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Tenho a sorte de partilhar a vida com um homem que percebe a importância da partilha das tarefas domésticas. Ele adora cozinhar e eu adoro limpar a cozinha - o que é que querem? Acho que é terapêutico -, enquanto estendo a roupa ele limpa o pó, enquanto lavo a casa de banho ele aspira parte da casa, quando a casa de banho já está a brilhar pego eu no aspirador para aspirar o que falta e quando estou com aquelas dores de cabeça do demónio é o primeiro a dizer para me ir deitar no sofá enquanto ele trata do resto. Corre tudo sob rodas. Menos de manhã... Uma das coisas de que o meu homem se gosta de gabar é do facto de eu demorar mais ou menos 1h30 para me arranjar e ele só precisar de uns 20 minutinhos. Ora vamos lá esclarecer uma coisa muito importante: eu não demoro 1h30 para me arranjar. Eu acordo 1h30 antes da hora a que tenho de sair de casa para ter tempo de fazer tudo o que preciso na paz do senhor. A saber: tomar o pequeno almoço nas calmas - não me perguntem como mas, de manhã, demoro cerca de 15 minutos a preparar uma chávena de chá e duas fatias de pão torrado com manteiga... - tomar banho, acordar o homem que, é certinho como o nascer do sol, só se vai levantar 30 minutos depois, maquilhar-me, chamá-lo uma segunda vez, secar o cabelo, regressar ao quarto para o voltar a acordar, vestir-me, dar de comer ao gato, ver o homem a arrastar-se para a cozinha e aproveitar a deixa para fazer a cama, limpar o bacio do gato, ver o homem a arrastar-se para a banheira, arrumar a loiça do pequeno almoço que ele teima em deixar espalhada pela cozinha como se ela se enfiasse na máquina sozinha, arranjar o almoço para os dois, arranjar o lanche para mim e, depois disto tudo, a coisa que mais me irrita é ele sair da casa de banho todo arranjado e perguntar-me: "Então, ainda não estás pronta?!", só porque ainda estou de pantufas.
Domingo. Acordo com um barulho estranho. Levanto-me para ver o que se passa e o que se passa é isto:
A peça tendência que este verão herdou do passado inverno são os skorts. Não, não me enganei. É aquela peça que mistura a saia (skirt) com calções (shorts): skorts. De trás parecem calções mas de frente já se parece com uma saia. Para mim é simples, são calções porque vestimo-los como tal, mas para os criativos da Zara já é uma saia... enfim. Os americanos é que são espertos, inventam uma palavra nova e está resolvida a questão. Não foi fácil a decisão de trazer esta peça cá para casa. Achava-a interessante por ser ambígua mas sabia que era precisamente isso que me poderia dificultar a vida na altura de a usar nos coordenados. Depois de muito pesquisar e de usar o street style para me inspirar decidi que precisava de tê-la no meu armário! Já fiz imensos looks com ela, uns mais desportivos, outros mais elegantes, e não estou nada arrependida. Acho que fica mais gira com as pernas ao léu mas como o tempo é aquilo que se vê optei por usá-la com collants. Era isso ou só a usar lá para Agosto.
Há muito que queria experimentar este restaurante que mistura a cozinha japonesa com a italiana. Parece estranho não é? Já estão a imaginar um cozinheiro xico-esperto que acha que tem jeito para as massas mas que também não fica nada atrás no sushi e depois vai-se a ver e não faz nada de jeito, certo? Calma! De facto os restaurantes que teimam em misturar cozinhas diferentes têm tudo para correr mal e, normalmente, correm. Mas o Este Oeste nasceu de uma parceria de dois restautantes conceituados: a pizzaria Casavostra e o SushiCafe. Portanto, à partida, aquelas pessoas sabem o que estão a fazer. Assim que entrei fiquei agradavelmente surpreendida com o espaço muito bem decorado. Adoro comer em sítios bonitos! Bem sei que nas tascas gordurosas também se come bem, às vezes até é onde se come melhor, mas eu dou muita importância à envolvente. O espaço do Este Oeste é amplo mas intimista, todo à média luz, e com uma decoração muito fresca. No meio da sala principal há um balcão com uma instalação giríssima de origamis e luzes e as paredes do lado direito estão forradas com plantas, dando a ilusão de que se está a comer dentro de uma estufa.
Como nesta noite estava mais virada para a comida saudável, e com muitas saudades de sushi, escolhi o Salmon Party enquanto que o meu homem optou por uma pizza de salame. Estava tudo bom mas... estava à espera de mais. Nada me surpreendeu verdadeiramente, e não há nada melhor que sermos surpreendidos pela comida! Sim, gosto de comer em sítios bonitos, mas também gosto de ficar blowned away com aquilo que tenho no prato. Mesmo assim, acho que o Este Oeste se safa melhor como pizzaria do que como casa de sushi. O meu prato estava bom e o peixe era bem fresquinho mas não o achei nada surpreendente. Lembrou-me o Noori. Quer isto dizer que não é mau, mas já comi muito melhor - no Sushi Fashion e no Origami, por exemplo. Já a pizza estava uma delícia! A massa é muito fininha, não é nada enjoativa, e esta era bem picante. Quem gosta de sabores spicy esta é a pizza a escolher. Se tiverem pouca fome e vos apetecer apenas petiscar em vez de comerem uma pizza inteira, podem pedir à fatia.
Há dois anos quando comecei a ver as montras cheias de calças às flores fiquei a olhar para elas horrorizada. Quando era ainda uma criança lembro-me de a minha mãe me obrigar a ir para a escola com umas calças de algodão com um padrão floral medonho. Detestava-as! Por isso quando me apercebi que estavam a querer voltar a minha primeira reacção foi "Córror!!! Aquela moda horrível está a voltar! Nunca me vão apanhar com umas calças destas vestidas!" Pois. Pela boca morre o peixe, não é isso que se costuma dizer? Ainda lhes resisti estoicamente um ano inteirinho mas no verão passado vi estas belezuras na Pull&Bear e tive de trazê-las comigo. Acho estas peças com padrões florais do mais primaveril, arrojado e versátil que há. Não me refiro só a calças, estou a pensar em casacos, camisas, ténis, acessórios... há de tudo. Optei por vestir uma camisola neutra e deixar as calças brilharem mas as opções aqui eram infinitas. Podem ser conjugadas com t-shirts com riscas brancas e pretas, ou azuis escuras, - as flores e riscas ligam muito bem! - ou então usar uma peça com uma das cores das calças: azul, rosa escuro, verde. Enfim, desde o casual chic, ao sport chic ou a looks mais arranjadinhos, estas peças vieram para ficar e para nos facilitar a vida, tendo em conta as infinitas possibilidades de coordenados.
Sempre tive uma relação muito pudica com tatuagens e piercings. Quando andava na escola, ali entre o ensino básico e o secundário, a maior parte das minhas colegas enlouqueceu e desatou a fazer desenhos e furos no corpo só porque sim. Achava tudo aquilo um bocado ridículo e o resultado da famosa pressão do grupo, a que os adolescentes cedem com uma facilidade assustadora. Na altura a moda era os piercings no umbigo, que sempre achei uma coisa muito vulgar, e as tatuagens com símbolos chineses em tudo quanto era lado. Na ânsia de serem todos diferentes acabavam todos iguais. Toda a gente tinha os mesmos tipos de piercings e tatuagens nos mesmos sítios: os rapazes optavam por símbolos chineses ou dragões nas omoplatas e as raparigas pelos piercings no umbigo ou na língua e adoravam os famosos tramp stamps... Era tudo muito estandardizado, coisa que me fazia uma certa confusão especialmente no que respeitava às tatuagens que muito dificilmente aquelas pessoas iam conseguir apagar do corpo caso, mais tarde, se arrependessem. Nessa altura a única coisa que queria mesmo muito era furar as orelhas para poder usar brincos bonitos. Simples, não é? Não! Na cabeça dos meus pais isto era o fim do mundo em cuecas e iria abrir um precedente terrível para piercings no sobrolho, no umbigo e sabe-se lá mais onde. O céu era o limite! Não era. Só queria mesmo fazer um furinho em cada orelha. Só quando fiz 18 anos é que fui em frente com a decisão e, numas férias no Algarve, entrei toda decidida numa ourivesaria e pedi para me furarem as orelhas. Assim que o primeiro brinco me furou a carne fiquei sem pinga de sangue e quando me olhei ao espelho pela primeira vez com brincos a trespassarem-me os lóbulos achei que ia desmaiar. Não é que aquilo me tivesse doído horrores, que não doeu, mas acho que foi o facto de ver ali dois objectos estranhos. A senhora que fez o trabalho disse-me que tinha de desinfectar a área circundante aos furos todos os dias, durante não sei quanto tempo, com água oxigenada e rodar os brincos. Acho que tive três ataques de pânico seguidos a ouvir isto. Rodar os brincos?! Se eu já estava mal disposta só de olhar para as minhas orelhas com aquilo ali, como é que ia conseguir mexer neles? Claro que com o tempo me fui habituando e aquilo na ourivesaria era só eu armada em drama queen, as usual. Porém, e apesar de me lembrar bem do que senti quando furei as orelhas, desde o ano passado que ando com ideias de fazer uma tatuagem. Bom, ainda não percebi se gostava mesmo de fazer uma ou se só gosto de ver nos outros. Acho que é mais a segunda. Quando me imagino com 80 anos, cheia de peles e com uma coisa escrita no braço, perco logo a vontade. Continuo a achar horríveis as tatuagens com símbolos chineses, golfinhos, símbolos tribais e coisas do género, mas a verdade é que acho que as tatuagens pequeninas feitas em sítios improváveis, podem ter imensa classe. Se algum dia fizer uma será certamente uma frase qualquer ou uma palavra escrita com letra muito fininha no interior do cotovelo. Também gosto das que são feitas na parte de trás do pescoço, no antebraço, no pulso e nas costelas. São sítios que, mesmo quando se tem a pele à mostra, nem sempre se vêem e é por isso que acho bonito. Quanto mais discretas melhor. Ficam alguns exemplos.
A minha rotina de limpeza do rosto mudou um bocadinho. Até há pouco tempo usava um sabonete da Dove que me limpava extremamente bem a pele mas sentia que faltava ali qualquer coisa. Achava que a pele ficava limpa mas não purificada. Por isso fiz o que faço sempre que me deparo com estes dramas dermatológicos: fui ver o que havia na skin.pt para o meu tipo de pele. Fiz uma lista de produtos que me agradavam e depois andei a pesquisar reviews por essa internet fora. No final fiquei indecisa entre o gel de limpeza da Vichy e mousse da La Roche Posay. Como o meu creme diário é da Vichy achei que seria boa ideia usar um produto da mesma linha. Ao cestinho de compras adicionei também a água micelar da Bioderma de que toooooooda a gente fala. Fiz a encomenda e dois dias depois já a tinha lá em casa, com direito a dois miminhos e tudo!
Já experimentei variadíssimos brunchs em Lisboa mas há só um onde volto sempre: o Kaffeehaus, um restaurante austríaco situado no coração do Chiado e com um ambiente descontraído e urbano. Acho giro os empregados não andarem de farda, cada um tem o seu estilo, e são sempre, sempre simpáticos. Ah, e mais importante, a comida nunca desilude. Gosto muito do conceito do brunch - aquela refeição onde o pequeno-almoço e o almoço se encontram - mas torço o nariz aos buffets, à laia de pequeno-almoço de hotel, e aos menus muito pobrezinhos na oferta e implacáveis na carteira. Neste restaurante podemos escolher entre quatro menus, onde apenas um é menos substancial que os restantes, e o special brunch, que muda todos os dias. Também acho os preços bem simpáticos: os menus variam entre os 8.60€ e os 11.90€, sem bebidas.
Ao contrário do típico português bom garfo, que gosta de enfardar até não poder mais e passar horas à mesa na conversa, eu gosto de terminar a minha refeição, beber um cafezinho e pôr-me a andar que se faz tarde. Não enfardo e não tenho paciência para estar horas intermináveis sentada à mesa. Porém... acho este espaço muito convidativo a serões desse género. Quer queiram estar sossegados a ler o jornal, a trabalhar no portátil ou em amena cavaqueira com amigos e juntar o brunch com o jantar, aqui podem estar à vontade que ninguém vos expulsa. Só um conselho: se estão a pensar passar por aqui ao fim-de-semana entre as 12h e as 13h30, mais coisa menos coisa, esqueçam. Eu também já caí nessa patetice e encontrei sempre o restaurante cheio. Esplanada incluída. É bom sinal, claro! Significa que têm sucesso e que a comida é, de facto, boa. Mas se, como eu, não gostam de esperar para comer aconselho-vos a aparecerem lá para as 14h. Deixo-vos as imagens daquilo que me chegou ao estômago para vos abrir o apetite:
Já disse algures por aqui que a minha loja favorita para comprar lingerie é a Intimissimi. Acho todas as peças lindas, extremamente confortáveis e de confecção irrepreensível. A única coisa que faltava era uma loja online em Portugal, para fazermos as comprinhas no conforto do lar e termos direito àqueles descontos fofinhos exclusivos para compras online. Tardou mas, finalmente, chegou! A marca da lingerie mais sexy já tem loja online e, meu Deus, tem tantas coisas bonitas. Infelizmente há muuuita coisa deviam melhorar: o site é uma mistura de português com espanhol, tanto nos convidam a "Ver o saco de compras" como perguntam "¿Quieres ayuda?"; não é apelativo, devia ter outras cores para além do preto, do branco e do verde fluorescente, que deve ser a cor menos sexy de sempre; e, choque!, não fazem entregas nas lojas!! Como é que é possíveeeeeeel? Qualquer marca com loja física permite entregas nas lojas a custo 0, mas a Intimissimi só permite entregas na morada do cliente e cobram 5.95€ de portes! Assim o objectivo da loja online perde-se um bocadinho... não faz sentido nenhum um sutien ficar a 45.85€ quando o podemos comprar por 39.90€ na loja. Enfim, espero que limem estas arestas as soon as possible. Por agora, fico-me a babar para algumas pecinhas.
O projecto que vos trago hoje não só tem uma história bonita, como é um óptimo exemplo de como uma ideia pode começar timidamente, quase como brincadeira, e aos poucos transformar-se num verdadeiro negócio com imensas possibilidades de expansão.
A Cátia é uma mulher giríssima, com imensa pinta e muito estilo que, até ao início do ano passado, era vitrinista. Dedicava-se ao embelezamento de montras que, num ápice, atraiam a atenção de quem ia a passar. Ah pois é meus caros amigos, as monstras da Zara, da Mango e outras que tais só têm um objectivo: fazerem-nos entrar nas lojas e não descansarmos enquanto não tivermos 'aquele' casaco enfiado num saco. Bom, dizia eu que a Cátia era vitrinista, tinha talento e gostava muito daquilo que fazia. Entretanto conheceu o Ivo e apaixonou-se perdidamente! Ela por ele, ele por ela e quando deram por isso estavam embevecidos a tratarem-se por Pingis que, a meu ver, bate aos pontos o "fofinho", o "torrãozinho" e outras lamechices do género. Os amigos achavam piada ao nome carinhoso e, o que começou como uma brincadeira de casal, rapidamente se alargou aos mais próximos. O Pingis casaram e pouco tempo depois descobriram que, em breve, iam passar a ser três: a Cátia estava grávida do Frederico. Os Pingis estavam, assim, elevados ao cubo! À medida que a gravidez foi avançando a Cátia foi forçada a abrandar o ritmo e a deixar algumas montras para trás. Determinada a não ficar de braços cruzados, e inspirada por aquela fase mágica que estava a viver, criou o projecto Pingi ao Cubo. Como era uma mom to be começou a perceber que ia precisar de arranjar espaço para guardar todas as coisas que o bebé precisava: os cremes, as chuchas, os bonequinhos, os bodys. Por isso, e como, infelizmente, as casas não esticam, dedicou-se à criação de caixinhas de arrumação. Sendo a Cátia uma mulher criativa e não podendo aplicar esse seu talento às montras, dedicou-se de corpo e alma a este projecto. Cada caixinha é feita à mão, com amor, um imenso bom gosto e com especial atenção aos pormenores. Cada uma era mais bonita que a anterior e, num abrir e fechar de olhos, transformaram-se num sucesso!
Desculpem mas eu AMEI este champo seco. Comprei em...
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