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Rota dos restaurantes | Mercantina do Chiado

por Marisa Furtado, em 31.08.15

A fasquia estava elevada desde que vi que o risotto fazia parte da ementa. Não são muitos os restaurantes italianos que servem esse prato, infelizmente a maioria fica-se pelas pizzas e pastas, por isso tinha muita curiosidade em experimentar este na Mercantina. Não conheço o espaço de Alvalade mas o do Chiado é fantástico. Enorme, com muita luz, muitíssimo bem decorado e o serviço muito cuidado e atencioso.
De entrada pedimos uma foccacia de azeite, alho e tomate semi seco e os pratos escolhidos foram uma pizza da casa e um risotto de farinheira. Esta tudo irrepreensível! A pizza é deliciosa, feita com ingredientes frescos, e como tem uma massa fina acaba por não ser enjoativa. Já o risotto estava uma verdadeira delícia, com o arroz cozinhado no ponto e um original croquete de farinheira com queijo. Recomendo!

De sobremesa pedimos um mil folhas e um cheesecake. O mil folhas não me satisfez e só me impressionou pelo aspecto artístico do empratamento. Já o cheesecake estava fabuloso. Muito leve e doce q.b.
A verdade é que ao longo de todo o jantar não conseguimos evitar cobiçar os pratos das outras pessoas, todos com muitíssimo bom aspecto. Por isso este restaurante é sem dúvida para voltar. Muitas vezes.

 

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publicado às 09:59

Ter um gato também é isto #10

por Marisa Furtado, em 28.08.15

 

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 9 de Agosto de 2013 / 27 de Agosto de 2015

 

Dois anos e picos depois de termos ido buscar esta bola de pelo cheia de personalidade, depois de muitas mordidelas - muitas delas deixaram cicatrizes -, depois de um par de chinelos de borracha roídos até não sobrar nada em apenas uma noite!, depois de uma infecção de pele que também nos contagiou, de um valente ataque de diarreia que nos cagou, literalmente, a casa toda, de horas a gritar "Kubrick não!" para o tentar demover de comer a árvore de Natal e de rasgar os embrulhos, de um sem fim de comportamentos vergonhosos no veterinário; depois de muito dinheiro gasto em vacinas, teste de despiste de FIV e FeLV, brinquedos, arranhadores, uma cama de rei, teste para saber se tinha Tinha - ou ring worm, em inglês -, shampoo, ampôlas e antibiótico para curar a doença, testes para saber se a Tinha já tinha passado, esterilização, comida; dois anos e picos depois de preocupações desmesuradas, como quando fiquei com o coração do tamanho de um pinhão quando o deixei no veterinário para ser esterilizado, depois de muitos, muitos pêlos sacudidos de tapetes, mantas, peças de roupa e lençóis, depois de algumas chávenas partidas, de muitos exercícios de criatividade para o levar a fazer o que nós queremos - entrar na transportadora, dar-lhe medicamentos, cortar as unhas -, depois de muitas sestas no sofá enrolado no meio de nós, de muito ronron, às vezes quase imperceptível, mas está lá!, de muitas turras e muito mel logo de manhã em jeito de bom dia, de muitas, não, todas!, as refeições com este emplastro sentado no meio da mesa a olhar para nós, de muita companhia, tanta que às vezes não lhe reconheço a característica mega independente dos felinos - está sempre, sempre, sempre onde nós estamos -, de muitas tropelias que nos deixam horas a rir, de viagens de carro que começam sempre com miados desesperados e altíssimos mas que dez minutos depois dão lugar a uma valente soneca que só termina quando o carro pára; dois anos e picos depois de muitos ataques de carinho repentinos que derretem qualquer coração, de muitas 'patinhas' feitas nos meus pijamas polares, de muitos miados que agora conseguimos decifrar - tem quatro diferentes: "quero mimo", "quero brincar", "pára com isso!!!" e "quero fiambre!" -, de um entendimento que só quem tem animais de estimação entende, não é só o miar, cada olhar, cada expressão está, também, carregada de significado... dois anos e picos depois de tudo isto já não nos conseguimos imaginar sem ele. Sem esta bola de pelo que consegue levar quase sempre a melhor, que todas as manhãs nos vem pedinchar fiambre ao pequeno-almoço e que dá tanta, tanta vida à nossa casa.
É por saber a alegria que um animal de companhia traz à nossa vida e o quão gratos nos ficam pelas mais pequenas coisas que compreendo quem os defende e quem lhes dá voz - como é o caso do nosso Nuno Markl e de um dos meus comediantes favoritos, o Ricky Gervais - e é por isso também que ontem fiquei tão feliz por saber que demos mais um passo em direcção à criminalização de quem os desrespeita. Não consigo entender quem abandona os seus animais de estimação nem quem os maltrata. Não compreendo o que leva alguém a ter um cão que mantém fechado numa varanda horas a fio, seja verão ou inverno. Não consigo perceber quem abandona os seus amigos felinos, que valorizam tanto o espaço, a casa onde vivem, porque de repente se aperceberam que largam muito pêlo e têm unhas muito afiadas e que nada disso é conveniente numa casa com um sofá tão caro ou com uns cortinados tão bonitos. E também não consigo perceber aquelas pessoas que se insurgem contra quem defende os animais "porque as pessoas são mais importantes e há tantas crianças a passar fome e tantos velhotes abandonados sem ninguém fazer nada". Como é lógico uma coisa não invalida a outra. Quem defende os direitos dos animais não é indiferente ao sofrimento humano, mas o sofrimento humano também não pode ser usado como argumento para não se defender o bem-estar daqueles que não têm voz e que não pediram para ir para casa de alguém que não tem sensibilidade para perceber que um cão ou um gato dá trabalho e requer responsabilidade. Não são bonecos que se podem descartar, deitar fora, à mínima tropelia, não são objectos que possam ser deixados à beira de estrada à sua sorte ou que possam ser atirados para o outro lado de um portão porque já não presta, porque dá muito trabalho, porque vamos de férias e levar o cão ou o gato atrás é uma seca e uma prisão. Alguém que fecha os olhos e é indiferente a tudo isto não pode ser boa pessoa. Não pode. 

Adoptar um animal é um acto de bondade que deve ser encarado com grande responsabilidade e com a consciência de que é para a vida. Mesmo quando fazem cocó em casa, mesmo quando nos roem os sapatos, mesmo quando se zangam e nos dão uma dentada, mesmo quando ficam doentes e precisam de cuidados médicos que só nós lhes podemos providenciar. 

Espero que esta nova lei seja cumprida eficientemente e, também, que não fique por aqui. Espero que seja o início de uma nova era em que o bem-estar dos animais deixe de ser renegado para segundo plano e que quem os mal trata deixe de sair impune e de continuar a ser tratado como um cidadão normal. Porque não é.

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publicado às 11:47

#onrepeat | The Weeknd - Can't Feel My Face

por Marisa Furtado, em 19.08.15

Gosto do The Weeknd - e não 'dos' The Weeknd, ok? - que só fiquei a conhecer no final do ano passado, mais ou menos na altura em que me comecei a fartar de ouvir as mesmas músicas do Frank Ocean que, infelizmente, nunca mais fez nada novo. Por isso, até o Frankinho editar novo material vou-me entretendo com este que também não lhe fica nada atrás.
Há uns meses estava toda a gente doida com aquela música que fez para as Cinquenta Sombras de Grey mas, curiosamente, essa é a que menos gosto. Acho-a um bocado aborrecida e o facto de ter passado 154 mil vezes na rádio não ajudou. Já esta Can't Feel My Face enche-me as medidas todas. É uma música que dispõe bem - quando se começam a ouvir os estalidos dos dedos já eu estou a abanar o pézinho e desafio qualquer pessoa a tentar estar quieta ao longo dos três minutos que dura a música. Impossível! - e adoro aquele toque de Michael Jackson que ele lhe conseguiu dar, isso é logo meio caminho andado para ser um sucesso. Foi, claramente, buscar inspiração à Can't Stop Till You Get Enough e fez muito bem! O resulto é o que se vê. 
Agora vou só ouvir a música em loop até me esquecer que é Agosto, estão 30ºC lá fora e eu estou fechada numa sala com ar condicionado nos 20ºC :)

 

 

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publicado às 12:28

Crème brûlée, burnt cream, crema catalana, leite creme. O nome varia conforme o país mas a essência é sempre a mesma: um creme de leite com ovos, açúcar e baunilha que se serve com açúcar queimado – NA HORA! – por cima. É a minha sobremesa favorita de todos os tempos. Falem-me de bolo de bolacha, cheesecake, mousse de chocolate, baba de camelo… é tudo muito bom, que é, mas se houver leite creme é leite creme que eu quero. Nem há discussão. Azar dos azares, é a sobremesa mais aldrabada da história das sobremesas. Quando chega a hora de escolher e vejo “leite creme” no cardápio fico com água na boca mas, como já sei o que a casa gasta, pergunto sempre entredentes “será que é caseiro”? Quem está comigo recomenda sempre que eu pergunte mas, infelizmente, isso há muito que deixou de ser garantia que o raio do leite creme é MESMO caseiro. Já alguma vez perguntaram a um empregado de restaurante se determinada sobremesa era caseira e ele vos disse sincera e prontamente que não? A mim nunca aconteceu. Nunca! É sempre tudo caseiro. Feito na hora! Tirando todas as vezes em que não é, que é assim, tipo, quase sempre. Ontem a história voltou a repetir-se. Fomos almoçar a um restaurante típico português aqui ao pé de casa. Muito castiço e com boa comida – vamos ignorar as, quase, duas horas que o almoço demorou a ser servido. "Estamos com muita gente hoje"... – e, oh felicidade, tinha leite creme!! 
“É caseiro?”
 “É sim.”
 Vieram todas as sobremesas menos a minha. 
“O leite creme está a ser queimado”. 
Senti-me confiante. Está a ser queimado, queimado na hora!, portanto só pode ser
the real deal
Pois, não era. Assim que a tacinha de barro aterrou à minha frente soube logo. Aquele tom amarelo escuro não engana ninguém. O que é que me serviram? Pudim! Pudim do Mandarim!Dá para acreditar nisto? Foi o suficiente para me estragar todo o almoço. O bacalhau à lagareiro estava muito bom, que estava, mas a única coisa que me vai ficar na memória quando falar daquele espaço vai ser o momento em que pedi leite creme e me serviram pudim. Do mau, ainda por cima! 
Porque é que enganam as pessoas? Porquê?! Se não sabem fazer leite creme, ou se sabem mas não querem fazer porque dá muito trabalho, não o ponham na ementa. Como é que é possível terem o descaramento de servirem uma coisa às pessoas - pessoas que vão pagar a refeição no final! -, que nada tem a ver com o que foi pedido? É o mesmo que pedir um bife da vazia e servirem-me bifes de perú
Como podem ver eu levo mesmo muito a sério o meu leite creme. É um assunto que me é muito sensível. Vamos lá ver se nos entendemos de uma vez por todas: leite creme não é farinha Maizena – pois, eu sei que pode ser um choque, mas não é! Parem de misturar farinha Maizena
com ovos e dizerem, orgulhosos, que acabaram de fazer leite creme - e muito menos pudim! O leite creme leva, só!, natas, leite, ovos e açúcar baunilhado. Fica cremoso, com um tom amarelo muito clarinho e delicioso. Ah, e também não vale fazerem leite creme a sério e depois estragarem tudo ao despacharem logo o assunto do açúcar queimado e pimba, frigorífico com ele. O açúcar se não for queimado na hora fica todo mole e derretido. Não sejam preguiçosos! E, muito menos, aldrabões.

 

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Já agora, se houver aí alguém que saiba onde se come leite creme do bom faça o favor de partilhar! Já sabem, farinha Maizena e pudim não contam. Ok? Não me enervem!

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publicado às 11:49

Nossa!

por Marisa Furtado, em 13.08.15

Sabes que estás a usar a máscara de pestanas certa quando a senhora que te faz a depilação às sobrancelhas exclama:
- Nossa, que pestanão! É máscara? Nossa! Faz um pestanão bem intenso, hein!


Já a tinha elogiado aqui mas volto a fazê-lo: a Volume Million Lashes da L'Oreal é, para mim, das melhores máscaras de pestanas do mercado e foi a perfeita substituta da Bad Gal Lash da Benefit. Não transfere nada - um deal breaker neste tipo de produtos -, a cor é muito intensa, não deixa grumos e é irrepreensível no que toca a alongar e dar volume.

 

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publicado às 11:10

Insta outfit

por Marisa Furtado, em 13.08.15

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 Casaco fluido - Stradivarius
T-shirt - Mango
Calças - Bershka
Sandálias - Mango
Óculos - Um achado nos saldos da Stradivarius: 3.90€!

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publicado às 10:11

Go get it! | Tangle Teezer

por Marisa Furtado, em 11.08.15

Isto não é, de todo, uma novidade no mercado, mas é, sem dúvida, uma novidade cá em casa. Estou rendida à Tangle Teezer! Já tinha reparado que os cabeleireiros as usavam, e que não me magoavam nada quando me penteavam o cabelo molhado, e até já tinha uma “em espera” na wishlist deste site há meses!, mas só agora pude pôr as minhas mãozinhas numa.
Depois do primeiro banho na casa nova dei por mim feita barata tonta a revirar tudo à procura do meu pente comprado no Jumbo – deve ter custado uns 4€ - e nada. Tinha ficado para trás no meio da confusão das mudanças. Desespero! “E agora o que é que eu faço? Penteio o cabelo com os dedos? – tarefa impossível, by the way - Uso um garfo?” a solução foi um pente velho que o meu homem tinha nas coisas dele e que deu para desenrascar, mas precisava urgentemente de comprar uma escova para me pentear convenientemente. Ora bem, não é tarde nem é cedo. Foi a desculpa perfeita para ir a correr à Sephora comprar uma Tangle Teezer. Em dourado! Que se é para gastar 16.55€ numa escova é para ser em bom. E, minhas amigas, só estou arrependida de não o ter feito mais cedo. Escovar o meu cabelo molhado, que como é fininho fica cheio de nós e próximo de um ninho de ratos, com um pente ranhoso de dentes largos e com a Tangle Teezer é assim como a noite e o dia. Não tem nada a ver! Antes demorava uma eternidade até desfazer os nós todos, demorava quase tanto tempo a pentear-me como a secar o cabelo, o que para quem tem cabelo fino é só ridículo. Faço ideia o que seria se tivesse uma juba volumosa. Agora em 1 minuto/minuto e meio, e juro por todos os santinhos que não estou a exagerar, tenho o cabelo todo penteadinho, sem nós e sem dor! Estou mesmo rendida, a sério. É fantástico não demorar 10 minutos a pentear-me depois do banho.
A escova tem sido descrita na imprensa por esse mundo fora como lifechanging, mágica e um must-have. E é. E é! É tão boa que até já ganhou uma data de prémios. Não sei quantas marcas de escovas se podem gabar do mesmo, mas acredito que muito poucas. Portanto pessoas, se também sofrem com a escovagem do cabelo pós-banho esta é a solução. Believe me. Não é barata, que não é, mas compensa tanto! Se não quiserem dar os 16€ que pedem na Sephora podem sempre encomendar pela Maquillalia, que era o que eu também devia ter feito há muito tempo, mas enfim. Sempre poupam 3€ e em 2 dias têm a escova em casa.

 

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publicado às 11:39

Ter um gato também é isto #9

por Marisa Furtado, em 04.08.15

Aquilo que mais me stressou no dia da mudança de casa foi, sem dúvida, a logística do gato. Sabia que ia ter alguns desafios pela frente:

1 – enfiá-lo na transportadora – pânico!;

2 – mantê-lo fechado não sei quantas horas num dos quartos da casa antiga enquanto os senhores das mudanças nos desmontavam os móveis;

3 – mantê-lo fechado não sei quantas horas num dos quartos da casa nova enquanto os senhores das mudanças nos montavam os móveis e os do MEO nos instalavam os serviços de tv e net, com a agravante de, desta segunda vez, ele ter de estar fechado num sítio que não conhecia, com cheiros, disposições e sons novos. Andei uma semana a sofrer por antecipação com este assunto mas as coisas acabaram por correr bastante bem. Por isso a minha dica para quem possa estar a passar pelo mesmo é só uma: relaxar.

No nosso último dia de férias foi um romance para o conseguir pôr dentro da transportadora. Foi coisa para demorar mais ou menos 40 minutos! A certa altura já estava desesperada, a suar em bica e a ponderar deixá-lo lá pronto, queres ficar ficas. Antes adorava a transportadora, não se chateava nada de lá estar dentro, mas agora odeia-a com todas as forças. Tentei tudo: enrolá-lo numa manta, pôr a comida dele na transportadora, mandar-lhe os ratinhos favoritos lá para dentro… nada resultou. Assanhou-se todo, bufou-me e rosnou-me não sei quantas vezes. No final, e já em desespero, abrimos o frigorífico para ver o que nos tinha sobrado de comida, mandámos um bocado de paio para dentro da caixa, ele foi a correr desvairado atrás do paio e foi essa a nossa oportunidade de o trancar! Cheguei ao fim desta odisseia mental e emocionalmente desgastada. E só de saber que podia ter de passar pelo mesmo filme novamente, agora com a agravante de ter pessoas estranhas em casa a fazer barulho, deixou-me com os nervos em franja.
Na semana que antecedeu a mudança deixei-lhe todos os dias a comida dentro da caixa transportadora para ele se ir habituando a estar lá dentro e encarar a coisa com normalidade, li algures que isso podia ajudar. E ajudou! Quando chegou a altura deitei uns grãozinhos de ração lá para dentro – não lhe queria dar muita comida porque podia enjoar no carro –, ele espreitou meio desconfiado, dei-lhe um empurrãozinho no rabiosque e lá foi ele. O primeiro desafio estava superado. Faltava o outro, que era deixá-lo fechado no quarto na casa nova durante sei lá quanto tempo depois de já ter estado 3h fechado na casa antiga. Só o queria soltar quando os senhores das mudanças se fossem embora e quando já não houvesse portas abertas para a rua, mas  tendo em conta o tempo que demoraram a tirar as coisas da outra casa temia o pior.
Quando chegámos à morada nova preparei o quarto onde ele ia ficar com as coisinhas todas – comida, água, caixa de areia, brinquedos, a caminha – e 1h depois voltei lá para ver como estava. Estava na maior! Muito carente mas cheio de vontade de sair e começar a explorar o resto da casa. Antes de nos mudarmos falei com um veterinário e uma rapariga de uma loja de animais e os dois aconselharam-me a apresentá-lo gradualmente à casa. “Cada dia uma divisão nova.” Acredito que resulte e seja necessário para gatos muito nervosos e assustadiços mas não me parecia que fosse a melhor abordagem para um gato tão impaciente e destemido como o meu. Acho que ia ser muito cansativo para toda a gente. Pois isso, 4h30 depois, quando já não estavam pessoas estranhas em casa, abri a porta e deixei-o explorar à vontade dele. Hoje, 4 dias depois, já está perfeitamente ambientado! Só a cozinha é que está a ser um desafio maior. Entra sempre muito rasteirinho, a cheirar tudo e assim que ouve um estalido dá um salto e volta para trás a correr. Mas com tempo a coisa vai lá.

 

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Novo sítio favorito para as sestas de final de dia. 

 

 

 

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publicado às 10:58

Mudanças report

por Marisa Furtado, em 03.08.15

Done! 
O dia da mudança foi o mais cansativo de todos, apesar de não ter feito quase nada durante grande parte do tempo. Mas o stress de ver pessoas a desmontar as nossas coisas na casa antiga com medo que algo corresse mal, ver a casa nova de pantanas com caixas e móveis em todas as esquinas, tudo desarrumado, ter a equipa das mudanças e do MEO a trabalhar em simultâneo e a sujarem-me tudo, ter o gato fechado no quarto durante uma data de horas, tudo junto foi coisa para me dar cabo dos nervos, já de si frágeis. 


Depois de muitas pesquisas acabámos por escolher uma empresa de mudanças certificada em vez daquelas de vão de escada que colam anúncios nas paredes. Preferíamos pagar um bocadinho mais mas ter a certeza que as nossas coisas eram tratadas com cuidado e que, caso houvesse um azar, havia seguro incluído no preço que cobria os danos. Os senhores chegaram à morada antiga pontualmente, às 9h, mas quando os vi comecei a ver também a minha vida a andar para trás. Era um senhor de 50 e tal anos que assim que viu o que tínhamos em casa para eles transportarem começou a fazer alongamentos "que isto de manhã é mais complicado, ainda temos que aquecer", e um franganote na casa dos 20 pequenino e magrinho. Apesar da primeira impressão não ter sido a melhor a coisa até nem correu mal. Tiveram muito cuidado com tudo e o senhor mais velho foi muito compreensivo em relação aos cuidados a ter com o nosso gato - não entrar no quarto onde ele estava, montar as mobílias daquela divisão em último lugar, ausentar-se da zona dos quartos quando tinha de o passar de um quarto para o outro, para não se assustar, etc. - acho é que podiam ter demorado menos tempo. Ao todo foram 7h30! Está bem que a casa antiga ficava num 3.º andar sem elevador - e eu bem vi a diferença quando transportaram as coisas para a casa nova que tem elevador. Bem mais rápido! - e a distância entre as duas moradas era de pouco mais de 20km, mas 7h30 pareceu-me um exagero. Falei com duas pessoas que também mudaram de casa recentemente e o tempo que demoraram variou entre as três e as seis horas. Mas pronto, está feito e se não fosse a empresa de mudanças tinha sido impossível. As únicas baixas que houve foram três canecas, um pires e um copo que se partiram por culpa nossa. O resto está impecável!

Ao fim do dia o cenário cá em casa era caótico. A maior parte dos móveis estavam colocados no sítio certo mas o recheio estava todo dentro das caixas, de formas que ver caixas e mais caixas por todas as divisões foi avassalador. Confesso que tive ali um momento de histerismo interior em que não sabia para onde me virar. Abria as caixas que estavam na sala, via que tinham coisas que tinham de ser guardadas no quarto, ia ao quarto e via mais caixas com coisas que tinham de ir para o armário da casa de banho... aaaaaaaaaaaaaaargh. 

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Como o trabalho de equipa é essencial nestas situações eu e o meu homem unimos esforços e em 5h pusemos a casa operacional. Tudo arrumado, tudo limpo, decorações nos sítios... e às 22h estávamos derreados a ligar para a Sushi@Home para encomendar o jantar - regalias para quem mora na capital.

 

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Estávamos algo apreensivos antes da mudança, tínhamos receio que a nossa mobília ficasse muito atabalhoada num espaço que é mais pequeno que o anterior, mas o resultado superou largamente as expectativas. A sala é o nosso xodó, adoramo-la, mas toda a casa ficou muito harmoniosa e acolhedora, até mais que a antiga, vejo isso agora, onde as coisas estavam mais dispersas pelas divisões. Morar em Lisboa, pertinho de tudo - algo que sempre quisemos -, ir e vir a pé do trabalho, poder ir almoçar a casa é, sem sombra de dúvida, um luxo, e morar numa casa tão bonita, um bónus!

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publicado às 09:46


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