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Quando era mais nova lembro-me que havia dois dias por ano - exceptuando os meus anos e o Natal - que eram uma excitação: o dia em que ia com os meus pais à Feira Popular e o dia em que íamos ao Jardim Zoológico. Era assim uma espécie de tradição de família. A única. Como eram passeios caros só podíamos ir uma vez por ano por isso, para mim, eram verdadeiros eventos!, qual Moda Lisboa. Da Feira Popular lembro-me da lagarta, da casa do terror, da montanha russa onde nunca tive coragem para andar, de uma coisa que andava à roda com cadeiras penduradas numas correntes e de me lambuzar com o algodão doce e as farturas. Já do Zoo lembro-me do nervoso miudinho que me invadia o estômago na fila para o teleférico, do espectáculo dos golfinhos que via, religiosamente, todos os anos e todos os anos constatava que era igual, até as músicas!, das festas que fazia aos póneis e às cabras na Quintinha e dos gelados, os epás e pernas de pau, que comia na zona dos macacos. Aliás, um dos meus traumas de infância deve-se a uma destas visitas. Estava eu, com uns 7 ou 8 anos, a comer o meu Epá e a olhar para os macacos quando reparei que os chimpanzés pequeninos conseguiam sair das jaulas e andar por ali ao pé das pessoas. Ideia brilhante: ir ter com um deles e mostrar-lhe o meu gelado, completamente alheia aos avisos da minha mãe "olha que ele tira-te isso!". Primeiro abanei-lhe a colher, que ele ignorou, e depois pus-lhe o gelado debaixo do nariz. Dois segundos depois senti a pata do macaco a tocar na minha mão e a arrancar-me o gelado - choque! Aquilo assustou-me tanto que desatei a correr desenfreadamente não sei bem para onde. O estúpido do macaco deve ter achado piada e começou a correr atrás de mim de Epá em punho e a fazer aqueles sons que os macacos fazem. Portanto, naquele lindo dia de verão, o cenário no Zoo era este: uma criança lavada em lágrimas a fugir de um macaco bebé que a perseguia com um gelado, uma mãe - a minha - a correr atrás do macaco e da filha a rir-se à gargalhada, e um segurança do parque a correr atrás daquela gente toda para saber o que se estava a passar. Bonito ãh? Depois desse dia passei a achar os macacos uns bichos assustadores. Detesto-os.
Se, infelizmente, já não posso reviver as memórias da Feira Popular, acho incrível poder fazê-lo com o Jardim Zoológico e foi isso mesmo que fiz no passado fim-de-semana. Está igualzinho ao que me lembrava apenas com alguns updates interessantes: a zona dos rinocerontes está maior, os orangotangos também têm um espaço renovado e a Quintinha tem uns cabritos que são as coisas mais fofas de sempre!
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