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O que os homens que educam raparigas precisam saber

por Marisa Furtado, em 30.03.15

Há uns anos soube que queria ser mãe. Acho que foi uma coisa que aconteceu assim de repente, num dia não pensava nisso e, sem que nada o fizesse prever, no dia seguinte comecei a maturar a ideia - será que é isto o relógio biológico? - Quero ter a oportunidade e o privilégio de educar alguém com os valores que acredito serem os correctos. É um desafio, provavelmente muitas vezes mal sucedido, mas acima de tudo um privilégio. Com o passar do tempo comecei a desenvolver um interesse crescente pelas questões da parentalidade - e não usei a palavra 'maternidade' de propósito -, desde a amamentação, esse assunto tão polémico!, a questões comportamentais dos miúdos - as birras, as noites a caminho da cama dos pais, a escola, as dificuldades de aprendizagem, etc. Numa das minhas leituras acabei por ir dar a este post interessantíssimo; um texto escrito por uma rapariga de 23 anos sobre as 25 coisas que os pais devem fazer quanto têm uma filha. E quando digo pais refiro-me exclusivamente aos homens. Estas são algumas coisas que ela menciona no artigo:

- Não influencies nem assumas quais são os gostos dela só porque é uma rapariga. Não lhe mostres apenas flores e bonecas. Dá-lhe a conhecer também carros e Legos.
- Trata a mãe dela como igual e não como se fosse inferior a ti. Quando crescer vai querer que a tratem da mesma maneira.
- Mostra-lhe o teu lado sensível. Assim vai perceber que também pode sê-lo sem ver isso como uma fraqueza.
- Faz um esforço para entenderes os interesses dela. Vais ensiná-la que, sejam eles quais forem, são interessantes e têm valor.
- Se não o dirias a um filho, não o digas à tua filha.
- Não fales das mudanças que se passam no corpo dela como se fossem coisas estranhas. Isso só fará com que ela sinta vergonha do próprio corpo.
- Não objectifiques o corpo das outras mulheres nem faças comentários degradantes acerca disso. Ela ouve o que dizes e vai, certamente, olhar para ela à luz desses comentários.
- Não fales apenas de homens importantes, fala também de mulheres fortes e com papeis importantes na sociedade. Ela vai crescer sabendo que isso é a regra, e não a excepção, e que tem essa oportunidade.
- Ensina-a que ela é a única pessoa que decide o que acontece com o corpo dela

 

Este artigo fascinou-me porque, apesar de falar de coisas que, idealmente, fariam parte do senso comum de qualquer pai, toca também num ponto crucial e que, provavelmente, as pessoas não entendem ou não valorizam: a forma como os pais/homens educam as filhas e a forma como se comportam pode mudar o mundo para as mulheres. Não só para aquela que estão a ver crescer mas para todas as outras que se vão cruzar na vida dela e que ela própria, um dia, pode vir a educar. Depende muito deles, dos pais, dos homens que as educam, a forma como elas se vêem a elas próprias e como interpretam o que as rodeia. Parem de dizer aquela parvoíce "assim que ela me aparecer com um rapaz em casa recebo-o com uma espingarda". Não. Errado.  Se não confiam no julgamento que ela faz das pessoas, então alguma coisa falhou na educação que lhe deram. Se derem o exemplo não têm nada a temer. Se tratarem as mulheres, especialmente a mãe dela, com respeito, se forem carinhosos e elogiarem frequentemente não só a mãe mas a própria filha, se derem o exemplo, elas vão querer alguém igual ou melhor. Mas se, por acaso, ela se enganar esqueçam a espingarda. Basta estarem lá para ela quando as coisas correrem mal. Não só é mais realista como é bastante mais útil. E se tiverem  dificuldades em conter-se nesses comentários sexistas sigam-se por aquela simples regra: se não o diriam a um rapaz, não o digam a uma rapariga. Usando novamente o mesmo exemplo, nunca ouvi um pai de um rapaz dizer "assim que ele me aparecer com uma miúda cá em casa recebo-a com uma espingarda". Nunca. Provavelmente escolhem outro tipo de comentários idiotas e igualmente sexistas. Portanto, se não o diriam aos filhos, não o digam às filhas e vice-versa. É um óptimo primeiro passo para educar aquela pessoa para a igualdade. Os pais - e agora por 'pais' refiro-me aos dois, ao pai e à mãe - não são a única influência na vida dos filhos e é por isso que têm de ser a melhor. 

 

 

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Imagem via Pinterest

 

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publicado às 10:20

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Campanha da Terre des Femmes - organização suíça que luta pelos direitos humanos e igualdade de género


 

O valor da mulher não se mede pelo comprimento da saia nem pela profundidade do decote.

 

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publicado às 15:07

Most wanted | Spring & Birthday

por Marisa Furtado, em 25.03.15

A primavera chegou, finalmente, - embora não pareça. Que vento frio é este?? Parece que voltámos a Dezembro! - e os meus anos também estão quase aí à porta - vai ser o meu último ano nos vintes, aiiiiiii -, por isso nada melhor que fazer uma whislist com duplo propósito. Roupas fresquinhas e de tons clarinhos, já a pensar nos dias quentes, e um piscar de olho a algumas pessoas que possam ter dúvidas sobre o que me oferecer nos anos. Eu facilito sempre a vida a toda a gente. Não sabem o que me ofertar? Então tomem lá uma lista.

 

 
Sem título #52

 

 

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publicado às 11:22

Em playback

por Marisa Furtado, em 24.03.15

É só a mim que faz confusão ver pessoal a fingir que está a fazer aquilo para que lhe pagam num programa de talentos? Passo a explicar. Gosto muito de programas de dança, especialmente do Achas Que Sabes Dançar. Talvez por ser assim meio descoordenada e não acertar um passo – mas sou óptima no freestyle ãh? – perco-me a ver quem realmente percebe do assunto. Portanto qual não é o meu espanto ao ver que alguns convidados do programa, na sua maioria cantores, vão para ali fazer playback. Playback! Há duas semanas foi a Luciana Abreu que abriu o programa com uma imitação barata da Jennifer Lopez e a fingir que cantava e no passado domingo foi o Nélson Freitas, que foi cantar o Bo Tem Mel, esse grande êxito, para acompanhar a dança do Gonçalo (HOT!) e da Liliana. Estaria tudo muito bem, seria tudo muito interessante, se ele não estivesse a fazer um playback descaradíssimo. E o pessoal da produção ainda lhe deu tempo de antena, filmando-o imensas vezes! A sério?! Já é mau demais filmar uma pessoa a cantar quando na realidade o que interessa é quem está a dançar – especialmente quando é o Gonçalinho, cá beijinho – mas é ainda pior quando a pessoa em questão está a fingir que canta. Isto não pode ser considerado um insulto? Uma falta de respeito? Porem estes pseudo-artistas no mesmo palco que pessoas que têm, de facto, talento e que se estão a esforçar imenso, que estão ali a dar o litro? Estas coisas dão-me cabo dos nervos. Portanto, para acalmar, nada melhor que ver aqueles dois fofinhos a bailar. Só mais uma vez.
Para verem a actuação do Gonçalinho e da Liliana basta clicar aqui. Enjoy.

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publicado às 10:28

Há uma frase do comediante Louis CK que eu gosto muito e que reza assim: "I have a lot of beliefs, and I live by none of them" que em tradução livre é qualquer coisa do género: "Tenho muitas crenças mas não me rejo por nenhuma". Às vezes sinto-me um bocadinho assim. Há dias de em que simplesmente me apetece fazer o oposto daquilo que defendo. "Eu sei que temos de nos levantar sempre que o despertador toca, e faço sempre isso! Mas hoje... deixem-me que estou cansada." Ou: "Temos de manter sempre as nossas expectativas o mais baixinhas possível. Assim se as coisas correrem mal já não nos custa tanto aceitar a triste realidade" e isto é mesmo verdade. Por norma as minhas expectativas estão sempre ali muito rasteirinhas mas depois... há aquelas coisas que me entusiasmam tanto, tanto que fazem com que seja praticamente impossível ter baixas expectativas em relação a elas. É aqui que entram os restaurantes.
Gosto muito de descobrir espaços novos, trendy, com boa comida e bom ambiente. Sempre que vou a um restaurante novo fico entusiasmadíssima, especialmente se já estiver na minha whislist há muito tempo. E se tiver boas reviews então... meu Deus, de certeza que é soberbo. O problema é quando não é. Foi isso que me aconteceu a semana passada quando resolvi finalmente ir experimentar o brunch do Olivier Avenida. Andava há meses para lá ir e sempre que lia mais uma review mais me apetecia experimentar. Os comentários eram sempre os mesmos: "que é um dos melhores da cidade, que a comida é muito muito boa, que tem imenso por onde escolher, e ai os pães com chouriço que são daqui, e o sushi também é uma coisa do outro mundo, é um bocadinho caro mas vale muito a pena, a qualidade é muito superior à dos mais baratinhos". Bom... isto se calhar até é tudo verdade, se calhar eu é que lá fui num dia mau, mas a verdade, a minha verdade, é que... não é mau, que não é, mas já comi bem melhor. 
O espaço é muito giro, talvez um bocadinho pretensioso, mas eu também lido bem com isso; os funcionários são muito prestáveis e simpáticos e, de facto, há muito por onde escolher. Este brunch tem um buffet à disposição - que não é o meu estilo de brunch favorito, ter de me estar sempre a levantar para ir buscar comida chateia-me - e em comparação com outros, como o Pão de Canela por exemplo, - outro balde de água fria. Toda a gente diz maravilhas deste brunch e eu saí de lá desoladíssima. Não era nada do que estava à espera. - tem de facto mais oferta. A qualidade é que, infelizmente, deixa muito a desejar.

Como sou muito gulosa os meus brunchs começam sempre com coisas doces, por isso assim que vi as panquecas atirei-me logo a elas. Levei também pães, um scone, manteiga, geleia e sumo de laranja com cenoura. Foi uma primeira leva muito composta. Assim que me sentei e dei um gole no sumo fiquei com o brunch estragado. O sumo não era natural, era concentrado. Isto irrita-me tanto como ir a um restaurante e porem-me batatas fritas congeladas à frente. Tenham dó. O mínimo que se espera de um brunch que custa 25€ e que é considerado "dos melhores da cidade" é que tenham, pelo menos, sumo de laranja natural. Não tinham. 
A seguir provei o scone com a manteiga. Outra desilusão. Como no fim-de-semana anterior tinha ido ao Choupana Caffe - review aqui -, e duas das coisas que mais tinha gostado tinham sido precisamente a manteiga e o scone, fiquei tristíssima ao comprovar que as mesmas coisas neste brunch todo xpto eram más. Mesmo más. A manteiga era daquelas individuais que nos servem nos restaurantes, nada de extraordinário, e o scone era simplesmente uma vergonha. Insosso, duro e a esfarelar-se todo. Tentei partir um pedaço que se desfez imediatamente na minha mão e me encheu o prato de migalhas. Foi o pior scone que comi na vida. Se quiserem comer scones como deve ser vão ao Café Saudade, em Sintra, ou ao Choupana Caffe, em Lisboa. 
As panquecas também ficaram muito aquém. Não duvido que sejam feitas por eles mas fizeram-me lembrar aquelas mini-panquecas que se vendem nos supermercados para dar aos miúdos ao pequeno-almoço. São muito altas e esponjosas. E o chocolate que tinham à disposição para pôr por cima também não me encheu as medidas, mas aí eu sei que o mal é meu. O creme era feito com chocolate preto, precisamente o tipo de chocolate que menos aprecio.

A seguir passei aos salgados: ovos mexidos e sushi. Sim, só. Eu sou mais doces. Os ovos estavam deliciosos. Húmidos e muito saborosos, muito bem temperados. Recomendo! Já o sushi... era bom mas muito pouco variado. Quando me disseram que este brunch tinha sushi pensei que ia ter uma grande variedade de peças. Mentira. Só havia rolinhos de salmão e sashimi, também de salmão. Só!!! Lá está, o raio das expectativas. Ninguém me disse que havia uma mesa inteira só de sushi. Eu é que parti do princípio que como logo ali ao lado têm o Yakuza, também do Olivier, que o sushi do brunch foi um tease para o que se pudesse encontrar no outro espaço. Não é. Não há tease nenhum. Há rolinhos de salmão iguais aos que se comem no Noori. 

Resumindo: pelo preço e pelo buzz, estava à espera de um brunch do outro mundo mas o que tive ficou muito aquém das expectativas. O do Kaffeehaus e o do Choupana - os meus favoritos - podem não ser tão glamorosos mas, por menos dinheiro, ficam muito melhor servidos. Ah, e os sumos são naturais.

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publicado às 10:40

Not a fan | Tatuagens temporárias

por Marisa Furtado, em 13.03.15

Sendo a moda cíclica é inevitável volta e meia ver-se gente com peças de roupa que marcaram uma década. A minha mais recente obsessão são os Adidas Superstar, que tanto se usaram nos anos 80 - lembram-se dos Run-DMC no vídeo Walk This Way?. Depois de ter andado a namorá-los durante quase 4 meses finalmente comprei-os e adoro-os de paixão.

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Mas depois há coisas que eu gostava que nunca mais estivessem na moda mas, lá está, como é cíclica é inevitável. Falo, por exemplo, das tenebrosas calças à boca de sino, de peças de roupa cheias de franjinhas que, se no início do comeback me arrepiaram toda, agora até consigo achar piada a algumas coisas, especialmente malas - sou uma late bloomer... -, das socas que são só assim o calçado mais horrível da história, não sei como é que há pessoas que conseguem usar aquilo e, mais recentemente, as tatuagens temporárias - à venda na Sephora. Que raio de tendência é esta que levou as mulheres a passearem-se com tatuagens autocolantes no corpo a imitar jóias? Digam-me, há alguém aí desse lado que ache isto bonito e feminino? Não é uma pergunta retórica. Estou mesmo interessada em saber. É que eu, por muitas imagens que veja, e já vi bastantes, não consigo achar piada nenhuma, nada, zero, e a única coisa que me fazem lembrar são aquelas tatuagens coloridas que usava quando tinha 8 anos, que saíam nos pacotes de batatas fritas da Matutano e em alguns gelados, que se transferiam para o nosso corpo com água quente e que nós teimávamos em manter mesmo quando metade do desenho já tinha ido à vida e só restava uma pasta esfarelada nojenta colada aos nossos pelos.

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Lembram-se?

 

Como disse ali atrás, sou uma late bloomer, há algumas tendências que eu demoro a entranhar, o que significa que daqui a umas semanas posso achar isto uma ideia genial mas... tenho as minhas dúvidas. Mesmo! Por agora só as acho estranhas e pirosas e parece-me que as vou meter na mesma caixa das calças à boca de sino, das socas e daquela moda do demónio que é ter uma unha pintada de cada cor, ou então quatro unhas pintadas de vermelho e uma de prateado - mulheres!, escolham uma cor e tenham a coragem de a manter até ao fim da manicure, please. Não é difícil. 
A culpa desta moda das tatuagens é das calças à boca de sino, das socas e das franjinhas! O estilo boho/gypsy-chic pode correr muito bem mas, na maioria das vezes, tem tudo para correr mal. E a linha que separa uma coisa da outra são, parece-me, as tatuagens falsas.

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publicado às 12:19

Toda a gente está a par das maravilhas de se trabalhar com outras pessoas. Temos sempre companhia para o almoço, há sempre alguém que também odeia a Marta da contabilidade, o que proporciona largos e gratificantes minutos de corte e costura, temos sempre alguém com quem desabafar naqueles dias em que o trabalho parece não chegar ao fim... mas, como em tudo na vida, também tem o seu quê de negativo e há um que bate todos os outros: o ar condicionado. Com quantas mais pessoas trabalharem mais dificuldade terão em acertar com a temperatura do ar condicionado de forma a estar toda a gente confortável. Devo dizer que isto é talvez a coisa que mais me mexe com os nervos e que provoca em mim instintos assassinos. 
Sou muito friorenta e por isso passo todos aqueles longos e deprimentes meses do Outono e Inverno a mal dizer a minha vida, tal é o desconforto. A única maneira de conseguir estar confortável é em casa quando toda eu estou embrulhada em tecidos polares. A saber: pijama, robe e manta. Tudo polar! Isto no sofá da sala. Na cama não me contento com menos que um conjunto de lençóis polares, um edredão e uma colcha. E quando apanho o meu homem distraído - também ele sempre cheio de calor - ainda vou buscar a manta que ficou no sofá. Portanto tendo em conta o martírio que é a minha vida nos meses frios é lógico que quando o tempo começa a ficar mais quente toda a minha disposição muda. Sinto-me mais feliz, sinto-me confortável em qualquer lado, gosto de passar os fins-de-semana a laurear a pevide, de preferência ao sol, a aproveitar cada pedacinho de calor. Mas ainda eu me estou a habituar a este novo estado de coisas e já me estão a deprimir outra vez. Porquê? Por causa da porra do ar condicionado!
Basta a temperatura aumentar meio grau lá fora para haver um grupinho de encalorados a fazer-se ouvir: "está um calor que não se aguenta, ponham lá isto no frio senão começamos todos a assar aqui dentro". Estas são, de certezinha, as mesmas pessoas que se queixam que "está demasiado calor para esta altura do ano" quando estão 25ºC em Março. Há o Grinch que roubou o Natal e depois há os Grinches que massacram a cabeça a meio mundo quando estão mais de 20ºC. Ai de quem se manifeste feliz por poder largar as 5 camadas de roupa e os casacões pesados. Isto chega a roçar o ridículo. Quando finalmente chega aquela altura do ano em que consigo andar na rua de t-shirt, no trabalho são raras as vezes em que consigo estar bem sem ter um casaco vestido. E não é só no trabalho, é em todo o lado! Cinemas, restaurantes, lojas, you name it. Já experimentaram entrar na H&M do Colombo? Certamente que sim, por isso já devem ter reparado na temperatura polar que se faz sentir para aqueles lados. Seja Verão ou Inverno a loja está quase sempre gelada! Aquele ar condicionado deve ser controlado por um lunático. Quando me atrevo a tirar o cardigan e começo a sentir aquela aragem gelada vinda do tecto até se me começa a tremelicar o sobrolho. E isto não sou eu que sou maluca, juro!, há mais pessoas a queixarem-se do mesmo!
Eu até acho que, no meio de toda a minha intolerância, consigo ser equilibrada no que respeita a este assunto no Inverno. Por mim estavam sempre 27ºC em todo o lado, mas tenho perfeita noção que para muita gente isso é o equivalente a um dia de calor no pico de Agosto, por isso nos meses frios visto mais uma camisola e tento não me queixar muito quando estão uns míseros 21ºC em sítios fechados quando lá foram estão 11. Mas não me lixem! Já me chegam os meses frios. No Verão deixem-me estar à vontade e não me obriguem a andar com casacos quando lá fora estão quase 30ºC.

 

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Imagem via A Gaja que tão bem entende este problema.

 

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publicado às 14:37

Pessoas com filhos: sentem que estão com falta de ideias para entreter a criançada aos fins-de-semana? Acham que as ofertas de actividades infantis são todas muito infantilizadas e pouco a puxar pelo desenvolvimento intelectual dos mais pequenos? Pois bem, não procurem mais porque o Museu Benfica - Cosme Damião está cá para vos facilitar a vida!
No dia 21 de Fevereiro teve início o ciclo "Hora do Conto" com o cunho da escritora Alice Vieira. No dia do kick off a própria autora e promotora do ciclo leu "A Arca do Tesouro" aos mais pequenos e foi um verdadeiro sucesso! Eu estava lá com a minha sobrinha mais velha e ela adorou. Ou melhor, adorámos as duas, que estes são contos infantis mas também têm o dom de tocar no coração dos mais crescidos e de os fazer repensar muita coisa - este conto em particular era, não só mas também, sobre a falta de tempo dos pais para ouvir e perceber o que se passa no pequeno grande mundo dos filhos.
Até ao dia 11 de Abril são várias as figuras conhecidas do mundo da cultura que vão passar pelo Museu para ler outros contos da Alice Vieira. Este evento foi pensado para os mais pequenos mas os adultos também estão convidados, claro! Quem é que diz que não a um conto lido pelo Rogério Samora? Eu nesse dia estou lá de certeza. Na verdade, isto acaba por ser uma forma divertida de incutir o gosto pela leitura nos mais pequenos, mas é também um regresso à infância dos mais velhos. No final, têm à disposição um stand com os livros da autora onde os mais novos podem escolher e levar para casa o seu conto favorito. Acabaram-se as desculpas para não ler uma história antes de ir dormir! 

Os bilhetes custam 4€ para crianças/jovens até aos 17 anos, e 6€ a partir dos 18.

 

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Façam like na página do Museu para estarem informados sobre todas as actividades. Eles estão com uma programação muito, muito gira para a criançada e, em breve, vão ter eventos bem interessantes para os adultos. Não vão querer perder. Stay tuned!!

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publicado às 11:06

O Dia da Mulher faz sentido?

por Marisa Furtado, em 04.03.15

Esta é a semana do Dia da Mulher – dia 8, domingo – e por isso lembrei-me de uma discussão que tenho tido recorrentemente com várias pessoas sobre a utilidade, ou falta dela, deste dia.
Para mim a importância do Dia da Mulher nunca esteve em causa. Sempre achei que era uma data importante e que fazia todo o sentido ser celebrada. Mas no último ano, para meu espanto, cruzei-me com algumas pessoas que pensam precisamente o contrário. Que acham que este dia não devia existir porque perdeu todo o significado, que para além de ser só mais um dia consumista, onde as mulheres se juntam para irem correr de cor-de-rosa, entrarem à pala em quase todo o lado e terem descontos em mil e uma coisas; é também um dia em que são vistas como um ser especial, diferente. “Coitadinhas ganham menos que os homens, trabalham as mesmas horas, ou mais, e ainda têm de ser boas mães e esposas. ‘Bora lá dar-lhes flores e descontos em malas e sapatos para ver se ficam mais satisfeitas.” Portanto, para muitos, este dia não devia existir porque é só mais uma forma de sublinhar o quão especial a mulher é... mas pela negativa, por isso acham que se não o celebrássemos a luta pela igualdade de género passaria a ser uma coisa banal e não um problema do qual só se fala durante 24h e depois é esquecido. 
Por um lado entendo este ponto de vista, claro. Acho que o Dia da Mulher devia ser usado de outra maneira, devia funcionar como um despertar de consciências e não uma forma de as adormecer ainda mais. Por outro, discordo completamente quando me dizem que ele nem sequer devia existir. Claro que devia existir! Não para recebermos flores à saída do metro; não para termos descontos em roupa; não para serem organizadas corridas só de mulheres, mas para nos lembrarmos – todos!, homens e mulheres - do caminho percorrido, do que já foi conquistado, e para reflectirmos sobre o que ainda falta conquistar. Isto é especialmente importante num país como o nosso, onde a luta pela igualdade de género é uma realidade muito recente. Nos anos 30 a Constituição estabeleceu o princípio da igualdade de todos os cidadãos perante a Lei mas com algumas excepções para a mulher que, devido à sua natureza, era relegada para segundo plano na vida familiar e na própria sociedade. Há quase 50 anos a mulher ainda não podia sair do país sem ter autorização do marido, nem podia tomar contraceptivos se o senhor seu esposo achasse que isso era um grande disparate. Posto isto, é óbvio que este dia deve existir, deve ser celebrado e deve ser um dia de discussão. Ou melhor, deve ser mais um dia de discussão. Porque, de facto, não é só no Dia da Mulher que a igualdade de género deve ser posta em cima da mesa. Esta deveria ser uma preocupação de todos, sempre, até as coisas realmente mudarem. E é precisamente por isso que este dia é importante. Não se falar das coisas nunca foi solução para nada. É bom haver dias destes para nos lembrarmos de quão más as coisas já foram. Acredito que baste isso, essa memória, para evitarmos cometer os erros do passado. E mesmo que hoje em dia ainda não se discuta o suficiente este assunto - embora ache que estamos melhores nesse aspecto - é muito melhor haver um dia por ano em que o tema venha à baila do que não haver dia nenhum. Aliás, até acho isso perigoso. Ao menos esta data obriga-nos a pensar sobre isso. Há que começar por algum lado, certo? Resta esperar que haja um ano em que a discussão comece no dia 8 de Março e se prolongue indefinidamente até as coisas mudarem efectivamente.

 

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publicado às 11:01

#onrepeat | Jessie Ware

por Marisa Furtado, em 03.03.15

Há uns dias, a meio de um intenso processo de zapping, parei na MTV onde estava a ser transmitido um concerto da Jessie Ware. Não a conhecia mas apaixonei-me instantaneamente pela voz e pelo tipo de música desta britânica de 31 anos. Tem uma voz única, muito clássica, que combina na perfeição com a atmosfera das músicas, muito intensa e envolvente. Os vídeos também são fora-de-série. Acho-os lindos e nada convencionais. Têm uma estética impactante, algo retro, com imagens arbitrárias que parecem saídas de um sonho. Há quem não goste, que ache que os vídeos nada têm a ver com as letras das músicas, mas eu até prefiro assim. É bom haver alguém que faça coisas originais e bonitas enquanto quebra a regra de que os vídeos têm de se pautar todos pelo mesmo princípio, que é traduzir a história que está a ser cantada. Não é verdade, as coisas não têm de seguir todas o mesmo formato e isso só torna tudo mais interessante.
Apresentou-se ao mundo em 2013, com Devotion, e em Outubro do ano passado editou o segundo álbum, Tough Love que, tirando uma ou outra balada que não me enche as medidas, é viciante. Quando o oiço parece que sou transportada para outra dimensão. Sim, a música que a Jessie Ware faz é 'desse' tipo de música!

 

 

 

Dia 9 de Julho vai actuar no Palco Heineken no NOS Alive.

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publicado às 10:15

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