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#MARIACAPAZ

por Marisa Furtado, em 19.12.14

Há algumas semanas começou o burburinho, com posts no Instagram e no Facebook, e ontem, finalmente, foi revelado o que é isto da Maria Capaz: um projecto em forma de site que tem como objectivo promover a discussão sobre a condição feminina. Confesso que quando soube que eram a Rita Ferro Rodrigues e a Iva Domingues que estavam por detrás disto torci o nariz. Não nutro especial simpatia por elas - que até podem ser umas queridas - e não sei exactamente porquê, mas desconfio que a culpa possa muito bem ser daqueles programas que duram horas infinitas ao domingo à tarde onde o único objectivo parece ser pôr as pessoas a ligar para um número de valor acrescentado com a promessa de não sei quantos mil euros em cartão. Bom, torci o nariz mas a curiosidade continuou lá. Aquela quote "Sou uma Maria Capaz. De tudo." ficou-me a ressoar na cabeça desde o primeiro momento em que a li. Por isso, hoje pus os meus preconceitos de lado, fui espreitar o site e em menos de 5 minutos fiquei rendida ao projecto. A culpa é deste tease:

 

 

A forma franca como estas mulheres falam do que é ser mulher, das dificuldades, das alegrias, das conquistas deixou-me rendida. Sou uma piegas, detesto injustiças e gosto muito de ouvir testemunhos de quem passou por momentos difíceis e conseguiu sair de pé e aprender alguma coisa com isso, ou de quem faz questão de divulgar situações atrozes para nos sensibilizar e fazer-nos olhar à nossa volta e não apenas para o nosso umbigo - como é o caso da Catarina Furtado e do trabalho humanitário que desenvolve. Tudo isto está aqui, na Maria Capaz. Nos discursos destas mulheres capazes de tudo. É pena só ainda haver a entrevista da lindíssima Catarina Furtado, quantas mais houvesse mais eu via, assim de enxurrada. 
Apesar de continuar a não simpatizar com a Rita e a Iva tenho de admitir que este projecto é interessantíssimo e inovador - acho que não há nada semelhante no nosso país - e espero sinceramente que tenha sucesso, que evolua e que consiga chegar a toda a gente. Homens ou mulheres. Pôr as pessoas a falar, a reflectir, sobre assuntos importantes, que nos interessam a todos, é fundamental. É o primeiro passo para a mudança.

 

 

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publicado às 13:28

O Museu Benfica - Cosme Damião está de parabéns. Na passada sexta-feira foi distinguido com o prémio de Melhor Museu Português, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM). Esta é, portanto, uma excelente razão para visitarem este espaço! Mas há mais. Este museu foi pensado para ser muito mais que um museu desportivo onde, normalmente, se encafuam a grande maioria das taças em jeito de show off. O Museu Benfica - Cosme Damião é muito mais que isso, é um museu preocupado em contextualizar a história do Clube com a de Portugal e do mundo. Sim, fala-se de Campeonatos Nacionais mas também se ouve Amália Rodrigues; sim, fala-se das conquistas do andebol e do futsal mas também da queda do muro de Berlim ou de quando surgiu o primeiro telemóvel; sim, fala-se dos presidentes, os homens que estiveram à frente do Clube, mas também há espaço para a literatura com As três vidas, de João Tordo, O meu nome é Legião, de António Lobo Antunes, Cão como nós, de Manuel Alegre, entre outros; claro que se presta a devida homenagem a Eusébio mas também se fala de cinema com Recordações da casa amarela, de João César Monteiro ou O cerco, de António da Cunha Telles. O Museu Benfica - Cosme Damião é, assim, um espaço que divulga e preserva a memória do Clube mas também a das várias áreas da cultura portuguesa e mundial.
Foram muitas as instituições que se aliaram a este projecto e que ajudaram a fazer deste museu o que ele é hoje e o que representa. A saber: Museu do Fado, Museu da Electricidade, Fundação Portuguesa das Comunicações, Fundação Saramago, Museu do Azulejo, Rock In Rio, Fundação Amália Rodrigues, Museu da Presidência da República... podia continuar. Ao todo foram 67 instituições que ajudaram a construir um importante espaço cultural que, em pouco mais de um ano, se transformou num local de referência da cidade de Lisboa. 

 

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Esta impressionante instalação atravessa todos os pisos do museu. Faz parte da área "Orgulho eclético" e abarca os cerca de 500 troféus ganhos pelas modalidades ao longo dos anos. 

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Os troféus que resultaram de encontros amigáveis estão na área "Outras conquistas".

 

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Taça dos Clubes Campeões Europeus 1961/62.

 

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"Lisboa e Benfica", onde a história do Clube se cruza com a da cidade.

 

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"O Caminho do Tempo" é a área onde se faz o contraponto da história do Clube com a do país e do mundo. Acompanha o visitante na passagem do piso 0 ao 1.

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Réplica de uma arma usada pelos americanos no Vietname. Representa o fim da Guerra do Vietname.

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O nome Benfica reflectido no panorama cultural.

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Esta planta da cidade de Lisboa mostra os diversos locais da cidade onde o Benfica se instalou: a Farmácia Franco - local da fundação - os campos de treino e, eventualmente, o Estádio, as secretarias e as sedes.

 

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A área "Benfica Universal" mostra os locais por onde a equipa do Benfica passou ao longo dos anos e as recordações que de lá trouxe. Há um dente de elefante de Angola, uma salva de Goa, um serviço de café de Bagdad, entre outros.

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Para quem acha que é um diamante em bruto por lapidar nisto do futebol, pode terminar a visita a tentar marcar um penálti. Não é fácil!

 

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O Museu Benfica - Cosme Damião está aberto todos os dias das 10h às 18h. Mais informações aqui.

 

Fotografias por Júlia de Oliveira.

 

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publicado às 10:36

Vendas agressivas? Não, obrigada.

por Marisa Furtado, em 11.12.14

Andar às compras é uma das coisas que mais gosto de fazer nos meus tempos livres. Para muita gente ir enfiar-se no Colombo ou nas lojas da Baixa depois de um dia de trabalho é o maior dos pesadelos mas para mim é uma óptima forma de relaxar e distrair a cabeça. Gosto de andar por ali a ver as montras, as pecinhas novas que acabaram de chegar às lojas, ir para os provadores experimentar roupa que mesmo que não possa comprar na altura vejo se me fica bem ou não para comprar mais tarde. Enfim, um pequeno oásis. Mas como em quase tudo na vida também tem o seu lado mau. Não, não é ficar com menos dinheiro na carteira. Sim, são as vendedoras chatas. Longe vão os tempos em que só nas lojas do chinês tínhamos um empregado colado a nós a ver onde é que andávamos a mexer. Agora desconfio que em praticamente todas as lojas as empregadas sejam transformadas em autenticas comerciais e hiper-incentivadas a vender, vender, vender para ganharem boas comissões. E, meus amigos, não há nada que me incomode mais.
Assim que ponho o pézinho direito na Sephora aparece logo uma rapariga toda muito feliz e sorridente, de lábios rosa choque, a perguntar se preciso de ajuda. "Não, venho só ver", resposta automática. Ainda não cheguei a meio da loja e já tenho outra a perguntar-me exactamente o mesmo. "Por enquanto não". E assim que pego em qualquer coisa pumba: "Precisa de ajuda? Já conhece os novos produtos dessa marca? Já conhece a nossa promoção pague 3 leve 4?" BACK OFF!! Eu percebo que a ideia é levar as pessoas a comprar e de preferência a comprar muito, muitas vezes coisas que nem sequer precisam, mas acho que o efeito é precisamente o oposto. Pelo menos comigo que com tanto assédio fico logo com vontade de me pôr na alheta. E digo assédio sem pretensão de exagerar. Assédio não se limita aos "És bem boa" berrados pelos homens das obras e aos telefonemas da Cofidis às nove da noite a proporem-nos cartões de crédito. Entrar numa loja de onde só queremos uma coisa, ou onde só queremos gastar determinado valor, e termos alguém a impôr-nos milhentas sugestões depois de já termos dito e repetido que SÓ queremos levar o que já temos na mão é também um assédio.
Mas calma, que a Sephora não é a única. Há umas semanas fui à Calzedonia comprar uns collants pretos opacos normalíssimos. Como não queria perder tempo à procura deles pedi ajuda a uma funcionária, que eu quando preciso efectivamente de ajuda pergunto. Foi muito prestável, levou-me logo ao sítio deles e assim que mos entregou... sim, começou o assédio. "Não quer aproveitar a nossa promoção? Leva 5 pares e paga só 4. Não convém nada levar só um par de collants. Imagine que eles se rasgam! Assim fica já com uns quantos de reserva" "Agradeço mas não vale a pena. Eu sou muito cuidadosa e os collants da vossa marca são tão bons que não se rasgam assim tão facilmente." "Pois isso é verdade. Então agora vamos ali ver a colecção de fantasia". Juro que foi assim que ela falou. Parecia que estavamos num museu. "Então agora vamos passar à sala Renascentista". Disse-lhe que não valia a pena, que só precisava mesmo de uns collants pretos. "Tem a certeza? - adoro!.... Adoro, adoro, adoro. Tem a certeza? Tem a certeza que em vez de gastar só 7€ não quer gastar 18€? Tem a certeza?! - Olhe que uns collants fantasia dão logo outro ar aos looks. Um vestido preto normal, assim simples, ficaria muito giro com umas meias com risquinhas em relevo!" "Pois. Mas collants com bonecada não são mesmo nada a minha onda." "Ah. Prefere coisas mais simples é?" "Exacto." "Então e os nossos collants semi-opacos já conhece?" Estão a ver o rumo que isto está a levar, certo? Ela queria vender-me tudo! Qualquer coisa. Alguma coisa para além daquilo que eu queria, que Deus nos livre de gastarmos dinheiro só naquilo que realmente precisamos.
Há bocado fui à Parfois trocar uma coisa e na caixa esbarrei com uma fila de 8 pessoas. Todas elas foram assediadas pela menina da caixa. Todas! "É só a mala? Só?! É para si? Então porque é que não leva outra para oferecer a alguém no Natal? Não quer? Então e um alfinete de peito? Já viu estes tão bonitos que temos aqui?" Próxima vítima. "É só a echarpe? Não quer levar um anel ou uns brincos? Temos uns muito bonitos no mesmo tom que iam ficar aqui muito bem" Next. "Não quer escolher também um colar para fazer conjuntinho com os brincos que vai levar? Não?! E um anel? Aquele ali fazia um conjuntinho tão bonito!" Eu ouvia aquilo e só abanava a cabeça. Primeiro porque com aquela conversa toda a fila não havia meio de andar e eu tinha o tempo contado, e depois porque não queria ter de dizer que não às 25 coisas que ela se ia lembrar de me impingir. Felizmente calhou-me a estagiária. Não me tentou vender nada, fez-me a troca, deu-me o talão e "Obrigada e boa tarde". É só isto que eu quero. Só isto. Alguém prestável, que me atenda de forma simples e simpática sem quase me obrigar a levar metade da loja. É pedir muito?

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publicado às 13:38

Como não pedir a vossa cara-metade em casamento

por Marisa Furtado, em 09.12.14

Há nesta vida duas coisas que me horrorizam: lamechices, daquelas que ninguém aguenta e nos fazem encolher de vergonha alheia, e pedidos de casamento em público. Pior só estas duas coisas juntas e olhem que não é difícil. Nunca fui pedida em casamento mas gostava que tal acontecesse porém, ao contrário da maioria das mulheres, nunca imaginei como gostava que fosse o momento mas sim como não gostava que a coisa se desse. Typical me, sempre a pensar no pior. Na lista de dont's estão coisas como anéis dentro de bebidas ou sobremesas; partidas de mau gosto, como fingir que se está a acabar a relação só para enervar a outra pessoa e depois terminar com um "ah estava a brincar. Queres casar comigo?!"; fazê-lo no dia dos namorados - piroooooooooso - ou quando a mulher está no sofá, de pijama, com uma máscara de argila na cara, e, claro, em público, e aqui a lista é infindável: com flashmobs, num restaurante, no trabalho, num estádio de futebol - que falta de originalidade... -, no palco de um concerto, em directo para um qualquer programa de televisão, no centro comercial, etc, etc, etc. Basicamente tudo o que meta pessoas que não deveriam fazer parte daquele momento. Até pedidos em frente à família são um big don't.

Um pedido de casamento é uma coisa muito pessoal que deve ser vivida apenas por aquelas duas pessoas de forma intimista, sem público a assistir. Depois sim, vamos a correr contar a toda a gente que importa. Mas isso é depois. Nunca durante. E muito menos com estranhos, pessoas que nunca mais vamos ver na vida, ali a assistir e a tirar fotografias ou a filmar e a soltar uns "oooh" emocionados. Que palhaçada. E agora podem estar a questionar-se: "Mas assim o que nos resta? Sermos pedidas em casamento no conforto do lar?". Bom, essa é sempre uma opção, e se a coisa for bem feita até pode ser romântica e especial, basta ser original e puxar um bocadinho pela cabeça, mas há mais: numa suite de um hotel com uma vista bonita, durante uma viagem, no local onde se conheceram ou onde deram o primeiro beijo - se tiver sido no carro, quais adolescentes desesperados, é melhor passarem à frente -, bolas até é possível fazê-lo dentro de um closet vazio. Basta pensarem na vossa relação, naquilo que é importante ou marcante para os dois, e facilmente encontrarão a forma memorável de fazer o pedido. Já este feito no aeroporto de Lisboa há uns dias foi tão mauzinho que chegou a ser penoso de ver. Houve várias coisas que me impressionaram: o porquê de em Dezembro e numa das semanas mais frias do ano ela estar vestida como se estivéssemos em pleno Agosto; aquele poema com rimas de 4.ª classe ao som de um órgão e, o pior, a reacção do noivo, que é bem capaz de ter sido a menos entusiasta da história dos pedidos de casamento. Vão lá ver o vídeo, vão lá que eu espero.
Então, já foram? Sim? Agora digam-me lá se aquela reacção é normal. Ali especado, de mãos nos bolsos, muito quieto e quase sem pestanejar. É de mim ou ele estava com cara de quem chegou a casa, sentou a mulher numa cadeirinha, afastou-se dois passos e disse, por fim, "num bai dar"? Esse é outro inconveniente dos pedidos de casamento em público. E se a pessoa quiser dizer que não como é que faz? Diz logo ali no momento e faz com que a cara-metade passe a vergonha da vida dela? Ou espera até chegarem a casa para lhe partir o coração em mil bocadinhos e destruir-lhe todos os planos que ela foi fazendo no caminho para casa? Não. Definitivamente os pedidos de casamento em público têm tudo para correr mal.

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publicado às 11:07

Ter um gato também é isto #5

por Marisa Furtado, em 08.12.14

Feriado. Acordar às 9h e pouco. Abrir a porta do quarto e dar com o gato ali sentado, encostadinho à ombreira da porta, a olhar para mim como quem diz "estava a ver que não". Empurrar o gato que entretanto quer entrar no quarto mas não pode porque o homem ainda está a dormir. Fechar a porta e levar uma dentada no tornozelo direito. Ir à casa de banho fazer um xixi e ter o gato sentado no bidé a olhar para mim, porque ter um gato também é nunca mais ir à casa de banho sozinha. Abrir a janela da varanda para apanhar a roupa que tinha estendida. Fechar a janela para o gato não ir para a varanda, porque ter um gato também é viver com o pesadelo de eles se atirarem do parapeito e se esbardalharem lá em baixo. Apanhar a roupa com o gato a olhar para mim e a miar do outro lado da janela. Dar comida ao gato. Tomar o pequeno-almoço. Esticar-me no sofá da sala com o portátil no colo e preparar-me para ver Klhoe and Kourtney take the Hamptons, que apesar de ser feriado também é segunda-feira e nenhuma das opções de programas televisivos me agrada. Chamar o gato que vem a correr ter comigo e se manda para cima da minha barriga recém-cheia de café com leite. Assim que se vê em cima da manta polar do sofá desata a fazer patinhas e liga o motor dos ronrons. Derreto-me e faço-lhe festinhas. Perder 10 minutos até encontrar um link decente para ver a série, sempre com o gato ali. Encontro o link e aconchego-me no sofá. O gato salta do sofá e começa a andar pela sala, claramente à procura de alguma coisa para fazer. Salta para a mesa de centro e começa a mandar as velinhas ao chão. "Kubrick!" Apanho as velas e volto para o sofá. O gato salta da mesa e vai-se pôr ao pé dos presentes de natal enquanto olha para mim, claramente a desafiar-me. "Kubrick não." Chega-se mais um bocadinho. "Kubrick!" Começa a comer a árvore de natal. "Shhhhhht!" Pára de comer a árvore e olha para mim com uma expressão esquisita. Engasga-se e começa a tentar vomitar. Engole e fica bem. Volta a abrir a boca em direcção aos ramos. Ainda só vi dois minutos da série. Pego no gato, ponho-o fora da sala e fecho a porta. Mia baixinho. Ouço-o a saltar para cima da mesa da entrada. Silêncio. Dois minutos depois plimplimplimplim. Todas as moedinhas que estavam em cima da mesa da entrada vão parar ao chão, que o meu homem tem uma carteira mas não a usa, que é muito melhor andar com os trocos nos bolsos e esvaziá-los para cima da mesa da entrada quando chega a casa. Abro a porta da sala irritada. Vejo o gato em cima da mesa com a pata em cima da última moeda. Olha para mim e empurra lentamente a moeda até ela cair. Salta da mesa e vai para o chão brincar com as moedas. Pego nas moedas e ponho-as na tacinha onde guardamos as chaves. Volto para a sala e fecho a porta. Ouço o gato a miar à porta do quarto. Ouço o correr dos estores. O homem sai do quarto estremunhado, vem ter comigo à sala, dá-me um beijo e pergunta porque é que tinha a porta fechada com um ar muito admirado. Vai tomar o pequeno-almoço e o gato vai atrás dele. Já sabe que vai receber bocadinhos de fiambre de frango, o interesseiro. 1h depois de acordar posso, finalmente, ver a série.

 

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Quando quer consegue ser muito chatinho e dasafiador mas já não imagino a minha vida sem esta bola de pêlo. 

 

 

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publicado às 10:38


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