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Mudar de casa

por Marisa Furtado, em 29.06.15

O que é que duas pessoas que não gostam de mudanças nunca conseguem fazer de forma leviana? Exacto, mudar de casa. Certamente haverá muitas outras coisas, mas mudar de casa é capaz de ser o maior pesadelo de alguém que não gosta muito que lhe abanem as estruturas. Eu e o meu homem moramos nos subúrbios numa casa linda, espaçosa, com muita luz, completamente decorada a nosso gosto. Um mimo. Problema: fazemos toda a nossa vidinha em Lisboa e só regressamos à base para dormir. O que significa que passamos imenso tempo enfiados no carro e que não usufruímos da zona onde está a nossa casa e isso, ao fim de dois anos e meio, foi uma coisa que nos começou a aborrecer. O facto de ser um terceiro andar sem elevador também não ajuda. Já lá estamos há tempo suficiente para as minhas pernas se terem habituado a subir três (longos) lances de escadas, mas a verdade é que ainda hoje fico surpreendida por não morar no segundo andar, onde chego sempre cansadíssima e a desejar parar logo ali.
Há meses que andamos a ver casas em Lisboa, o que é o mesmo que dizer que há meses que sofremos desilusões umas atrás das outras. Por norma nas fotografias as casas parecem sempre lindas e enormes mas quando lá entramos são minúsculas e escuras/a precisar de pintura/com muros em frente às janelas/com quartos onde não cabe uma cama/os senhorios são uns burgessos… you name it. E as casas giras têm sempre um Calcanhar de Aquiles que torna impossível avançar para o aluguer. Normalmente são as cozinhas semi-equipadas, que é como quem diz com fogão e, com sorte, esquentador e/ou casas sem roupeiros. Ora, se nos pedem 600€ mas depois ainda temos de equipar a cozinha toda, ou se temos de comprar armários que vão, invariavelmente, tirar área aos quartos… a brincadeira sai cara. Portanto o cenário foi este durante quase um ano, até nos ter aparecido a casa que tinha tudo para ser perfeita: remodelada, com elevador, cozinha equipada e a uma distância pedonal de tudo o que interessa, inclusive do trabalho. Se no sítio onde estamos agora precisamos de carro para tudo – mas mesmo tudo! -, ali podemos ir a pé ao supermercado, ao cinema, a uma data de restaurantes e se quisermos ir um bocadinho mais longe também temos o metro logo ali à porta. Problema: a casa é mais pequena que a nossa – uma diferença de 15m2 - e a nossa… epá, é mais gira. Sinto que para todas as pessoas com quem falo do assunto isto não se qualifica como um problema, na maioria das vezes ficam convencidas com o argumento de ir a pé para o trabalho, mas a verdade é que perante a hipótese de deixarmos a nossa primeira casa, tão lindinha e maior, com as paredes pintadas de cinzento clarinho e o papel do Querido Mudei a Casa na sala… a verdade é que vacilamos e começamos a pensar se afinal ir a pé para todo o lado, inclusive para o trabalho, é assim tãaaaaao importante. Também não ajuda estarmos a passar por este dilema no verão, altura em que quase não há trânsito nenhum em Lisboa. Se calhar se estivéssemos em Janeiro, com chuvas torrenciais e filas de trânsito assustadoras, a conversa era diferente.
E pronto há uma semana que não se fala noutra coisa, de manhã achamos que nunca na vida vamos conseguir abandonar a nossa primeira casa, mas a meio da tarde já só vemos vantagens na outra: “É mais pequena, mas…”. Daqui a umas semanas vou de férias e não queria nada usar o meu tempo de relax a martirizar-me com este assunto, de formas que já só me apetece ligar ao senhorio e dizer “esqueça lá isso” só para conseguir pensar noutras coisas. E este filme todo é só para decidirmos se queremos mesmo mudar de casa ou não! Nem quero imaginar como será se tivermos de empacotar tudo e voltar a desempacotar e arrumar tudo no sítio na casa nova. Pânico.

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publicado às 15:22

O pau de selfie

por Marisa Furtado, em 17.06.15

Em 2014 a revista Time nomeou-o uma das 25 invenções mais importantes daquele ano, mas eu acho que é, também, uma enorme fonte de vergonha alheia. Desculpem os donos deste instrumento, mas é a verdade. Não digo que não seja útil, até pode ser, aposto que tirar selfies em grupo tornou-se muito mais simples, mas se já era estranho tirarmos fotos a nós próprios em público – culpada... -, o que dizer sobre este instrumento nada subtil que parece uma cana de pesca? É a forma mais simples de gritar ao mundo “Sim, sou egocêntrico e não quero saber”, sem medos. Mas a verdade é que isto nem é o mais irritante, é apenas uma questão de tempo até nos habituarmos a ver pessoal com o telemóvel espetado num pau, o que dá cabo de mim são as pessoas que não o sabem usar. Ainda não fui pesquisar, mas tenho a certeza que quem inventou isto não tinha por objectivo que todas as fotos publicadas no Instagram ou no Facebok passassem a aparecer com um pau metálico ou colorido na parte inferior da imagem. Certo? Isso é estúpido. Parece-me que a ideia foi criar um instrumento para tirar selfies sem parecer que o fizemos. Que foi outra pessoa a tirar a fotografia, entendem? O problema da selfie, a não ser que tenham uns braços anormalmente grandes, é que só se vê mesmo a nossa cara e, se quisermos mostrar onde estamos, não só temos de fazer um esforço hercúleo para esticar o bracinho o mais que conseguirmos e, ao mesmo tempo, manter as costas direitas e um sorriso natural, como se fica a ver um braço esticado por baixo do queixo. Não é nada sexy e parece-me que só a Kim Kardashian consegue fazê-lo sem recurso a pau de selfie. Portanto, é idiota ter-se reduzido o esforço e a quantidade de braços esticados para dar lugar a um pau a dizer “olá” em cada fotografia publicada nas redes sociais. Nunca manobrei nenhum mas imagino que não seja muito complicado ajeitar a coisa para o objecto não aparecer na fotografia. É possível! Acreditem. Eu já vi e conheço pessoas que o usam e disfarçam bem. Por isso, pessoas que ostentam orgulhosamente um pau de selfie, percam um bocadinho do vosso precioso tempo a ler o livro de instruções ou a estudar os melhores ângulos para o raio do cabo não aparecer. Porque, no fim de contas, uma selfie é só sobre vocês, são vocês as estrelas, com o melhor sorriso, o melhor cabelo e o olhar mais sedutor, mesmo que leve 48 fotografias a conseguir. Não estraguem tudo com um pau metálico a surgir ao nível da barriga.

 

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publicado às 13:00

Uma outra forma de viajar

por Marisa Furtado, em 15.06.15

Este ano estou a conseguir fazer uma coisa que já não fazia há uns bons… sete anos, talvez: dedicar-me à leitura. Quando era mais nova e andava a estudar lia imenso, devorava livros, mas desde que comecei a trabalhar parece que o tempo para a leitura deixou de existir. Também vos acontece? Nunca deixei de ter tempo e disponibilidade mental para ir ao cinema, a concertos, ao teatro, para descobrir e acompanhar séries novas mas os livros foram ficando de lado, estava sempre demasiado cansada ou havia sempre qualquer coisa mais interessante para fazer que me sentar sossegada 1h a ler. Isso frustrava-me, afinal sempre foi uma coisa que gostei de fazer. 

Nós últimos tempos, e como não gosto de gastar dinheiro em revistas – a informação é sempre tão rápida e parece  tudo tão descartável, que acabo por achar um desperdício gastar 2€ ou 3€ numa coisa que para a semana já está desactualizada. Prefiro os telejornais e os sites de informação -, as minhas leituras resumiam-se, em grande parte, a artigos que ia encontrando na net, blogs e pouco mais. Eu sei… uma vergonha. O ano passado, no verão, consegui ler dois livros e achei que tinha conseguido um grande feito! Mas este ano, e sem pensar muito no assunto, já vou no terceiro e tenho mais dois em lista de espera!
Comecei com o fabuloso Pintassilgo, da Dona Tartt, no final do ano passado e que só consegui terminar este ano – são quase 900 páginas, give me a break -, depois foi a vez da incrível Lena Dunham com o Não Sou Esse Tipo de Miúda – já disse que a-do-ro a Lena não já? – e agora estou a ler A Vida Amorosa de Nathaniel P. uma reflexão sobre o caos amoroso da nossa geração. É escrito por uma mulher mas relata o ponto de vista de um homem com 30 e poucos anos. É um romance fresco, inteligente e com sentido de humor. Uma das passagens que li recentemente e que achei interessante foi quando a personagem principal se questionou sobre o porquê das mulheres que dizem que não querem homens para nada, que estão bem sozinhas, serem vistas como mulheres independentes e muito bem resolvidas, mas quando é um homem a assumir que não quer compromissos ser visto como um cabrão imaturo. Isto é verdade e, de facto, dá que pensar. 

Na calha está A Morte do Pai, o primeiro volume de uma trilogia autobiográfica assinada pelo norueguês  Karl Ove Knausgaard. Li uma entrevista com o autor no jornal Público e fiquei desejosa por pegar nos livros dele. É uma pessoa muito intensa e algo sombria, com uma história de vida muito rica e dramática que quero muito ficar a conhecer. Também já comprado está A Rapariga no Comboio, de Paula Hawkins, que parece que está a deixar meio mundo histérico. O New York Times diz que a história é uma espécie de Gone Girl e isso foi o suficiente para me convencer. Sou uma fácil.
Portanto, prevê-se que seja um ano bastante rico no que à literatura diz respeito. Para mim, comprar livros é mais ou menos o mesmo que gastar dinheiro em viagens: são os únicos investimentos que faço com a certeza absoluta que me vão enriquecer. Não na conta bancária, obviamente, mas culturalmente. Ganhar mundo é das coisas mais importantes que podemos fazer nesta vida. Alargar horizontes, ver o que há para além da nossa rua faz-nos crescer. E, no fim de contas, os livros também podem ser uma forma, embora mais modesta, de viajar.

 

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publicado às 10:47

Get away | Nova Iorque: o que aprendi em 7 dias

por Marisa Furtado, em 08.06.15

Nos sete dias que passei em Nova Iorque consegui perceber que:

 

- Os nova-iorquinos são muito mais simpáticos e expansivos que os portugueses. Têm sempre um sorriso na cara, quando entramos numa loja ou restaurante dizem sempre bom dia ou boa tarde e perguntam se estamos bem. Quando saímos dizem sempre adeus e desejam-nos um resto de bom dia. How refreshing!


- A hora das refeições é tudo menos sagrada. Vimos pessoas a comer sopas ou pratos com massa ou arroz, coisas que fazem, naturalmente, mais chiqueiro, enquanto caminhavam apressadamente na rua, a comer em pé, em escadas de museus ou lojas e as que comiam nos restaurantes faziam-no em 15 minutos. Há sempre qualquer coisa mais importante para fazer que perder uma hora sentado a comer. 


- As refeições podem não ser sagradas mas o copo ao fim do dia é. As pessoas começam a sair do trabalho por volta das 17h e é a essa hora que os jardins e as esplanadas se enchem de pessoal engravatado a conviver. Achei fantástico! É aquela altura do dia em que abrandam um bocadinho o ritmo.


- Não estou a par das leis do ruído na América mas não devem ser grande coisa. Em Portugal penso que a partir das 20h ou 21h já não se pode buzinar. Aqui buzina-se a qualquer hora do dia, seja oito da manhã ou dez da noite, é uma alegria. Uma noite acordei de madrugada com alguém a buzinar furiosamente do outro lado da rua. Não há sossego.


- Muitos museus têm suggested admission, ou seja, cada pessoa tem a liberdade para pagar o que pode. Há uns que o aceitam sempre e outros só o aceitam a determinados dias da semana. É uma forma muito interessante de ter a cultura acessível para toda a gente. Talvez se devesse pensar fazer o mesmo em Portugal.


- A Time Out é gratuita todas as quartas-feiras!


- O tempo é terrível! Extremamente húmido e algo bipolar. Ora está sol e calor, ora fica frio e começa a chover durante horas. Ainda por cima nos meses, supostamente, mais quentes é quando chove mais! Nesta semana as manhãs foram sempre frescas e chuvosas e as tardes quentes e cheias de sol. Uma pessoa nunca sabe com o que pode contar. Meu querido clima de Lisboa...


- As estações de metro têm quase todas um ar um bocado assustador, tudo muito velho e decrépito, mas são muito seguras. Passei por várias e nunca me senti insegura. Nos comboios a maior parte das pessoas vai a mexer nos iphones, ipads e computadores portáteis e nenhuma delas me pareceu receosa por estar a expor assim as suas coisas. 


- Apesar deste clima de segurança generalizado ouvem-se constantemente, tanto no interior dos comboios como nas estações, mensagens da polícia de Nova Iorque a pedir às pessoas para terem sempre os pertences debaixo de olho e se virem alguma coisa suspeita para o comunicarem imediatamente à polícia ou aos funcionários do metro. As mensagens terminam sempre com um "Stay aware and have a safe day!" =)


- Há roulottes de comida espalhadas por toda a cidade. Não há esquina em que não haja alguém a vender qualquer coisa. E não são apenas pizzas e coisas cheias de molhos e gordura. Sim, há muitas dessas, mas também há imensas roulottes que vendem fruta, sopas e sumos naturais feitos na hora. E o mesmo se passa com os tradicionais restaurantes. Há muita porcaria mas também há muita coisa saudável. É 50/50. Em Nova Iorque só come mal quem quer e nós conseguimos nunca fazer refeições em cadeias de fast-food! A nossa alimentação fez-se à base de fruta, saladas, carnes brancas, sopas. Fomos imensas vezes ao Pret a Manger, um restaurante só com comida biológica e feita na hora. Tem sopas, sandes/wraps, saladas e bolachas maravilhosas e sente-se mesmo que é tudo fresco e não é nada processado. Todas as noites o staff do restaurante distribui a comida que sobrou pelos sem-abrigo e pela sopa dos pobres lá do sítio, em vez de a congelar e servir no dia seguinte aos clientes. Precisamos urgentemente de um restaurante destes em Lisboa!!! Fomos também a dois restaurantes italianos, um restaurante de marisco, o Luke's Lobster, onde comemos uma deliciosa sandes de lagosta e a uma das roulottes mais conhecidas da cidade, a The Halal Guys, que serve uma mistura de carne de frango e de cordeiro com arroz, salada e pão pita.

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A sandes de lagosta!

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O meu primeiro almoço em Nova Iorque... às 10h30 da manhã, 15h30 em Portugal, foi na Academia Barilla. A salada é de massa, manjericão e tomate cherry e a sandes de frango grelhado, espinafres, tomate e queijo.

 

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 A filosofia do Pret A Manger.

 

 

- As coisas são todas mais caras que em Portugal. A roupa é muito mais cara e a comida é um bocadinho mais cara, tipo 3€ ou 4€ a mais. Isto nos supermercados. Nos restaurantes é como cá: há coisas muito acessíveis e outras caríssimas.


- Aos fins-de-semana a cidade, apesar de continuar cheia de gente, abranda o ritmo. As pessoas passeiam em vez de correrem a cidade.


- Por último, percebi também que, apesar de termos conseguido ver tudo o que estava na nossa lista, todas as highlights, uma semana não me foi suficiente. Se pudesse voltava já hoje mas, desta vez, por mais tempo e para poder viver a cidade como um local e não como turista.

 

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Até breve.

 

 

 

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publicado às 18:45

Ter um gato também é isto #7

por Marisa Furtado, em 07.06.15

Ter um gato, ou um cão. Na verdade, qualquer animal de estimação. É estarmos a viver a nossa viagem de sonho, e a adorar cada minuto, mas volta e meia lembrarmo-nos do nosso amigo de quatro patas tão longe e ficarmos com o coração apertadinho. Tem ido todos os dias uma pessoa tratar dele, mas não consigo evitar pensar se ele estará bem, se terá saudades nossas, se anda a beber água suficiente, se ainda tem os ratinhos favoritos para brincar  ou se já os enfiou todos debaixo do móvel da sala, de onde eu os tirei antes de me ir embora. Sei que quem não tem animais não entende isto, mas eles são parte da nossa família e é impossível não lhes sentir a falta. Tenho imensas saudades do meu Kubrick, sinto falta do festival de festas que lhe faço todas as manhãs e das maluquices dele, a correr a casa toda e chegar ao pé de nós com um dos ratinhos favoritos na boca, a pedir brincadeira. Ter um gato, ou um cão, ou qualquer animal de estimação, é das melhores coisas.

 

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publicado às 14:21

Get away | Nova Iorque

por Marisa Furtado, em 07.06.15

Dia 6

E pronto, seis dias e 74km nas pernas depois chegámos ao fim da viagem. Estamos os dois brutalmente cansados mas estupidamente felizes e saímos daqui com uma certeza: queremos voltar. 
Como conseguimos ver tudo o que queríamos até sexta ontem, sábado, fizemos uma espécie de best off. Usámos o último dia livre para revisitar os locais que mais gostámos e o S. Pedro, ou deverei dizer St. Peter?, ajudou bastante. O dia começou feio, como sempre, nublado e a ameaçar chover, mas à tarde esteve sol e imenso calor, cerca de 30ºC. Tão bom!
Começámos o dia na zona ribeirinha de Brooklyn, em Brooklyn Heights, onde vimos a sempre fantástica skyline de Manhttan, depois voltámos ao Central Park, fomos a Times Square, à 6th Avenue e a Union Square e pelo caminho fomos fazendo algum gift shopping. A ideia era comprar só ímans para o frigorífico e canecas mas depois entrei na Barnes&Noble - uma livraria gigante que também tem algumas coisas para a casa - e perdi-me de amores com todas as velas aromáticas que lá havia. Não só cheiram bem como são todas lindíssimas! No fim portei-me bem e trouxe só duas.

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 Brooklyn Heights Promenade

 

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Sempre a tirar fotografias a tudo!

 

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 Central Park

 

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6th Avenue

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Um dos vários arranha-céus a perder de vista na 6th Avenue

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 Times Square

 

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 Union Square 

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Vou ter tantas saudades...tantas, tantas. 

 

 

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publicado às 12:09

Get away | Nova Iorque

por Marisa Furtado, em 06.06.15

Dia 5

Estamos no penúltimo dia - buáaaaaaaaa - e já conseguimos ver tudo o que tínhamos planeado! Como no dia da chegada não conseguimos fazer nada - e queríamos fazer tanta coisa... - por causa da carga de água que caiu aqui, receámos que algumas coisas ficassem por fazer mas, felizmente, graças à nossa organização e ao jetlag que fez com que acordássemos quase sempre por volta das 6h30 da manhã, conseguimos correr as capelinhas todas. Ufa. Já andámos muito, chegamos quase sempre a casa estoirados, mas tem valido muito a pena. Isto é espectacular!
Hoje passámos o dia quase todo no bairro de Chelsea. Fomos almoçar ao Chelsea Market, que é assim uma espécie de Mercado da Ribeira mas com o triplo do tamanho, e depois fomos desmoer a refeição ao High Line, uma antiga linha de comboios que agora está desactivada e transformada num jardim suspenso. Foi fantástico passear por entre os prédios! Depois disto ainda fomos a mais um museu - tanto museu que há nesta cidade -, o Whitney Museum dedicado exclusivamente à arte americana e acabámos o dia em Union Square, onde também já tinhamos ido ontem. Este último é, sem dúvida, um dos nossos sítios favoritos da cidade. Não é nada turístico, está sempre cheio de locals a fazer a vida deles, tem imensa vida a qualquer hora do dia e tem um jardim fantástico na praça principal sempre cheio de gente a almoçar ou a jantar. Ah, e tem também imensos esquilos desavergonhados sempre no meio das pessoas à espera que lhes caia alguma guloseima. São tão engraçados! Infelizmente não tenho fotografias dessa zona mas amanhã somos capazes de lá voltar e vou ver se não me esqueço de tirar algumas. Por agora, fica um cheirinho do dia de hoje.

 

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O Flatiron, a caminho do Chelsea Market. Tem este nome por ter a forma de um ferro e foi um dos primeiros arranha-céus a ser construído na cidade.

 

 

 

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A vista do High Line

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Estão a ver? Conseguimos passar mesmo ao lado das casas!

 

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 As árvores do jardim tapam os prédios 

 

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 Os rooftops!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 12:09

Get away | Nova Iorque

por Marisa Furtado, em 05.06.15

Dia 4

Hoje o dia traduziu-se numa mistura de culturas. Começámos no caos da Chinatown, fomos para a calma da Little Italy, passámos pela stressante Wall Street onde almoçámos uma de-li-ci-o-sa sandes de lagosta e depois rumámos ao hipster Soho e a Greenwich Village, onde fica a casa da mítica Carrie Bradshaw. Pelo caminho passei na Adidas e trouxe uns Stan Smith! 
Antes de vir para cá dizia, na brincadeira, que ia ficar hospedada no ghetto, porque estamos em Brooklyn, mas afinal o ghetto fica mesmo do outro lado do rio. Hoje, pela primeira vez, senti-me insegura aqui, numa zona entre a Chinatown e o Soho. Meu Deus, que sítio com tão mau aspecto e com gente tão intimidante. É incrível como as zonas estão tão bem delimitadas e marcadas. Ora estamos numa zona onde é tudo chinês e nos sussurram ao ouvido em cada esquina "Bag, bag? Watch, watch?", ora damos três passos e só se ouve falar italiano e somos interpelados por pessoas a perguntar se temos fome que o restaurante do outro lado da rua faz umas massas fantásticas. Ora estamos numa zona que parece que saiu de um filme de gangsters e cinco passos mais à frente damos por nós rodeados de galerias de arte e de lojas de streetwear com edições mega-limitadas de tudo. Manhattan é isto. Esta diversidade toda, esta multiculturalidade. Pelo meio ainda fomos buscar energia para dar um passeio pela Brooklyn Bridge e ir ao memorial das vítimas do 9/11, de onde saí com um nó na garganta. É impossível ficar indiferente a todos aqueles nomes inscritos no mármore e ao som da água a cair, as lágrimas dos nova-iorquinos que choram os que morreram naquele dia. 

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 Memorial às vítimas do 9/11

 

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 Brooklyn Bridge

 

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 O caos de Chinatown

 

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A calma de Little Italy

 

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A casa da Carrie!

 

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 A paz de Greenwich Village

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 13:12

Get away | Nova Iorque

por Marisa Furtado, em 04.06.15

Dia 3

E ao terceiro dia... fez SOL! Deixámos os chapéus de chuva e as parkas de lado e conseguimos andar à fresca. Com sol qualquer cidade ganha outra vida e esta não é excepção. Ontem o Central Park e o Bryant Park estavam mortos, não se via vivalma, e hoje havia um mar de gente deitada na relva do Central Park a apanhar sol e no Bryant até havia uma banda a tocar ao vivo para as pessoas poderem dançar. Ver Nova Iorque ganhar esta vida é toda uma experiência.
Hoje aproveitámos o bom tempo para andar bastante a pé e começar a fazer coisas ao ar livre. De manhã revisitamos a Times Square e subimos ao Top of the Rock, que tem uma vista soberba sobre a cidade - quando cheguei lá acima e vi a enormidade de tudo isto até me emocionei -, e a tarde foi passada no Central Park que é assim uma coisa do outro mundo. Quando ali se entra muda tudo. Os passeios são feitos bem mais devagar, o ar é mais fresco, o tempo parece abrandar. O que não abranda somos nós que ainda temos muitos quilómetros para fazer. Nestes três dias fizemos mais de 30 km a pé e as minhas pernas parecem chumbo. Quando estou a andar não noto, felizmente, mas quando entro numa estação de metro e sou obrigada a subir as p#%#s das escadas é que me dói a alma. Esta gente nunca deve ter ouvido falar de escadas rolantes, é só escadas, escadas, escadas por todo o lado. E não sei se é de ter as pernas tão doridas ou não mas os degraus aqui parecem ser todos muito mais altos que os de Lisboa...

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 Sol em Nova Iorque!

 

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 Vista para o Central Park do Top of the Rock. Não há nada que pague isto!

 

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E, de repente, o Empire State Building ali tão perto.

 

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 Central Park!

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Esquilo!!!

 

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publicado às 11:45

Get away | Nova Iorque

por Marisa Furtado, em 03.06.15

 Dia 2

Está-me cá a parecer que quando vir um raio de sol nesta terra vou achar que estou a sonhar. Hoje esteve a chover o dia TODO, o que é um terrível aborrecimento porque uma pessoa vem para Nova Iorque para olhar para o ar, para estes arranha-céus todos, não para estar sempre de nariz enfiado no chão. Mais uma vez planeámos o nosso dia indoor: fomos ao Guggenheim, ao Metropolitan Museum of Art - MET - e à biblioteca nacional - aquela onde a Carrie se queria casar com o Big e onde ele a deixou pendurada - mas os planos saíram algo furados. Só o MET é que estava a funcionar em pleno. O Guggenheim estava em obras e só se podia visitar a exposição temporária, que era uma coisa estranhíssima cheia de figuras geométricas feitas em metal que vimos em 15 minutos, e a sala principal da biblioteca, aquilo que todos querem ver, estava fechada para obras e só abre para o mês que vem. Espectáculo! Valeu-nos o MET, que é enorme e tem imensa coisa interessante para ver. O que mais gostei foi da exposição sobre a Ásia, com toda uma área dedicada aos vestidos feitos pelas grandes casas da moda mundiais inspirados nos trajes asiáticos. Aquelas salas estavam todas decoradas a rigor, era tudo lindo e, por um momento, pareceu mesmo que estávamos no Japão. Esta gente faz mesmo tudo em grande. 

 

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 Os autocarros escolares em frente ao MET

 

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 Numas das imensas galerias do MET.

 

20150602162636.JPGIdem.

 

20150602163325.JPGEu muito interessada nas pinturas.

 

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A tal exposição lindíssima sobre a alta costura inspirada na Ásia.

 

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Madisson Avenue.

 

 

 

 

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publicado às 01:27

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