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As maiores inimigas de tudo na vida são as expectativas. Posto isto, a aula de pilates foi assim: saí de casa toda entusiasmada e confiante e na minha cabeça formavam-se vários cenários: uma sala pequena com espelhos por todo o lado, uma professora muito zen, uma musiquinha instrumental com passarinhos e quedas de água lá ao fundo e explicações detalhadas sobre cada um dos exercícios. Mas bastou-me entrar no balneário para começar a ver a minha vida a andar para trás. Era pequeno para tanta gente e eu não tinha cadeado para trancar o cacifo. Vesti o equipamento, guardei as minhas coisas no cacifo sem cadeado e rezei para ninguém me levar a camisola da Blanco que tinha comprado no dia anterior. Sentada num banquinho cá fora começo a ver uma fila com bem mais de dez pessoas a formar-se à porta da sala. "Como é que esta gente toda vai caber numa salinha tão pequena". A porta da salinha abre-se e o que estava do outro lado era um salão semelhante a um pavilhão de futsal. Entrei, descalcei-me e lá ao fundo vi uma senhora pequenina, cheia de energia com um microfone colado à cara. "Queres ver que te enganaste na sala e estás na aula da step?" Tomadas as nossas posições a professora aponta um comando para umas colunas enormes e começa a ouvir-se Gotan Project. Foi aqui que as minhas expectativas saíram de fininho da sala.
A aula não foi, claramente, ao encontro daquilo que tinha imaginado. Não foi tão zen como esperava, parecia pilates em ácidos, com música mexida, e mais acelerada do que estava à espera. Já conhecia a maior parte dos exercícios dos vídeos que via em casa mas foi complicadíssimo seguir o ritmo daquela pessoa. Se em casa fazia as coisas ao meu ritmo ali mal tinha tempo para pensar. Sei que certos movimentos têm de ser acompanhados de expirações ou inspirações mas a determinada altura já nem estava a seguir essa regra, tal era a rapidez com que aquela cigarra de microfone passava de um exercício para outro. Cerca de meia hora depois começa a parte mais temida da aula: os exercícios com bola que, basicamente, ficaram todos a meio, menos os dos alongamentos. A certa altura já só me ria. "Agora ponham-se em prancha, com os pés em cima da bola, e façam 3 flexões." Está bem. Nem uma consigo fazer com os pés no chão quanto mais 3 em cima de uma bola gigante que não há meio de estar quieta.
Conclusão: assim que terminou a aula dirigi-me ao guichet para me inscrever. Não foi fácil, nem foi exactamente aquilo que eu estava à espera, mas foi divertida. Foi um desafio e senti mesmo que puxou por mim. Hoje doem-me ligeiramente as pernas, o que quer dizer que no meio de toda aquela atrapalhação fiz algumas coisas bem. E as dores de costas que me assombram todas as manhãs hoje não estavam lá! Pode ser só coincidência mas acho que o mérito é dos os alongamentos que fiz durante a aula.
A partir de agora, duas vezes por semana, tenho de arranjar forças para passar 50 minutos no ginásio. E nem é preciso fazer sempre pilates. Essa é outra parte boa. Posso fazer qualquer aula que me apeteça, o que me faz pensar que esta coisa das aulas de grupo dá 10 a 0 aos planos de treino no ginásio. Posso variar sempre que me apetecer e cada aula dura sempre 50 minutos. Sempre! Quando andava no ginásio o primeiro plano de treino que me deram demorava 1h15 a completar e o segundo já ia em 1h30. Estar 1h30 a andar de bicicleta e a levantar pesos tem tudo para correr mal. É meio caminho andado para querer fazer batota. "Hoje faço só 30 minutos de passadeira, uns abdominais e depois vou-me embora." Nas aulas de grupo a dinâmica é um bocadinho diferente e isso só pode ser bom. Certo?
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