Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]




O Outono/Inverno não traz apenas as novas colecções às lojas, é também com os meses frios que os filmes de qualidade regressam às salas de cinema. Há poucas coisas que me entusiasmem tanto como alapar o rabo numa sala de cinema, com o meu balde de pipocas doces e salgadas e um bom filme a passar no ecrã, mas no Verão contam-se pelos dedos de uma mão os que me levam a estes espaços. É tudo tão medíocre: comédias românticas infantis, filmes de super-heróis, filmes de terror, o 38.º Velocidade Furiosa... não obrigada! No Outono/Inverno sim, começam a aparecer filmes que valem a pena ver e normalmente até são aqueles que concorrem aos Óscares. Este ano parece que a época de bons filmes começou mais cedo com Os Maias, de João Botelho. Já tinha lido o livro na escola e apesar da resistência inicial - aquela descrição pormenorizada do Ramalhete desencoraja qualquer adolescente parvo - lá dei uma oportunidade ao Eça e quando soube que tinha sido adaptada ao grande écran fiquei muito entusiasmada, especialmente por saber que não era um filme convencional: todas as cenas de exterior foram, na verdade, filmadas em estúdio com telas pintadas pelo artista plástico João Queiroz. Acho que é uma coisa inédita no cinema português e, só por isso, já vale a pena a compra do bilhete. Mas há mais: as falas não foram reescritas, são as mesmas que estão no livro e apesar de o João Botelho não ter transformado toda a obra em filme - se o fizesse duraria bem mais que os 135 minutos - escolheu as cenas que mais semelhanças têm com o Portugal de hoje. E acreditem que, infelizmente, há muita coisa do Portugal do século XIX que se mantém igual ao do século XXI. Isto é meio caminho andado para nos identificarmos com a história. Querem mais um motivo para o irem ver? O filme tem mais de 50 actores! São todos eles muito bons mas o que me arrancou as maiores gargalhadas foi o Pedro Inês, que interpreta o João da Ega. Não chega? Querem mais uma? O filme pode ser visto em várias salas mas eu recomendo que, se puderem, o vejam no Cinema Ideal onde está a versão do realizador, com mais 50 minutos. Assim não só conseguem ter uma visão cinematográfica mais alargada desta adaptação, como aproveitam para fazer uma espécie de back to basics no que ao cinema diz respeito. As projecções de filmes começaram a ser feitas ao ar livre, em feiras, e gradualmente passaram para espaços cada vez mais fechados até chegarem aos centros comerciais onde estão, hoje em dia, as maiores salas. Eu não tenho nada contra isso. Normalmente é só nessas salas que me posso deleitar com o meu balde XL de pipocas que, sim, já sei, é um sacrilégio para os puristas do cinema que acham que só se consegue desfrutar de um filme se estivermos impávidos e serenos a olhar para o ecrã. Eu acho simplesmente que é o melhor dos dois mundos. O Cinema Ideal para além de ter uma história riquíssima - é a sala mais antiga da capital - é também um cinema à moda antiga onde as pipocas não entram. Se tiverem saudades de ir ao cinema sem serem obrigados a entrar num centro comercial e sem ouvir o crunch das pipocas, este é o sítio... ideal.

 

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:05

#onrepeat | Banks - This is what it feels like

por Marisa Furtado, em 23.09.14


É difícil encontrar as palavras certas para descrever o trabalho desta rapariga de Los Angeles, mas é muito fácil descrever o que sinto quando ouço Goddess, o álbum de estreia lançado no passado dia 9: arrepios. A-DO-RO os beats graves vibratórios - não sei o termo técnico e esta é a melhor maneira que encontrei para os descrever, sorry - que transformam qualquer música na coisa mais sexy que já ouvi. Se tiverem oportunidade de ouvir esta música com uns bons headphones vão perceber o que estou a dizer. A amplitude vocal dela também é qualquer coisa de extraordinário, passa dos tons agudos para os mais graves com imensa elegância. O instrumental e a voz poderosa dela deram origem a músicas dramáticas, quase assombrosas, fantasmagóricas, mas muito muito sexy. Fechem os olhos e deixem-se levar. Se quiserem ouvir o álbum completo cliquem aqui.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:48

The F word

por Marisa Furtado, em 22.09.14

Acho importante que as discussões dos assuntos sérios e que interessam a toda a gente, e que podem mudar a vida de todos nós, não se cinjam apenas à política e às pessoas que a fazem. Que não sejam discutidos apenas em assembleias por alguém com pouco carisma e que, por isso mesmo, não consiga chegar às massas. É importante que esses temas extrapolem desses locais cinzentos e empoeirados para a cultura pop e sejam divulgadas por quem a faz. Não para se tornarem numa moda com tudo o que isso tem de mau - originarem opiniões e reacções inflamadas que facilmente se esquecem para dar lugar à next big thing - mas sim por ser uma forma rápida e muito mais democrática de nos pôr a todos a falar do mesmo, de pôr temas importantes e interessantes na boca das pessoas e de os tirar do pedestal inatingível, ou só atingível a alguns - poucos -, onde estiveram durante tantos anos. É isso que tem acontecido com o Feminismo. Já são várias as vozes de mulheres famosas que se levantaram para falar e divulgar este tema. A Beyoncé conseguiu algo que eu acho extraordinário: pôr toda a gente, mesmo miúdas novinhas, a discutir, a pensar e a cantar sobre o feminismo. O que é, o que significa, o que podemos fazer para lá chegar. Acho que isto é inédito. Mas há mais: Ellen Page, Lena Dunham, Rashida Jones, Amy Poehler, Leighton Meester, Emma Watson... podia continuar.

Foi precisamente a Emma Watson que me levou a escrever este texto. A actriz esteve há dias no parlamento uruguaio enquanto embaixadora da ONU Mulheres e ali fez um discurso comovente e extremamente inteligente - desengane-se quem pensa que a cultura pop de que falei ali em cima só produz Miley Cyrus... - acerca do feminismo. De entre as coisas interessantes que disse houve uma que despertou a minha atenção por ser algo que raramente se discute: o papel dos homens no Feminismo. Fazendo uma tradução livre, o que ela disse foi mais ou menos isto: "Em 1997 a Hilary Clinton fez um famoso discurso em Pequim sobre os direitos das mulheres. Infelizmente muitas das coisas que ela queria mudar continuam a ser uma realidade. Mas o que mais me impressionou foi que apenas 30% da audiência era composta por homens. Como é que pretendemos mudar o mundo quando apenas metade de nós é convidado ou se sente à vontade para participar na discussão?". Também os homens devem fazer parte desta mudança de mentalidades. O Feminismo não tem, nem pode, ser uma coisa só de mulheres. Porque é que haveria de ser? A ideia aqui é acabar com a descriminação e dar lugar à igualdade dos sexos. Mas se fizermos questão de travar essa luta sozinhas, se nos fecharmos em nós próprias a defender os nossos direitos no matter what e virmos os homens como o inimigo... não será isso também uma forma de descriminação? É. 

Felizmente já percorremos um longo caminho. Hoje em dia já são muitas as mulheres com uma voz activa na política e a desempenhar cargos importantes nas mais diversas áreas. Porém isto ainda não é o suficiente para nos sentirmos confortáveis nesses papeis. Não é incrível? Pode ser porque esta mudança de mentalidades é relativamente recente mas também é porque muitas mulheres não assumem a sua condição nos cargos importantes que ocupam. Confuso? O ano passado houve um movimento para banir a palavra bossy. O mantra era: I'm not bossy, I'm the boss. Tudo bem. O problema é que há muitas mulheres que ainda acham que para chegarem a certos lugares, ou para manterem os lugares de topo onde estão, têm de assumir uma posição mandona. Bossy. E isso não é uma exigência do mundo masculino é um preconceito que as próprias mulheres têm em relação a si mesmas porque continuam a achar que para estarem ao mesmo nível que os homens não podem ser aquilo que são: mulheres. Continuam a achar que têm de anular o seu lado mais feminino para conseguirem o respeito dos outros. Acham que têm de ser mais brutas e menos sensíveis. Menos femininas. Gostar de se arranjar, de se vestir bem, de se cuidar, ser educada e delicada, ter classe, tudo isto faz parte da essência das mulheres e não é preciso anular nenhuma destas coisas, não é preciso anular-se enquanto mulher, para conseguir ter um pulso firme. Para ser uma lider. Pensar o contrário é redutor e destrói o conceito do Feminismo. Nós não queremos as mulheres no poder para serem iguais aos homens. A ideia é completamente a oposta! As mulheres devem estar no poder por serem diferentes dos homens. Por trazerem algo de novo. Por serem mais sensíveis, mais ponderadas. Espírito de liderança, firmeza e segurança não são sinónimos de insensibilidade. Uma mulher bruta e que se deixa cegar pelo poder não será, nunca, uma líder. Uma mulher que se anula, que anula a sua feminilidade com tudo o que isso acarreta, na esperança de conseguir calçar os sapatos de boss será sempre bossy e a única coisa que transmitirá aos outros será uma enorme insegurança. Nada mais. Este preconceito é algo que os homens podem ajudar a combater mas o primeiro passo, essa mudança de mentalidade e de atitude, tem de partir de nós, mulheres. Será assim tão difícil?

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 15:54

"Primark do meu coraçum"

por Marisa Furtado, em 19.09.14

Alguém me pode explicar com muita calma, como se eu fosse muito burra, o que raio há de tão extraordinário na Primark ao ponto de ficar tudo histérico com a abertura de mais uma loja, como aconteceu no Norteshopping? É impressão minha ou a loja vai lá estar 'ssogadita naquele sítio durante muitos e bons anos? Se vai para que são as filas intermináveis e a maluqueira de estar na fila "desde as 8h30 para ser a primeira a entrar na loja"? O que é que ganha a pessoa que lá puser os pés primeiro? Recebe um vale de 500€ em compras? É que só isso justifica toda essa ansiedade, e mesmo assim tenho as minhas dúvidas. Está bem que as coisas são baratas, é verdade, mas:

- a qualidade deixa muito a desejar. Já lá comprei um pijama de verão e ao fim de dois dias - dois! - os calções tinham um rasgão enorme ao pé do elástico. E sim comprei o meu número e não, não andei a fazer flic-flac's com aquilo vestido. Basicamente comprar aquilo ou deitar 7€ para o lixo é praticamente igual.

- os números são estranhíssimos. Visto camisolas S em todas as lojas onde faço compras. Em todas menos na Primark, claro. Ali devo vestir o equivalente a um L e mesmo assim o raio das t-shirts numa assentam bem e isso leva-nos a outro ponto;

- há peças muito mal feitas. Parecem muito giras nos cabides mas depois uma pessoa experimenta aquilo e fica tudo torto e largo como se já tivesse meses de uso.

- as filas para experimentar roupa dão-me vontade de chorar, são desesperantes. É gente que nunca mais acaba. E não são pessoas com duas ou três peças, não!, têm sacos carregados de tralha!!! 

- a organização da loja é terrível. Os cabides são demasiado altos, estão ao nível dos olhos, e, por isso, quando lá entro nunca consigo ter uma noção geral da loja e de onde está o quê. Só vejo cabides. Cabides e mais cabides por todo o lado. É um bocadinho claustrofóbico.

- a única coisa de jeito que encontro na Primark é a parte das coisas para a casa. Tenho dois conjuntos de toalhões de banho há mais de um ano e depois de milhentas lavagens continuam ali para as curvas. Mas nem por isso vale a pena perder o sono.

 




Pior que isto só aquela pessoa na Austrália que esteve horas esquecidas numa fila para ser a primeira a comprar o novo iPhone e assim que a repórter a foi entrevistar, com os nervos e toda aquela emoção que é ter um novo iPhone nos braços, deixou-o cair. Clássico.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 15:40

Look | Model off duty

por Marisa Furtado, em 15.09.14
Boas notícias: não temos de ser top models para nos parecermos com uma! Ou, pelo menos, para nos vestirmos como uma. O model off duty é um dos estilos mais copiados e um dos que eu mais gosto. A ideia é sobressairmos no meio da multidão da forma mais subtil possível, como se tivéssemos pegado nas primeiras peças que nos apareceram à frente mas, coincidência das coincidências, que ficam fantásticas quando conjugadas. É um estilo confortável e descontraído porém elegante. Prático mas trendy. Muito pensado e estruturado mas ideal para palmilhar a cidade de uma ponta à outra. Qual é o segredo? Como é que um look aparentemente simples se destaca dos demais? Simples. As peças-chave são os básicos: tank tops, camisolas com decote em V, skinny jeans, camisolas largueironas, sapatos rasos, tudo isto rematado com acessórios statement - fios, pulseias, aneis, malas - usados com cuidado. Não queremos estar com roupa prática e depois com colares pesadíssimos e pulseiras até ao cotovelo. É um contrassenso. O segredo está na moderação. Always.
Camisola - Stradivarius
Colar - Stradivarius
Calças - Stradivarius
Blazer fluido - Pull&Bear
Relógio - Komono
Ténis - Converse All Star
Top - Stradivarius
Gabardine - Stradivarius
Calças - Zara
Colar - Springfield
Relógio - Parfois
Ténis - Converse All Star


Mais, para inspiração:

























Todas as imagens via Pinterest.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:39

#onrepeat | Tove Lo - Habits (Stay High)

por Marisa Furtado, em 11.09.14


Estou obcecada com esta rapariga. É gira que se farta, tem aquele ar cool que gosto tanto, canta bem e conseguiu criar um pop electrónico fresco que vicia. Pelo menos eu ao fim de três minutos estava viciada! Esta Habits (Stay High) tem andado on repeat por aqui nos últimos quatro dias e já acordo com ela na cabeça. Se quiserem conhecer melhor o trabalho desta cantora sueca podem ouvir o EP, que saiu no passado mês de Março, aqui.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Tags:

publicado às 10:13

Agenda | VFNO & Motel x

por Marisa Furtado, em 10.09.14

Setembro é um mês estranho. Ainda temos direito a uns quantos dias de calor mas de vez em quando lá aparecem aquelas nuvens negras para nos lembrarem que o Outono está já ali ao virar da esquina. É um mês de melancolia pelo fim da silly season e de expectativa para saber o que os meses mais frios nos reservam. Talk about mixed feelings! Felizmente Setembro é também o mês em que começam a acontecer novamente coisas giras na cidade, talvez para tornar esta transição mais fácil para as alminhas alfacinhas. 

Hoje inicia-se a 8.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Terror, o Motel x. Não sendo eu uma grande fã de filmes de terror, não, esperem, na verdade não sou grande nem sou pequena, não sou fã de filmes de terror. Ponto. O ano passado fui arrastada para uma sessão tripla que acabou já passava das 3h da manhã e, aqui me confesso, adormeci a meio. É verdade, adormeci a meio da sessão de filmes de terror mais longa da história. Em minha defesa: os filmes eram mesmo muito maus. Nem sequer assustavam, não havia suspense, nada. Eram mesmo só maus filmes. Mas dizia eu, que não sendo fã de filmes de terror, mas como gosto de saber o que se passa à minha volta, já fui dar uma espreitadela aos filmes deste ano e até há um que eu gostava de ver, que é precisamente aquele que não assusta nada e que até dá para rir. É o filme de terror ideal para mim, portanto. Chama-se Life After Beth e passa hoje às 21h30 no Cinema São Jorge. Para ficarem a conhecer o resto da agenda cliquem aqui. Cada bilhete custa 4€.

Se o cinema de terror não for mesmo nada a vossa onda e se aquilo que vos entusiasma são descontos, festas e bebidas à pala então dia 11 é o vosso dia. É verdade, a Vogue Fashion Night Out está de regresso às ruas mais trendy da cidade e, tal como nos anos anteriores, promete muita animação, muita música, iniciativas solidárias e promoções nas mais de 200 lojas abertas até às 23h na Avenida da Liberdade, Rua Castilho, Chiado, Baixa e Príncipe Real. O lema para sobreviver a esta noite é simples: planear, planear, planear. O maior erro que se pode cometer é tentar passar em todas as capelinhas. Em menos de nada as lojas transformam-se em pequenas latas de atum e comprar o que quer que seja num pesadelo. Been there, done that. Para terem um terror de noite não vale a pena enfiarem-se em lojas de roupa, vão ao Motel x que ficam melhor servidos. Posto isto, já estive a delinear com muito cuidado o meu percurso e estas são as capelinhas por onde vou tentar passar, e digo tentar porque se começar a ver as lojas a abarrotar vou-me logo embora, que eu sou uma pessoa que sofre de ansiedades várias e estar em espaços fechados com muita gente é, sem dúvida, a maior delas. A saber:

 

- a Pull&Bear e Stradivarius são duas das lojas que mais frequento ao longo do ano e neste dia vão estar com 20% de desconto entre as 10h e as 23h. Infelizmente a Zara, a razão da minha ruina financeira logo ali na primeira semana de cada mês, continua a fazer-se de morta e nem um mísero descontinho de 10% oferece aos fieis seguidores... tentamos de novo para o ano, ok?

- a H&M também vai ter descontos de 20%. Ideal para trazer umas pecinhas da novíssima H&M Home que vai abrir hoje!

- a Mango para além dos descontos de 20% também vai ter maquilhagem gratuita

- a Perfumes e Companhia estará com 20% de desconto as well. Será que é desta que consigo trazer comigo o Miss Dior?

- e O Boticário continua a ser um mãos-largas e terá descontos até 50%!

Depois de completarem o vosso roteiro é natural que, para além de cansadas, estejam famintas. No worries. Para os estômagos mais exigentes o Guilty by Olivier e o U Chiado têm menus especiais VFNO. 

Razões para passarem noites divertidas não faltam! Enjoy.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:24

Coisas que me encanitam

por Marisa Furtado, em 08.09.14

Casas de banho públicas para mulheres sem cabide. Mas qual é a ideia? Como toda a gente sabe, as mulheres carregam um objecto precioso que dá pelo nome de mala, objecto esse que, na maioria das vezes, traz toda a nossa vida lá dentro. Ora, faz algum sentido obrigarem-nos a pôr as nossas preciosas malas naquele chão que está, quase sempre, imundo? Esta ausência de cabide torna-se especialmente enervante nas casas de banho dos centros comerciais. Não acreditam? Ora atentem no seguinte cenário hiper-realista: uma pessoa sai louca da Zara, cheia de sacos, e com a carteira bem mais leve e, de repente, dá-lhe vontade de fazer um xixizinho. O que é que faz aos sacos, senhores? Ficam aos nossos pés, naquele chão todo sujo? E se o chão estiver molhado? Ficam os sacos de papel ali de molho? E no Inverno, quando temos aquelas trench coats enormes ou aqueles casacões pesados? Não dá jeito nenhum sentarmo-nos na sanita com ele vestido. Ora, se não há cabide o que é que se faz ao casaco? Fica no nosso colo, é? Estamos, portanto, sentaditas na sanita com um casaco de 3kg no colo, 8 sacos da Zara aos pés e mais a mala que, de certeza, é uma shopper xxl, que bonito! Juro que isto é coisa que me dá cabo dos nervos. Mas que tipo de mente distorcida inventa casas de banho sem cabides? Isto, de certeza, só pode sair da mente iluminada de um homem que não só faz xixi de pé, portanto a necessidade de pendurar o casaco não existe, como nem sequer tem mala porque é a desgraçada da namorada/mulher que lhe guarda tudo dentro da tal shopper que, não raras as vezes, é motivo de gozo por parte do mesmo homem que depois lá quer pôr dentro tudo e mais alguma coisa, que Deus nos livre de guardar as nossas coisinhas dentro dos bolsos. Enfim, como podem ver isto é algo que eu levo muito a sério. Já estou para aqui toda afogueada a carregar nas teclas com mais força do que é suposto. É que uma coisa tão simples como a porcaria de um cabide é um bem de primeira necessidade para as mulheres e espanta-me como é que nem toda a gente percebe isto. Está decidido, vou criar um sindicato e vai chamar-se "O Direito das Mulheres aos Cabides".

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:34

On my mind | Fall/Winter'14

por Marisa Furtado, em 02.09.14

Ontem o Miguel Esteves Cardoso escrevia no Público que Setembro é 75% do Verão. É aquele mês estranho em que está sempre calor, mas onde só de vez em quando faz muito calor, e que nos dá a ilusão que o frio, a chuva e os ventos ciclónicos que destroem o mais resistente dos chapéus são coisas que só acontecem aos outros. É o prolongamento mas, também, o fim da silly season. Tudo isto é verdade, sim ainda está calor, e sim ainda não é altura para guardar os biquínis e os shorts de ganga, mas é também impossível não fazer olhinhos de bambi às novas colecções que já só nos fazem lembrar os dias frios de Outono. É por isto que o mês de Setembro é aquele em que mais me custa ir às compras: os saldos já estão pelas horas da morte, as roupas mais giras são as malhas, os casacões e as botas mas a vontade de as trazer para casa é pouca ou nenhuma. Afinal que sentido faz comprar umas botas de pêlo quando lá fora estão 34.ºC e ainda temos tantos dias de calor pela frente? Nenhum, certo? E daí talvez não... é que no site da Zara um dos casacos que eu quero já está esgotado, e é logo aquele que tem mais pêlo!... 

Apesar de ainda não ter feito nenhuma aquisição para a estação que se avizinha já tenho algumas pecinhas debaixo de olho. Agora é só aguardar pelos dias mais frescos e fazer figas para as coisas não voarem das lojas num ápice - damn you bloggers!!

 

 

Sem título #45
 
1. Casaco Zara, o tal que já está esgotado - 69.95€

2. Miss Dior, 100ml - 112€. Já todos conhecem a minha pancada por perfumes e este é a minha mais recente obsessão. Tem um aroma muito envolvente, quente e distinto, perfeito para o Inverno

3. Botins Stradivarius - 55.95€

4. Botins Stradivarius - 49.95€. Adoro o pormenor da fivela!

5. Sapatos Pull&Bear - 25.99€. Ainda não consegui ultrapassar o facto de não ter uns sapatos nude que, apesar de serem um clássico, são super difíceis de encontrar, especialmente com um salto aceitável. E por aceitável entenda-se um sobre o qual se consiga andar sem parecer uma atrasada mental. Ainda não os vi em loja mas parecem ser exactamente o que ando à procura

6. Blazer Stradivarius - 39.95€. Adoro roupas largueironas que me permitam fazer o contraponto com outras mais justas e aqui as peças boyfriend - jeans, blazers, camisas - são as melhores aliadas. Já comprei um em preto mas este castanho já tem um espacinho reservado no meu coração. E no meu armário

7. Verniz Balmain. No Verão apostei em grande nos tons pastel e nude e acho que no Inverno vou continuar a usar essas cores nos meus outfits, para contrariar um bocadinho o tempo cinzentão da estação. A semana passada comprei um verniz nude na Kiko que rapidamente se transformou na minha new favourite thing. É uma cor extremamente elegante e vai ser o must-have da próxima estação. 

8. Blazer Mango - 49.99€. Mais um casaco largueirão... can't help it.

9. Mala Stradivarius - 29.95€. Tal como os sapatos nude também a falha de uma mala bowling no meu armário é coisa que me provoca um certo nervoso miudinho.

10. Camisola Pull&Bear - 19.99€. Gosto de peças careless com statments engraçados e esta conquistou-me. Gotta love the shrinks.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 09:44


talk to me!

theallengirlblog@gmail.com

Mais sobre mim

foto do autor


no tumblr

Allen girl

no polyvore

my Polyvore

no pintarest

Pinterest



Comentários recentes

  • Sara

    Desculpem mas eu AMEI este champo seco. Comprei em...

  • Carla Marques

    E os comentários dos defensores do piropo no Faceb...

  • isabel

    Quem consegue sair de casa e deixar para trás um r...

  • Marisa Furtado

    Não! Apeteceu-me apenas mudar-lhe o nome e o visua...

  • Pedro

    Por momentos pensei que o blog estaria de saída do...



Pesquisar

  Pesquisar no Blog