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Quando, na semana passada, ouvi a notícia de que a partir de agora os sacos de plástico que usamos para levar as compras eram pagos passei-me. Depois reflecti um bocadinho, pesei os prós e contras e continuei passada, embora um bocadinho menos. Está certo que levamos muitos sacos de plástico sem necessidade, que na maioria das vezes nem os enchemos como deve ser, que como são à borla levamos uma coisa em cada saco e não pensamos mais nisso, mas... dez cêntimos?! 10?? Não podiam fazer a coisa por menos? Ainda por cima este assunto toca-me especialmente no coração. Tenho um gato em casa e nem imaginam o jeito que os sacos do Jumbo e do Continente me davam para lhe tirar os xixis e os cocós da caixa de areia todas as manhãs. É óbvio que o vou continuar a fazer, até porque assim de repente não me lembro de outra solução, mas em vez de ser com sacos gratuitos vou ter de passar a comprar daqueles mais pequeninos para o lixo. Ou seja, o uso que dou aos sacos vai ser o mesmo e em igual quantidade... mas agora vou pagar por isso. É a vida.
Por mais voltas que dê ao assunto acabo sempre por compará-lo à fantástica lei de não se poder circular em certas zonas de Lisboa com carros anteriores a 2000. Eu até percebo a ideia, é importante haver menos poluição e estarmos todos conscientes do que podemos fazer para controlar isso, mas... não era mais justo que antes de virem mexer na carteira do povinho começassem por cima? Sim, era importante reduzir os níveis de poluição do ar em Lisboa mas antes de desatarem a multar pessoas que têm carros velhos, não porque querem mas porque não têm dinheiro para comprar um mais recente, deviam criar infra-estruturas para facilitar a vida às pessoas. Eu achava fantástico que não houvesse circulação de carros na Avenida da Liberdade desde que se arranjasse uma solução viável para quem opta por entrar em Lisboa de carro, como por exemplo melhorar ou alargar a rede de transportes e criar parques de estacionamento gratuitos. Claro que num mundo perfeito ninguém andaria de carro e usávamos todos os transportes públicos à disposição, mas as coisas não funcionam assim, nem podemos ser fundamentalistas a esse ponto, tenham lá paciência. O mesmo se passa com os sacos de plástico. Não seria mais justo se antes de cobrarem 10 cêntimos às pessoas por cada saco começassem por obrigar as empresas que embalam carne, peixe, fruta e por aí fora a usar outros materiais que não o plástico? Isso actualmente não acontece. Na segunda-feira fui às compras e quase tudo o que levava no carrinho era embalado com recurso a plásticos mas depois quando chegou a minha vez de pagar pimba dá cá 10 cêntimos por cada saco. Claro que fiz o que muita gente faz, comprei um daqueles de ráfia e pus tudo lá dentro, e claro que agora me vou tentar lembrar de andar sempre com um saco desses dentro do carro e, se pensarmos bem, isto, na verdade, não causa transtorno nenhum às pessoas, é só uma questão de hábito, mas isso não invalida tudo o resto. Não invalida eu achar mal que se comece sempre, sempre, sempre por baixo. Não se descobriu ontem que o plástico polui. Não é nenhuma novidade. Há países na Europa que já têm esta lei implementada há mais de 10 anos. O que me parece é que esta medida foi pensada mais para engordar os cofres do Estado e menos para criar uma consciência 'verde' nos portugueses.
Os impostos aumentaram, o desemprego também e quem tem a sorte de manter o emprego viu o ordenado diminuir. Seria de esperar que o governo - assim mesmo, com letra pequenina - quando decidisse ser verde porque agora está na moda não começasse, por uma vez na vida, pelo povinho.
Desculpem mas eu AMEI este champo seco. Comprei em...
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