmesuradas, como quando fiquei com o coração do tamanho de um pinhão quando o deixei no veterinário para ser esterilizado, depois de muitos, muitos pêlos sacudidos de tapetes, mantas, peças de roupa e lençóis, depois de algumas chávenas partidas, de muitos exercícios de criatividade para o levar a fazer o que nós queremos - entrar na transportadora, dar-lhe medicamentos, cortar as unhas -, depois de muitas sestas no sofá enrolado no meio de nós, de muito ronron, às vezes quase imperceptível, mas está lá!, de muitas turras e muito mel logo de manhã em jeito de bom dia, de muitas, não, todas!, as refeições com este emplastro sentado no meio da mesa a olhar para nós, de muita companhia, tanta que às vezes não lhe reconheço a característica mega independente dos felinos - está sempre, sempre, sempre onde nós estamos -, de muitas tropelias que nos deixam horas a rir, de viagens de carro que começam sempre com miados desesperados e altíssimos mas que dez minutos depois dão lugar a uma valente soneca que só termina quando o carro pára; dois anos e picos depois de muitos ataques de carinho repentinos que derretem qualquer coração, de muitas 'patinhas' feitas nos meus pijamas polares, de muitos miados que agora conseguimos decifrar - tem quatro diferentes: "quero mimo", "quero brincar", "pára com isso!!!" e "quero fiambre!" -, de um entendimento que só quem tem animais de estimação entende, não é só o miar, cada olhar, cada expressão está, também, carregada de significado... dois anos e picos depois de tudo isto já não nos conseguimos imaginar sem ele. Sem esta bola de pelo que consegue levar quase sempre a melhor, que todas as manhãs nos vem pedinchar fiambre ao pequeno-almoço e que dá tanta, tanta vida à nossa casa.
É por saber a alegria que um animal de companhia traz à nossa vida e o quão gratos nos ficam pelas mais pequenas coisas que compreendo quem os defende e quem lhes dá voz - como é o caso do nosso Nuno Markl e de um dos meus comediantes favoritos, o Ricky Gervais - e é por isso também que ontem fiquei tão feliz por saber que demos mais um passo em direcção à criminalização de quem os desrespeita. Não consigo entender quem abandona os seus animais de estimação nem quem os maltrata. Não compreendo o que leva alguém a ter um cão que mantém fechado numa varanda horas a fio, seja verão ou inverno. Não consigo perceber quem abandona os seus amigos felinos, que valorizam tanto o espaço, a casa onde vivem, porque de repente se aperceberam que largam muito pêlo e têm unhas muito afiadas e que nada disso é conveniente numa casa com um sofá tão caro ou com uns cortinados tão bonitos. E também não consigo perceber aquelas pessoas que se insurgem contra quem defende os animais "porque as pessoas são mais importantes e há tantas crianças a passar fome e tantos velhotes abandonados sem ninguém fazer nada". Como é lógico uma coisa não invalida a outra. Quem defende os direitos dos animais não é indiferente ao sofrimento humano, mas o sofrimento humano também não pode ser usado como argumento para não se defender o bem-estar daqueles que não têm voz e que não pediram para ir para casa de alguém que não tem sensibilidade para perceber que um cão ou um gato dá trabalho e requer responsabilidade. Não são bonecos que se podem descartar, deitar fora, à mínima tropelia, não são objectos que possam ser deixados à beira de estrada à sua sorte ou que possam ser atirados para o outro lado de um portão porque já não presta, porque dá muito trabalho, porque vamos de férias e levar o cão ou o gato atrás é uma seca e uma prisão. Alguém que fecha os olhos e é indiferente a tudo isto não pode ser boa pessoa. Não pode. 

Adoptar um animal é um acto de bondade que deve ser encarado com grande responsabilidade e com a consciência de que é para a vida. Mesmo quando fazem cocó em casa, mesmo quando nos roem os sapatos, mesmo quando se zangam e nos dão uma dentada, mesmo quando ficam doentes e precisam de cuidados médicos que só nós lhes podemos providenciar. 

Espero que esta nova lei seja cumprida eficientemente e, também, que não fique por aqui. Espero que seja o início de uma nova era em que o bem-estar dos animais deixe de ser renegado para segundo plano e que quem os mal trata deixe de sair impune e de continuar a ser tratado como um cidadão normal. Porque não é.

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publicado às 11:47

Nossa!

por Marisa Furtado, em 13.08.15

Sabes que estás a usar a máscara de pestanas certa quando a senhora que te faz a depilação às sobrancelhas exclama:
- Nossa, que pestanão! É máscara? Nossa! Faz um pestanão bem intenso, hein!


Já a tinha elogiado aqui mas volto a fazê-lo: a Volume Million Lashes da L'Oreal é, para mim, das melhores máscaras de pestanas do mercado e foi a perfeita substituta da Bad Gal Lash da Benefit. Não transfere nada - um deal breaker neste tipo de produtos -, a cor é muito intensa, não deixa grumos e é irrepreensível no que toca a alongar e dar volume.

 

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publicado às 11:10

Go get it! | Tangle Teezer

por Marisa Furtado, em 11.08.15

Isto não é, de todo, uma novidade no mercado, mas é, sem dúvida, uma novidade cá em casa. Estou rendida à Tangle Teezer! Já tinha reparado que os cabeleireiros as usavam, e que não me magoavam nada quando me penteavam o cabelo molhado, e até já tinha uma “em espera” na wishlist deste site há meses!, mas só agora pude pôr as minhas mãozinhas numa.
Depois do primeiro banho na casa nova dei por mim feita barata tonta a revirar tudo à procura do meu pente comprado no Jumbo – deve ter custado uns 4€ - e nada. Tinha ficado para trás no meio da confusão das mudanças. Desespero! “E agora o que é que eu faço? Penteio o cabelo com os dedos? – tarefa impossível, by the way - Uso um garfo?” a solução foi um pente velho que o meu homem tinha nas coisas dele e que deu para desenrascar, mas precisava urgentemente de comprar uma escova para me pentear convenientemente. Ora bem, não é tarde nem é cedo. Foi a desculpa perfeita para ir a correr à Sephora comprar uma Tangle Teezer. Em dourado! Que se é para gastar 16.55€ numa escova é para ser em bom. E, minhas amigas, só estou arrependida de não o ter feito mais cedo. Escovar o meu cabelo molhado, que como é fininho fica cheio de nós e próximo de um ninho de ratos, com um pente ranhoso de dentes largos e com a Tangle Teezer é assim como a noite e o dia. Não tem nada a ver! Antes demorava uma eternidade até desfazer os nós todos, demorava quase tanto tempo a pentear-me como a secar o cabelo, o que para quem tem cabelo fino é só ridículo. Faço ideia o que seria se tivesse uma juba volumosa. Agora em 1 minuto/minuto e meio, e juro por todos os santinhos que não estou a exagerar, tenho o cabelo todo penteadinho, sem nós e sem dor! Estou mesmo rendida, a sério. É fantástico não demorar 10 minutos a pentear-me depois do banho.
A escova tem sido descrita na imprensa por esse mundo fora como lifechanging, mágica e um must-have. E é. E é! É tão boa que até já ganhou uma data de prémios. Não sei quantas marcas de escovas se podem gabar do mesmo, mas acredito que muito poucas. Portanto pessoas, se também sofrem com a escovagem do cabelo pós-banho esta é a solução. Believe me. Não é barata, que não é, mas compensa tanto! Se não quiserem dar os 16€ que pedem na Sephora podem sempre encomendar pela Maquillalia, que era o que eu também devia ter feito há muito tempo, mas enfim. Sempre poupam 3€ e em 2 dias têm a escova em casa.

 

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publicado às 11:39

Ter um gato também é isto #9

por Marisa Furtado, em 04.08.15

Aquilo que mais me stressou no dia da mudança de casa foi, sem dúvida, a logística do gato. Sabia que ia ter alguns desafios pela frente:

1 – enfiá-lo na transportadora – pânico!;

2 – mantê-lo fechado não sei quantas horas num dos quartos da casa antiga enquanto os senhores das mudanças nos desmontavam os móveis;

3 – mantê-lo fechado não sei quantas horas num dos quartos da casa nova enquanto os senhores das mudanças nos montavam os móveis e os do MEO nos instalavam os serviços de tv e net, com a agravante de, desta segunda vez, ele ter de estar fechado num sítio que não conhecia, com cheiros, disposições e sons novos. Andei uma semana a sofrer por antecipação com este assunto mas as coisas acabaram por correr bastante bem. Por isso a minha dica para quem possa estar a passar pelo mesmo é só uma: relaxar.

No nosso último dia de férias foi um romance para o conseguir pôr dentro da transportadora. Foi coisa para demorar mais ou menos 40 minutos! A certa altura já estava desesperada, a suar em bica e a ponderar deixá-lo lá pronto, queres ficar ficas. Antes adorava a transportadora, não se chateava nada de lá estar dentro, mas agora odeia-a com todas as forças. Tentei tudo: enrolá-lo numa manta, pôr a comida dele na transportadora, mandar-lhe os ratinhos favoritos lá para dentro… nada resultou. Assanhou-se todo, bufou-me e rosnou-me não sei quantas vezes. No final, e já em desespero, abrimos o frigorífico para ver o que nos tinha sobrado de comida, mandámos um bocado de paio para dentro da caixa, ele foi a correr desvairado atrás do paio e foi essa a nossa oportunidade de o trancar! Cheguei ao fim desta odisseia mental e emocionalmente desgastada. E só de saber que podia ter de passar pelo mesmo filme novamente, agora com a agravante de ter pessoas estranhas em casa a fazer barulho, deixou-me com os nervos em franja.
Na semana que antecedeu a mudança deixei-lhe todos os dias a comida dentro da caixa transportadora para ele se ir habituando a estar lá dentro e encarar a coisa com normalidade, li algures que isso podia ajudar. E ajudou! Quando chegou a altura deitei uns grãozinhos de ração lá para dentro – não lhe queria dar muita comida porque podia enjoar no carro –, ele espreitou meio desconfiado, dei-lhe um empurrãozinho no rabiosque e lá foi ele. O primeiro desafio estava superado. Faltava o outro, que era deixá-lo fechado no quarto na casa nova durante sei lá quanto tempo depois de já ter estado 3h fechado na casa antiga. Só o queria soltar quando os senhores das mudanças se fossem embora e quando já não houvesse portas abertas para a rua, mas  tendo em conta o tempo que demoraram a tirar as coisas da outra casa temia o pior.
Quando chegámos à morada nova preparei o quarto onde ele ia ficar com as coisinhas todas – comida, água, caixa de areia, brinquedos, a caminha – e 1h depois voltei lá para ver como estava. Estava na maior! Muito carente mas cheio de vontade de sair e começar a explorar o resto da casa. Antes de nos mudarmos falei com um veterinário e uma rapariga de uma loja de animais e os dois aconselharam-me a apresentá-lo gradualmente à casa. “Cada dia uma divisão nova.” Acredito que resulte e seja necessário para gatos muito nervosos e assustadiços mas não me parecia que fosse a melhor abordagem para um gato tão impaciente e destemido como o meu. Acho que ia ser muito cansativo para toda a gente. Pois isso, 4h30 depois, quando já não estavam pessoas estranhas em casa, abri a porta e deixei-o explorar à vontade dele. Hoje, 4 dias depois, já está perfeitamente ambientado! Só a cozinha é que está a ser um desafio maior. Entra sempre muito rasteirinho, a cheirar tudo e assim que ouve um estalido dá um salto e volta para trás a correr. Mas com tempo a coisa vai lá.

 

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Novo sítio favorito para as sestas de final de dia. 

 

 

 

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publicado às 10:58

Mudanças report

por Marisa Furtado, em 03.08.15

Done! 
O dia da mudança foi o mais cansativo de todos, apesar de não ter feito quase nada durante grande parte do tempo. Mas o stress de ver pessoas a desmontar as nossas coisas na casa antiga com medo que algo corresse mal, ver a casa nova de pantanas com caixas e móveis em todas as esquinas, tudo desarrumado, ter a equipa das mudanças e do MEO a trabalhar em simultâneo e a sujarem-me tudo, ter o gato fechado no quarto durante uma data de horas, tudo junto foi coisa para me dar cabo dos nervos, já de si frágeis. 


Depois de muitas pesquisas acabámos por escolher uma empresa de mudanças certificada em vez daquelas de vão de escada que colam anúncios nas paredes. Preferíamos pagar um bocadinho mais mas ter a certeza que as nossas coisas eram tratadas com cuidado e que, caso houvesse um azar, havia seguro incluído no preço que cobria os danos. Os senhores chegaram à morada antiga pontualmente, às 9h, mas quando os vi comecei a ver também a minha vida a andar para trás. Era um senhor de 50 e tal anos que assim que viu o que tínhamos em casa para eles transportarem começou a fazer alongamentos "que isto de manhã é mais complicado, ainda temos que aquecer", e um franganote na casa dos 20 pequenino e magrinho. Apesar da primeira impressão não ter sido a melhor a coisa até nem correu mal. Tiveram muito cuidado com tudo e o senhor mais velho foi muito compreensivo em relação aos cuidados a ter com o nosso gato - não entrar no quarto onde ele estava, montar as mobílias daquela divisão em último lugar, ausentar-se da zona dos quartos quando tinha de o passar de um quarto para o outro, para não se assustar, etc. - acho é que podiam ter demorado menos tempo. Ao todo foram 7h30! Está bem que a casa antiga ficava num 3.º andar sem elevador - e eu bem vi a diferença quando transportaram as coisas para a casa nova que tem elevador. Bem mais rápido! - e a distância entre as duas moradas era de pouco mais de 20km, mas 7h30 pareceu-me um exagero. Falei com duas pessoas que também mudaram de casa recentemente e o tempo que demoraram variou entre as três e as seis horas. Mas pronto, está feito e se não fosse a empresa de mudanças tinha sido impossível. As únicas baixas que houve foram três canecas, um pires e um copo que se partiram por culpa nossa. O resto está impecável!

Ao fim do dia o cenário cá em casa era caótico. A maior parte dos móveis estavam colocados no sítio certo mas o recheio estava todo dentro das caixas, de formas que ver caixas e mais caixas por todas as divisões foi avassalador. Confesso que tive ali um momento de histerismo interior em que não sabia para onde me virar. Abria as caixas que estavam na sala, via que tinham coisas que tinham de ser guardadas no quarto, ia ao quarto e via mais caixas com coisas que tinham de ir para o armário da casa de banho... aaaaaaaaaaaaaaargh. 

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Como o trabalho de equipa é essencial nestas situações eu e o meu homem unimos esforços e em 5h pusemos a casa operacional. Tudo arrumado, tudo limpo, decorações nos sítios... e às 22h estávamos derreados a ligar para a Sushi@Home para encomendar o jantar - regalias para quem mora na capital.

 

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Estávamos algo apreensivos antes da mudança, tínhamos receio que a nossa mobília ficasse muito atabalhoada num espaço que é mais pequeno que o anterior, mas o resultado superou largamente as expectativas. A sala é o nosso xodó, adoramo-la, mas toda a casa ficou muito harmoniosa e acolhedora, até mais que a antiga, vejo isso agora, onde as coisas estavam mais dispersas pelas divisões. Morar em Lisboa, pertinho de tudo - algo que sempre quisemos -, ir e vir a pé do trabalho, poder ir almoçar a casa é, sem sombra de dúvida, um luxo, e morar numa casa tão bonita, um bónus!

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publicado às 09:46

Mudanças report

por Marisa Furtado, em 30.07.15

Em quatro dias já conseguimos embalar, transportar e arrumar na casa nova toda a nossa roupa, decoração, pequenos electrodomésticos, o recheio da dispensa e alguma loiça. Queremos que os senhores das mudanças só nos levem mesmo a mobília e uma ou outra caixa que seja mesmo muito pesada para nós ou que não nos caiba no carro durante este processo – que serão certamente as do resto da loiça e dos livros. Não só lhes reduz substancialmente o tempo da mudança como para nós é muito mais fácil só termos de arrumar livros e pratos na casa nova assim que a mudança estiver concluída, em vez de darmos por nós e termos tudo de pantanas. Tem-nos saído do pêlo! Actualmente moramos num 3.º andar sem elevador que sempre me custou horrores a subir mas agora, que tenho de subir e descer aquelas malditas escadas com caixas pesadíssimas nos braços vezes sem conta, estou-lhes a desenvolver o ódio nada saudável. É uma alegria sempre que chego à nova morada e só ter de depositar as coisas no elevador!
Apesar de estes dias estarem a ser muito cansativos sabe-nos bem começar a ver a casa nova a ganhar vida com as nossas coisinhas. É uma sensação muito boa. Quem está a adorar tudo isto é o senhor Kubrick, que agora tem todo um mundo de caixas e caixinhas onde se pode esconder e esticar o seu lombinho de 5kg.

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Mal sabe ele o que o espera...

 

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publicado às 10:38

Mudanças

por Marisa Furtado, em 28.07.15

Qual é aquela coisa que ninguém quer fazer no dia em que as férias terminam? Podia ser desfazer a mala que, de facto, é uma chatice e nunca apetece, mas não, não é isso, estou mesmo a referir-me a preparar uma mudança de casa. Este ano foi o que nos calhou na rifa. Depois de muito matutar, quase até à exaustão – mesmo!... – decidimos avançar com a mudança. A área do novo apartamento é um bocadinho menor que a que temos agora mas para morar em Lisboa, pertinho de tudo e, consequentemente, melhorar a nossa qualidade de vida – adeus trânsito e gastos parvos em gasolina -, há que fazer alguns sacrifícios e a área útil numa casa é, sem dúvida, uma delas. A não ser, claro, que sejamos ricos, aí o céu é o limite – eu contentava-me com uma penthouse no Chiado. Assim que entrámos em casa, depois de uns retemperadores 15 dias de praia, desfizemos as malas de viagem e começámos imediatamente a encaixotar a nossa vida de dois anos e meio nestes 90m2. Cheguei ao final do dia tão estoirada que quase não conseguia falar. E só enchemos umas seis caixas. Ou seja, ainda falta TUDO! Felizmente tivemos a presença de espírito de contratar uma empresa que nos vai tratar da mudança dos móveis, o que já é um descanso.
O grande defeito que achei que a casa nova tinha era o facto de não ter dispensa nem varanda/marquise onde se pudessem guardar coisas, mas depois entrei em minha casa, vi a quantidade de tralha que tenho guardada nesses dois espaços e agradeci a Deus ter-me levado para um sítio onde vou ser obrigada a ter um estilo de vida mais minimalista. A sério, quem é que precisa de 50 sacos de plástico e papel? O que é que eu acho que me vai acontecer na vida para precisar de armazenar tanto saco? E as caixas acumuladas das coisas que fomos comprando?  Ele é a caixa do secador, da máquina do café, da liquidificadora, do aquecedor ranhoso que deve ter custado uns 10€ - mas que me dá um jeitão no inverno para aquecer a casa de banho! -, da varinha mágica, do fervedor… ufa! “Guardamos a caixa durante 2 meses, não vá haver algum problema com o aparelho, mas depois vai fora.” Vai, vai. A minha vontade é entrar ali, fechar os olhos e mandar tudo para o lixo, assim indiscriminadamente, mas, infelizmente, vou ter de passar por um longo e penoso processo de selecção, não vá haver ali alguma coisa que faça, realmente, falta.
No meio disto tudo percebi que uma das coisas boas de se ter os pais a viver num raio de 20km é podermos distribuir a tralha que não conseguimos pôr na casa nova pelas casas deles. Por exemplo, sempre que entro na marquise o que me salta logo à vista é a enorme bola de Pilates que resolvi ir buscar a casa dos meus pais num dia em que, provavelmente, me estava a sentir muito virada para a actividade física – go figure… Erro. Trouxe-a, enchi-a e guardei-a ali. Vai, obviamente, regressar às origens, que na casa nova não há espaço para devaneios parvos deste género. Na casa antiga temos três varandas com janelões enormes mas na casa nova isso não existe, logo, vão sobrar cortinados. Solução: vão dobradinhos para a casa dos sogros que era só o que faltava agora pôr cortinados no lixo. Coincidência das coincidências, os nossos pais vão de férias na altura das mudanças o que pode significar que, quando regressarem, tenham uma decoração nova lá por casa (inserir riso maquiavélico).
Nos próximos dias a minha vida vai ser isto: trabalhar durante o dia, encaixotar coisas à noite e ir levando o que conseguirmos para a casa nova ao final do dia de forma a que, no fim de semana, quando chegarem os senhores das mudanças, já estar tudo organizadinho e só ser preciso levar. Quando tomámos esta decisão pensei que mal começássemos as mudanças ia começar a chorar copiosamente com pena de deixar a casa, tão bonitinha, onde fomos tão felizes nos últimos dois anos e meio, mas já tirámos todos os cortinados das janelas, molduras das paredes e encaixotámos roupas e coisas de cozinha e, até agora, mantive-me firme como uma rocha. So far so good.

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Ter um gato também é isto #8

por Marisa Furtado, em 21.07.15

Assim que o Kubrick veio fazer parte da família a primeira regra que lhe impus foi nunca passar as noites no nosso quarto. Tinha o resto da casa por conta dele mas o quarto dos donos estava interdito. Sempre resultou, nunca nos arranhou a porta a meio da noite para entrar, de vez em quando vai lá miar à porta às 8h da manhã aos fins-de-semana mas depressa se cala.
Actualmente estamos de férias num T1 que ele já conhece, é o terceiro ano que o trazemos para cá, e, até agora, a regra das noites sempre se tinha aplicado também aqui sem stress. Só que este ano baixou nele um espírito do demónio e a coisa já não está a correr tão bem. Na primeira noite fechámos a porta do quarto e ele ficou com o resto da casa para ele. Passadas três horas desatou a arranhar a porta do nosso quarto de tal maneira que parecia que do outro lado estaria um touro. Mas não, continuava a ser o nosso gato de 5kg. Levantei-me - sim, porque o meu homem NUNCA ouve nada. Dá imenso jeito... - e fui fechá-lo na sala/kitchenet para não o ouvir. Pensava eu. Aguentou-se até às 6h da manhã, hora em que começou a dar à pata novamente e em que eu o deixei entrar no quarto e passar as restantes horas da manhã ali connosco. Ora isto foi assim durante toooooda a primeira semana de férias, com a agravante que à medida que os dias passavam mais vezes por noite tinha de me levantar para o mandar calar. Assim que abria a porta do quarto lá estava ele, do outro lado da porta da sala, com o olhar mais triste do mundo tipo gato das botas do Shrek. Não é que tal coisa me comova, que eu às 3h30 da manhã quero é dormir descansada, não quero cá saber de gatinhos manipuladores.

 

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Ao fim de uma semana achei que estar a acordar três vezes por noite nas minhas férias! já era demais e cedi. Pronto. Sou uma fraca. Esta última semana que cá vamos estar o Kubrick vai dormir connosco. Já é a segunda noite e, de facto, é um descanso. Está a noite toda a dormir connosco, não faz barulhos, não desata a fazer sprints pela casa de madrugada... problema: dorme aos meus pés, umas vezes encolhido, outras todo esticado como se isto fosse tudo dele. Portanto quando me quero esticar dou com os pés nesta massa peluda que não se mexe nem por nada e pronto, lá desperto eu outra vez porque quero mudar de posição e não consigo. Aaah, como é bom dormir com animais no quarto!... Claro que o meu homem dorme a noite toda como um pequeno querubim. Nada o incomoda, graças a Deus. Como dorme todo esticado a ocupar todo o espaço livre que encontra o gato não consegue estar ao pé dele. Já eu que durmo em posição fetal sou uma óptima candidata a parceira de cama de um felídeo. Raisparta.
Resta-me esperar que não se habitue a esta nova vida e que quando regressarmos a nossa casa, onde ele vai reaver o sítio favorito para bater as suas sestas, aka, o cadeirão da sala, tudo volte ao normal. 

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publicado às 10:42


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