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Amizade com ex: sim ou não?

por Marisa Furtado, em 04.11.14

Há dias em conversa de almoço surgiu a pertinente questão: afinal é ou não possível sermos amigas/os dos/as nossos/as ex-namorados/as? E, mais importante: valerá a pena? Como conheço algumas pessoas capazes de tamanha proeza, a resposta até poderá ser que sim, que é possível. Mas, valerá a pena?! A minha resposta é simples: um grande e redondo NÃO., mas lá está, as tais pessoas que conheço que seguem a filosofia oposta têm, como é lógico, outra opinião. O argumento é sempre o mesmo: "Porque é que temos de excluir da nossa vida alguém que em tempos foi tão importante para nós?". A mim parece-me que a expressão-chave aqui é "em tempos". Em tempos aquela pessoa parecia ser a tampa do nosso tacho, mas depois vai-se a ver e afinal não é. Em tempos aquela pessoa pareceu-nos uma boa ideia, mas depois vai-se a ver e a única coisa que ouvimos cá dentro é "onde é que tinhas a cabeça?!". Em tempos aquela pessoa parecia ter tudo a ver connosco, mas depois nós mudámos e a outra pessoa estagnou, ou vice-versa, e as coisas deixaram de fazer sentido. E depois há 'a' questão: não há nenhuma relação que acabe bem, ou se há são muito poucas. Normalmente as coisas começam a dar para o torto porque alguém se fartou e isso desperta na outra pessoa sentimentos de raiva, tristeza, frustração que se manifestam nas mais diversas atitudes estúpidas. Por muito bem que as pessoas se dessem no durante, é certo que no depois as coisas têm tendência a azedar. Há discussões que se arrastam, há gritos, há insultos, uns piores que outros, há atitudes mesquinhas, há revirar de olhos, chantagens emocionais, desgaste psicológico e isto tanto pode durar semanas como meses, dependendo da resistência de cada um, até a coisa estalar de vez e ir cada um para seu lado. Ah!, e ainda há aqueles/as psicos que mesmo quando tudo termina se armam em detectives e seguem os passinhos da ex-cara-metade, ligam-lhes desesperados de madrugada e entopem-lhes o telemóvel com mensagens. Posto isto, quem é que no seu perfeito juízo quer ficar amiga/o de alguém neste estado? E mesmo que deixem passar uns bons meses para a poeira assentar... será que ainda faz sentido haver uma reaproximação? O que é que se vai fazer? De que é que se vai falar quando, possivelmente, a última conversa terminou com um "Vai à merda, nunca mais te quero ver"? Quem é deixado quer ser "amigo" da outra pessoa para poder estar perto dela, sem perceber que isso só o magoa, quem deixa... bem, quem deixa quer tudo menos andar com o ex à perna a combinar cafés e almocinhos. Até consigo perceber que no início a coisa custe, que queiramos saber qualquer coisa da outra pessoa, ainda que esporadicamente, mas ao fim de um tempo... what's the point? Eu nem quero saber como é que a outra pessoa está. O que é que tem feito, por onde anda. Não quero saber. Não me interessa. "Nem uma inocente troca de mensagens?!" Não, nem uma miserável troca de mensagens. Eu sou pelo cortar o mal pela raiz. Se depois de muita conversa e muitas tentativas se chega à conclusão que a coisa não dá mesmo vai cada um para seu lado e pronto. A vida continua. E continua muito bem, sem toda aquela awkwardness de tentarmos forçar uma amizade que nunca será igual a todas as outras porque, com este "amigo", já partilhámos a cama, já o vimos nu, ele já nos viu nuas... enfim, há todo um passado amoroso que não se coaduna com uma amizade normal livre de todos esses constrangimentos. E se a equação para isto resultar for cosmopolitans plus scotch equals friendship with an ex é porque a coisa não está mesmo destinada a acontecer.

 

 

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publicado às 10:23


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